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Mostrando postagens de setembro, 2009

Um convite

Aproveitando o fato que toda a questão hondurenha tem suscitado discussões acaloradas (por vezes sem necessidade) sobre Direito Internacional e Relações Internacionais. Os convido a conhecer e tomarem parte das discussões na Comunidade Direito & Rel. Internacionais , comunidade que é conduzida muito bem pela brilhante Advogada e Mestre em Direito Internacional Josycler Arana, e que tem esse que lhes escreve como moderador. Portanto, caso vocês sejam membros da rede social Orkut e queiram debater assuntos correlatos a temática descrita acima, por favor, sejam bem vindos a debater. Como diz a descrição da comunidade: Um lugar: Sério, mas não chato. Apaixonado, mas não ofensivo...

Notas curtas eleitorais

Alemanha: Depois de uma campanha morna em que temas como a guerra do Afeganistão e agenda ambiental não foram devidamente abordadas a anti-Obama (não por causa da raça, por favor, mas por ser reconhecidamente nada carismática), Ângela Merkel alemã de origem na antiga Alemanha Oriental se reelegeu, agora se espera uma aliança com o partido de ideais liberais, guinando o governo alemão para o que se pode chamar de centro-direita. Isso demonstra que apesar da crise as medidas do governo alemão foram bem avaliadas pela população desse país que tem desafios econômicos e sociais a frente, mas que tem mostrado ao mundo grande lições de superação do passado e é hoje em dia para o bem e para o mal um país dos que costumamos classificar como multicultural. A esquerda mais radical e sua vertente verde também avançaram o que prevê um cenário de oposição ativa na por vezes, ‘sem sal’ política alemã. Portugal: Os socialistas perderam espaço, mas ainda mantiveram cadeiras suficientes para reelege

Campanha Sarney em Tegucigalpa

Quando da eclosão da trapalhada brasileira em Tegucigalpa nos comentários do excelente blog do Dr. Mauricio Santoro   surgiu à tese de que o Ex-presidente da República, e atual Presidente do Senado Federal, o imortal (seria por sua literatura secreta?) José Sarney como negociador plenipotenciário do Brasil, para a crise em Honduras, quem sabe com esse gesto de boa vontade resolvemos duas crises uma no Senado outra em Honduras, mas creio que pela gravidade da situação a passagem seja só de ida. A crise é grave, mas não podemos perder o bom-humor, então caso você concorde se junte a campanha Sarney em Tegucigalpa. Quem sabe vocês não possam sugerir outros membros dessa comitiva?

Mais uma vez peço a compreensão

Queridos leitores, Já escrevi tantas vezes isso aqui, que parece que nada faço para evitar e que fico apenas a me desculpar, mas persistem as falhas involuntárias e pessoalmente muito irritantes na minha revisão, por vezes, vírgulas que deveriam ser pontos. Em outros parágrafos que são cortados e perdem um pouco de seu sentido. Estou ciente que é meu dever como um dos poucos brasileiros que teve acesso a educação superior primar pelo respeito às normas gramaticais, cuidar da linda “flor do Lácio” o que torna esses erros ainda mais graves e por que não vergonhosos. Comprometo-me mais uma vez a minimizá-los e se possível erradicá-los de nosso ambiente virtual. Aos que me escreveram e-mails e não me comuniquei pessoalmente, desculpem-me pela indelicadeza, mas como devem imaginar a crise dos últimos dias impuseram uma carga de leitura um pouco maior que o normal o que tem impedido que possa responde individualmente a vocês, mas espero que as respostas publicadas aos domingos sejam sa

Yes nós temos banana

Creio que essa pequena frase inicial do clássico de Braguinha imortalizado na voz da pequena notável Carmem Miranda nos remete a um Brasil caricato de filmes do período da Segunda Guerra Mundial e em cada um de nós essa lembrança desperta algum tipo de emoção e sentimento, para alguns é até mesmo a materialização do preconceito. Mas, isso não vem ao caso, me lembrei da frase pelo comportamento e declarações brasileiras que repercutem na mídia hoje. Primeiro temos o Ministro da Defesa expressando que não tem planos de enviar soldados a Honduras em caso da violação da embaixada, uma declaração que mostra bem a dificuldade do Brasil nessa questão não que sejamos pequenos como “o rato que ruge”, mas temos capacidades limitadas de projeção de poder, por isso mesmo sempre colocamos grande ênfase em nossa diplomacia e nos arranjos de segurança coletiva. Outra declaração é do presidente que não cederá a golpistas. Muito bem, em um primeiro momento parece extremamente racional que um mandat

Domingo como vocês sabem é dia de responder aos e-mails de leitores

Mais uma vez respondo a um aluno concluinte do ensino médio (no meu tempo 2°) que me pergunta sobre o curso, as aptidões do profissional e o dia-a-dia do mesmo no mercado de trabalho. Antes de começar a responder devo dizer ao leitor [...] (como vocês sabem omito o nome em respeito à privacidade), que nunca se é tarde para tentar descobrir o que te motiva na vida, e ao fim do ensino médio, você tem todas as opções, todo o mundo aberto a você. Há uma pressão muito grande por vezes auto imposta nos jovens com o vestibular, com questões de carreira em uma idade em que não se tem ainda a mínima experiência para se determinar quem você é o que você quer da vida, portanto ter dúvida é normal, natural e sinal de uma mente sequiosa de conhecimento. E mesmo que você entre em uma universidade, você pode sempre trocar de curso, mesmo formado e gostando da sua profissão nunca sabemos os caminhos que a vida nos levará, já usei esse exemplo aqui outras vezes, mas o dono da marca Osklen, um dos mel

Saldo de uma semana quente

Sem dúvidas essa foi uma semana quente em todos os campos das relações internacionais todos os anos essa época é dedicada a Assembléia Geral das Nações Unidas, contudo, esse ano a pauta convergiu para que cronologicamente e geograficamente em Nova Iorque e Pittsburgh todos os hot topics das relações internacionais. Meio-Ambiente, Proliferação Nuclear, Liberalização Comercial, Oriente Médio e fungibilidade de poder. O calor começou com a reunião preparatória para a Cúpula de Copenhagen promovida pelo Secretário Geral das Nações Unidas Ban Ki-Moon e a questão do clima é uma das questões mais ácidas (sem trocadilhos) e mais problemáticas do sistema internacional que coloca emergentes e desenvolvidos em rota de colisão não só entre os dois grupos como internamente e ambos tem ojeriza a compromissos e metas. E esse assunto é um dos que mais temos redes sociais multinacionais agindo e criando grupos de pressão de opinião pública que obviamente não se encerram em fronteiras. Obama e a Europa

G-20 em Pittsburgh: Apreciações iniciais

Ainda não tive tempo para ler a íntegra dos documentos emitidos por ocasião da reunião do G-20 e escrevo essas linhas a partir dos relatos midiáticos, portanto, assumo um risco enorme de errar em minhas apreciações e caso isso se concretize, para honrar meu compromisso com a honestidade intelectual farei um texto retificando isso. Posta essa pequena introdução vamos aos principais fatos. Como era de se esperar com o arrefecimento do período mais agudo de crise, caiu o ímpeto revisionista, ou como se falava muito a época da eclosão da atual crise “uma nova arquitetura do sistema econômico mundial”. E isso não foi a tônica dos resultados divulgados ainda que a inclusão maior dos emergentes nos processos decisórios do FMI, possam induzir a leitura de que há um novo sistema. Na verdade pode-se dizer que essa reforma na verdade é uma adequação da geometria do poder no FMI a mudanças reais na fungibilidade do poder econômico. O Fundo Monetário manteve seu status de organismo financeiro d

Um balanço de impressões sobre os últimos dias

Equívocos em política externa já foram cometidos pelo Brasil e a rigor por todos os Estados, erros de calculo e posicionamentos não oportunos, são coisas comuns, fazem parte do ônus de conduzir política em ambiente de assimetria de informações e que as projeções para o futuro, são apenas projeções de cenários, que podem ou não se concretizar. Surpreendente é o volume que vimos nos últimos dias desses erros de cálculos por parte do Itamaraty que goza de um status e com grande respeito e deferência pela opinião pública, por grande parte da imprensa e pelos meios acadêmicos, por sinal nesse ultimo há muita interação já que grande parte da produção acadêmica ainda é feita por diplomatas de carreira, ou por pesquisadores que foram orientados ou alunos de diplomatas (como eu, para citar um), contudo esse status pode estar em cheque com as ações dos últimos dias, não somente em Honduras, mas declarações jocosas fora de hora e as inconsistências como ser categórico contra um golpe de Estado

64ª Assembléia Geral das Nações Unidas

Hoje foi inaugurada a 64ª Assembléia Geral da ONU mantendo a tradição a primeira intervenção foi do representante brasileiro, que nesse certame foi o Presidente da República. As linhas gerais do discurso do Presidente Lula estão repercutindo como não poderia deixar de ser na imprensa brasileira e foram coerentes com os discursos anteriores e com o que se espera desse tipo de evento, em que em uma parte inicial se aborda as grandes questões da política internacional, continua delineando e anunciando vislumbres de políticas que se quer adotar e se faz um balanço quando oportuno dos avanços de país. E foi isso que Lula fez sem grandes novidades e claro que o drama hondurenho renovou o interesse em ouvir esse discurso, bem como a proximidade da Conferência de Copenhagen e a Cúpula do G-20, que se aproxima. Por isso mesmo algumas palavras duras foram ditas, o velho jogo de empurra das questões ambientais. Nem mesmo as inferências sob como as nações mais desenvolvidas controlam o status

Mais uma nota de desculpa a meus leitores

Queridos ao reler alguns dos textos publicados observei que palavras foram mudadas pelo corretor do processador de textos e alguns parágrafos são cortados em minhas postagens. O que dificulta o entendimento além claro de falhas no parco domínio da “última flor do Lácio” que tenho. Estou a trabalhar forte para que sejam superados esses erros e peço compreensão e quando a frase, período ou parágrafo ficar incompreensível, não hesitem em pedir por esclarecimentos. Deixo um pedido sincero de desculpa.

Uma nota sobre Brasil e Honduras

Em entrevista ao portal Terra o Embaixador e ex-secretário geral da UNCTAD (Agência das Nações Unidas para o Desenvolvimento e Comércio) Rubens Ricupero, levanta um argumento semelhante ao que tenho usado aqui, não que eu busque conforto nos números, meu compromisso é com minha própria honestidade intelectual. E, também, seria uma estupidez tentar me equiparar ao Embaixador, ainda que eu não concorde com muito do que ele diz, sem nenhum resquício de falsa humildade ou subserviência o Embaixador Ricupero está em outra liga diferente da minha. Outro nível de conhecimento, experiência e vivência, respeitar alguém, não necessariamente implica em concordância cega. Mesmo não procurando auto-afirmação nos números e tampouco buscando polêmica em busca de aumentar a audiência desse blog é muito bom saber que não estou sozinho em minha posição. Concordo em especial quando Ricupero diz (trecho retirado da entrevista supracitada feita pelo portal Terra íntegra disponível aqui ): “o Brasil a

Uma batata quente

O Embaixador Azambuja em breve entrevista a rede Globo News disse e faço aqui uma transcrição não literal da declaração dele (que fique claro) com muito mais tato o Embaixador deixou claro que o Brasil arrumou uma batata quente em suas mãos, um problema político desnecessário e desgastante ao permitir a entrada de Zelaya para se instalar em nossa Embaixada em Tegucigalpa, sem que, contudo, tenha sido dado o status de “Exilado Político” ou refugiado diplomático. É preciso que fique claro que a luz do Direito Internacional o ato brasileiro não tem respaldo [Nesse particular há uma entrevista muito boa com um especialista em Direito Internacional e panelista da OMC, Durval Noronha de Goyos, aqui ] já que de dentro da Embaixada o presidente deposto discursa e conduz atos políticos o que não é permitido pelo status de exilado, portanto, o que o governo Lula patrocina é uma clara ingerência nos assuntos internos hondurenhos e estimulo irresponsável a confrontação, ao expor manifestantes e

Um risco tolo

O Presidente deposto Manuel Zelaya de Honduras retornou hoje a Tegucigalpa em uma articulação que revela definitivamente os alinhamentos políticos na América Latina, o governo Brasileiro que mantinha um discurso de neutralidade e era visto por muitos analistas como interlocutor moderado na esquerda ora em poder na Região. Contudo, essa percepção pode mudar com o papel ativo que o Itamaraty tomou no recente desdobramento da crise hondurenha. Ao abrir a Embaixada do Brasil em Honduras para que o presidente deposto se instale e fique protegido do governo interino que pretende prendê-lo e julgá-lo pelos crimes que sustentaram sua deposição. O Brasil tem, claro e todo sabemos uma longa tradição de concessão de asilo político e diplomático, mas esse caso é diferente, pois esse já havia saído do território hondurenho e retornou. Uma diferença nada pequena a situações anteriores. Ao interferir diretamente em assuntos internos de outros Estados o Brasil rompeu perigosamente com uma diplomac

Repito a pergunta: A quem interessa o sangue?

No começo da crise dia 16 de julho escrevi um texto que foi publicado tanto nesse blog quanto no Portal Mondo Post, a luz das notícias que chegam de Honduras creio ser pertinente republicá-lo. A quem interessa o sangue? As negociações que visavam um acordo político para crise hondurenha intermediada pelo Prêmio Nobel da Paz 1987, Oscar Arias, Presidente da Costa Rica (que ganhou intermediando o fim das guerrilhas na região) naufragou, não chegou a ser uma surpresa afinal todos os analistas viam a indisposição em negociar e exigências sabidamente inaceitáveis, quem acompanha negociações internacionais, sabe quando se força a ruptura de uma negociação, afinal é muito fácil para qualquer diplomata de carreira saber em que pontos rupturas são inevitáveis, portanto, posso dizer que foram negociações de má-fé, onde as partes não se propuseram a negociar de fato.

Domingo é dia de atender aos leitores: Federal ou Particular?

Nessa semana recebi um questionamento que me chega da minha cidade natal, a capital federal, Brasília. A leitora uma secundarista me envia questões que são comuns nessa seção, questões acerca de qual universidade escolher? Cursos correlatos? Como diz o título sobre se insisti para conseguir aprovação em federal ou parte logo para uma particular? E por último a onipresente dúvida acerca do mercado de trabalho. Quanto ao curso da Universidade de Brasília é sim um dos melhores do país, com oportunidades acadêmicas impares (com seus diversos núcleos de estudo) e um corpo docente excelente, há quem diga que é um curso que visa à preparação para o concurso de admissão a carreira diplomática, seria então um curso com ênfase em política, contudo, eu pelo que vi pela minha experiência pessoal, essa coisa de ênfase de curso é em muitos uma balela, já que a estrutura de universidade (e ai está toda a diferença entre Universidades, Centros Universitários e Faculdades) oferece a alternativa de qu

Primeiro grande passo de Obama?

Muitos vão dizer que foi decretar o fim da prisão de Guantánamo, outros que o foi o discurso no Cairo, ou o gesto de conceder sua primeira entrevista a uma rede de televisão internacional a uma rede de um país islâmico. Contudo, a primeira grande decisão política apareceu agora que foi abandonar o projeto de escudo antimísseis, que teria a função estratégica de subordinar a defesa européia aos EUA, aumentar a simbólica presença no território que compreendia pacto de Varsóvia, pressionando e confinando a Rússia, além de bases que permitiriam pressionar o Irã. O escudo deteriorou a já muito difícil relação entre Putin e Bush, que segundo relatos era pessoalmente muito difícil, os dois líderes ao que tudo indica não se suportavam e seus países não superaram completamente décadas de desconfiança, nesse contexto o avanço e a pressão sobre a Rússia podem ter levado a Moscou usar da dependência européia por energia russa, como fator de pressão. Além da ocupação direta na sua esfera de pod

Diminuição do ritmo

Meus leitores assíduos devem ter percebido uma diminuição no ritmo normal de postagens, quero deixar claro que não arrefeceu o espírito motivador e a gana de escrever, que impulsionaram a criação desse blog, apenas há um pequeno problema de tempo e de concentração que deve ser corrigido em breve, tenho lido muito e preciso de um tempo para absorver a leitura para aplicá-la aqui e em meus artigos no Mondo Post, que devem na próxima semana voltar à normalidade, assim eu desejo ao menos. Esse blogueiro como todos vocês começa a dar sinais que precisa de férias. Mas continuarei nosso esforço. Abraços a todos vocês meus fiéis leitores, e já preparo um novo texto. Para muito breve no máximo amanhã.

Caminhos do Brasil (parte – I)

Desafios Internos Enquanto boa parte da população brasileira se concentrava nas venturas e desventuras “indianas” do folhetim global (diversão justa, não sou desses chatos que culpam a cultura de massa e a novelas por tudo de errado), outro folhetim não menos pitoresco se desenvolve em Brasília, a novela em questão como já nos diz o título é referente aos caminhos do Brasil. Essa novela não tem definição fácil de núcleos, nem de mocinho ou bandidos, mas impacta diretamente o futuro de todos nós cidadãos brasileiros, ou estrangeiros que aqui residam, e por causa da crescente interdependência de certa maneira impacta a vida global. O momento é pitoresco, por que é um dos raros momentos na história recente em que e o Brasil está com a economia bem manejada, há democracia e parece existir nas correntes de opinião pública uma crescente preocupação com os caminhos da inserção nacional brasileira, não mais em termos de “entreguismo” versus “nacionalismo” (embora alguns insistam em assim

Notas

A meus leitores: Peço desculpas por não ter postado nada nessa segunda-feira o objetivo desse blog é diariamente produzir ao menos um texto que se quer relevante, contudo a humanidade e as limitações desse escriba às vezes se sobrepõem a esse objetivo manifesto. PEB (Política Externa Brasileira para os não iniciados): Ainda tento entender a posição do Itamaraty a protestar tão veementemente ao governo interino de Honduras e aquiescer com ditaduras duradouras e com registros comprovados de violações contínuas dos Direitos Humanos. Uma política externa não deve ser moral segundo os realistas, mas também não é amoral. Afinal imagem e percepção estão embutidas numa política externa. F-X2: Tudo definido e nada definido. Cada vez vemos que apressada e desnecessária foi à declaração do Presidente Lula, ainda aguardo detalhes, mas não posso negar que o fato dos caças franceses terem perdido outras concorrências me deixa de “orelha em pé” espero, reitero, por mais elementos para uma anál

Domingo é dia de atender aos leitores

Essa semana recebi duas dúvidas muito similares acerca da empregabilidade. Essas questões são complexas por que dependem muito mais de aptidões específicas de cada um de vocês. As opções de empregabilidades são muitas e ao mesmo tempo raras, explico isso em muito outros textos tanto aqui como no Portal Mondo Post, sei que parece uma resposta de preguiçoso. Mas, não é os dois leitores que me escreveram e todos merecem o meu melhor aqui, por isso mesmo peço para que leiam os textos anteriores que são detalhados. As palavras relações internacionais emanam um sentimento de representatividade internacional de uma empresa ou do próprio estado (caso da diplomacia), que embora faça parte do trabalho de alguns não exaure as possibilidades, o mais comum tipo de trabalho é analítico, é fornecendo elementos para tomada de decisão, ou construção de planos internacionais de negócios, o que não é de maneira alguma exclusividade de multinacionais, por sinal qualquer empresa, desde um pequeno opera

Notas curtas

Eleições: As eleições afegãs com toda a suspeita parecem apontar ainda assim a continuidade do atual líder, que tem feito uma campanha contra milicianos talibãs e operativos da Al Qaeda, não obstante, não faltam analistas que vêem com muito ceticismo, a eficiência e a própria ofensiva no vale do Swat. Armas: Continuam as movimentações na América do Sul a Venezuela adquiriu mísseis que foram qualificados como de alcance limitado, mas 300 km de alcance podem ser consideráveis. De todo forma, foi mais uma compra de prateleira, a política de compras e de defesa da Venezuela ainda não é clara. F-X2: Continua a polêmica entre os especialistas sobre os caças e as constantes idas e vindas entre o Ministério da Defesa e a Presidência da República evidenciam o que todos os analistas já sabem que nesse terreno de compras militares vultosas, são muitas as forças envolvidas e as pressões e que por vezes questões técnicas podem ficar em um trágico segundo plano. Cerco: Continua o cerco a Hondura

11 de setembro

Essa é uma data que já vivia na infâmia do bombardeio ao Palácio de La Moneda, em 1973, (ataque que depôs o Presidente Socialista do Chile Salvador Allende) mas atingiu sua conotação mais tragicamente infame naquela manhã do ano de 2001. Muito já se falou sobre isso, muito se tem analisado sobre o fenômeno do terrorismo e as políticas que foram implementadas no esteio do combate a esse. É difícil abordar esse tema sem se ser frio e técnico em um dia que isso talvez não seja apropriado, contudo, difícil também, é o oposto não ser emotivo, piegas e repetitivo com frases clichê, dessas do tipo: “onde você estava quando soube?”. No filme “Gangues de Nova Iorque” do renomado diretor Martin Scorsese, a personagem principal Amsterdan Vallon (interpretado por Leonardo DiCaprio), cita seu pai ao final do filme ao dizer que todos nascem do sangue da atribulação, como uma metáfora bem explicita ao nascimento da metrópole que dá título ao filme esses acontecimentos servem de pano de fundo da

América Latina, segurança ou insegurança. Um ensaio livre

Semana agitada no front das noticias internacionais desde o “ close call” do seqüestro do avião das Linhas aéreas Mexicanas, que nos lembra que o terrorismo é real, tangível e vivo na América Latina, aliás, para colombianos e peruanos sabem muito bem disso, bem como as vítimas do atentado ao centro judaico da AMIA em 18 de julho de 1994 na capital argentina Buenos Aires. E por falar nesse ultimo ponto o presidente venezuelano sempre na liderança da oratória da defesa do continente de potencias hostis, sempre a ver ventos de guerra, esteve com o líder iraniano, país que segundo autoridades argentinas, orquestrou, financiou e executou o fatídico ataque em Buenos Aires. Um desses muitos paradoxos que vemos na política externa, por que se Chávez condena os EUA, pela atuação de sua inteligência nos sucessivos golpes militares na região (por isonomia, deveria também, denunciar o envolvimento soviético em conspirações, revoltas, insurgências e por ai vai) é um imperativo lógico que ele r

Caças franceses ou Compra de armas, delicado e vital processo de compras governamentais

A visita do mandatário francês Sarkosy, como convidado de honra nas festividades do 7 de setembro e os comentários do presidente Lula favoráveis aos caças franceses recolocaram o programa de renovação da frota aérea, conhecido como projeto F-X2. Processo que se arrasta há anos, o que é natural pelo longo prazo desse “casamento” com fornecedores e pelos valores bilionários envolvidos e lobby de todo tipo de todos os envolvidos. Isso claro aliado as complexidades de encaixar um sistema de armas que seja versátil, que se coadune com as capacidades operacionais e logísticas do Brasil e com as hipóteses de emprego, com a doutrina de defesa brasileira. Além dos propalados aspectos de transferência de tecnologia. Muito tem sido dito sobre o assunto nos últimos dias, muito sem conhecimento técnico ou político. Muitos dão como certo que o negócio será fechado com os franceses, mas há muito que considerar e se observar, incluso os princípios régios da administração pública: transparência, pu

E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou [o feriado acabou] e agora José?

O feriadão terminou de volta ao batente, de volta a deliciosa, mas solitária rotina da escrita, que na minha tem se mostrado, infelizmente, uma atividade que só é profícua quando isolado. Não combinado com convívio intenso com amigos, familiares e entes queridos, não implicando em um isolamento de ermitão, mas exige um tempo para refletir, ler e revisar (o famoso copy desk) o texto, ainda que minha pouca destreza com essa última parte seja notória, não por falta de sinceras tentativas de evolução. Esse texto é só um sinal de vida, um lembrete que esse blog está em pleno funcionamento e muito há para que se analisar, não só na seara das análises conjunturais internacionais, análises de política internacional, de política externa e das temáticas do dia a dia (como a crescente fragilização das instituições democráticas na América Latina, defesa e compras governamentais), como também, há muito que se discutir no pantanoso, contudo, essencial terreno da meta-teórica, das teorias das relaç