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Mostrando postagens de julho, 2009

Cacildis!!!! Ta parecendo embromação

Sei que fico reclamando da conexão e pode parecer embromação, mas nesse momento escrevo as 5h23 vendo uma nadadora brasileira, buscando o recorde sul-americano, a Carolina, que ficou em oitavo na série dela, no campeonato mundial de esportes aquáticos, em Roma. Portanto, é patente, que hoje foi complicado, passei o dia envolto em outras atividades e não tive tempo de escrever, mas vale ressaltar que as coisas têm se encaminhado na maneira que previ o que sempre me deixa feliz, volto mais tarde com uma postagem real. Aproveito para divulgar o excelente site agregador de vídeos do Mondo Post, é só entrar lá e procurar, o link está aqui a direita. E também a comunidade, que sou um moderador, que é um bom espaço para discussão no orkut. A comunidade Direito e Relações Internacionais ( aqui ). P.S: A nadadora brasileira foi desclassificada, mas acho que não agüento ficar acordado para saber o porquê. O Título é uma homenagem póstuma já que ontem completou 15 de saudade do grande “Mumu da Ma

Itaipu, siempre Itaipu o La garantia soy yo

É amplamente divulgado na mídia que o governo Brasileiro no esteio da reunião de Cúpula do MERCOSUL, concluiu uma segunda rodada de negociação com o Paraguai, sendo que o “jogo de ida” foi em Brasília. O Brasil decidiu aquiescer com as demandas paraguaias de revisão em valores de ajuste os mecanismos claros ainda não foram esclarecidos, mas como depende da aprovação do Congresso devem em breve vir à tona, e tem potencial, inclusive de ter papel relevante no discurso do período eleitoral, que começa agora em 2010. Muitos irão lamentar que mais uma vez o Brasil cedeu a demandas de parceiros menores, outros irão comemorar que essa manobra pode dar sobrevida a difícil presidência do trânsfuga Lugo, já que pode dizer que cumpriu o que havia prometido. Creio que o Itamaraty, perdeu até onde tenho informações, uma chance ótima de exercer seu tão propalado pragmatismo. Explico, temos vários interesses no Paraguai, interesses que vão da estabilidade política de um vizinho próximo (afinal não qu

Uma nota curta

Colômbia – Venezuela: Em meu texto de terça-feira “Por que Honduras?” tratei do escândalo pouco divulgado por aqui de armas suecas vendidas ao Exército da Venezuela, foram apreendidas nas mãos das FARC, antevia que a reação de Caracas seria a tradicional bravata, é agradável estar certo, apesar de que essa era uma antecipação bastante óbvia, nesse sentido, temos uma pérola vinda do mesmo homem que em reiterado discursos vem pedindo pela resistência armada de patriotas hondurenhos e que segundo jornais tem financiado junto com as FARC os protestos em solo hondurenho (denuncia que deve ser devidamente apurada e um campo de estudos muito bom para mestrados e doutorados). A pérola está no fato que justo Chávez tenha reclamado da irresponsabilidade do Governo Uribe. Para saber mais ( aqui ). E retirou seu embaixador de Bogotá, tudo dentro do esperado, não é mesmo? Honduras – EUA: O governo Obama, parece gostar de mandar sinais contraditórios, ora condena a imprudência de Zelaya, ora ince

Por que Honduras? (versão Coisas Internacionais do “por que Mogi?”)

O título é baseado na piada recorrente do programa humorístico do canal pago SporTV, (que por alguma razão sempre usa o time e a cidade de Mogi Mirim, para suas piadas, inclusive é recorrente a piada de auto-referencia “Por que o Mogi?”. Explico por que desse título, desde o começo da crise me espanta como já deixei retratado aqui o tamanho da cobertura dada a Honduras e sua situação e não só isso, mas a falta de reflexão mais profunda na imprensa, e salvo nobre e raras exceções. Atentei também em uma nota curta que previa uma escalada das ações em Honduras para empurrar da mídia internacional um escândalo recente que eclodiu no Equador, quanto a dinheiro Venezuelano usado na campanha que elegeu Rafael Correa, presumi que isso ocorreria por que parece haver uma clara coordenação das ações dos membros da ALBA, coordenada por Hugo Chávez. E como vemos com as idas e vindas de Zelaya até a fronteira, incitação de insurgência, e assim por diante, tudo com a conivência e incentivo do govern

Começo a semana refazendo um pedido de ajuda

Aceitei trabalhar aos sábados dando aulas de inglês a crianças que não tem outra chance de aprender a essa língua, não quero propagandear isso, mas preciso muito de ajuda com materiais. Assim peço a quem tiver apostilas , flash cards , brinquedos pedagógicos em inglês, livros, CD’s e revistas infantis, e mais que tudo apostilas que possam ser replicadas para o uso desses meninos e meninas que não tem condições de comprar material, comprei algumas coisas, mas infelizmente não posso arcar com tudo, nem o grupo ligado à sede local de Pirapora da Fé Bahá 'í, da qual não comungo, mas como devoto católico sigo a orientação do Santo Padre e pratico a saudável tolerância civil. Quem puder ajudar com esses materiais, não busco ajuda em dinheiro, mas em livros, jogos, até mesmo links para me ajudar, por favor, entrem em contato pelo e-mail que atendo aos leitores que está ai a sua direita. Se puderem ajudem ainda mais a sombra das noticias sombrias das mortes de jovens, são crianças tã

Ler, Refletir e Pensar

Nessa semana não recebi nenhum e-mail com dúvidas, mas como domingo tornou-se o dia de conselhos dessa natureza para os que desejam entrar no campo das relações internacionais decidi republicar esse texto que foi ao originalmente postado no dia 20 de março desse ano. Link para o original ( aqui ). Recomendo, também, devido aos recentes acontecimentos que dominam a agenda e o noticiário internacional a leitura de um texto meu recente chamado: “A quem interessa o sangue?" que trata da questão hondurenha que teve uma versão revisada publicada no Portal Mondo Post, Relações Internacionais de Verdade! ( aqui ) na semana que passou. É um texto que os leitores habituais do blog já o viram aqui, mas quem não leu, passe lá o Mondo Post é um portal que abriga múltiplas visões e conta ainda com um excelente fórum de debates cujo link é encontrado aqui na coluna a sua direita. Vamos ao texto. “ Passaporte ou Cartão da Biblioteca? Quando ainda me encontrava no turbilhão da graduação vivendo i

Honduras. Um editorial em prol da autodeterminação de um povo

Eu não sou jornalista, como vocês sabem, e em um blog todo texto é um editorial, por que afinal é a expressão de uma opinião, contudo esse texto é diferente do que faço normalmente, são raras as ocasiões que como analista você pode se permitir tomar claramente um partido, pelo menos a meu ver, me cabe explicar o mundo o deixar a conclusão por parte dos leitores, ou dar a minha opinião de uma maneira cientifica, assim, com o tipo de argumentação, que sustenta a opinião. Imagino que no texto a seguir acabarei perdendo alguns leitores ou adquirindo inimigos, ainda assim, sou um defensor de manter a honestidade intelectual e isso implica não calar por medo de certa reação. A situação em Honduras e os desdobramentos que nesse exato momento se desenrolam nesse pedaço de terra que em condições normais de temperatura e pressão ninguém nem se lembraria, ninguém saberia, exceto alguns poucos, que Tegucigalpa existe ou acharia no mapa (capital hondurenha). A imagem no máximo era a do país que sof

Jus esperneandi

Quando eu decidi me mudar para uma pacata cidade de 50.000 habitantes no norte de Minas Gerais, chamada Pirapora, o choque foi grande para os meus amigos mais íntimos que encaravam a proposta como delírio ou chacota minha. Estava plenamente ciente das dificuldades a minha frente de adaptação, principalmente quanto ao ritmo de vida, mas parecia-me uma boa alternativa, para cuidar da saúde, e da família. Havia acabado de muito, mas bota muito a contragosto fechar minha consultoria em relações internacionais na Capital Federal, que embora recém chegada ao mercado, era promissora, mas era um projeto a seis mãos e por pacto nosso e pelo respeito enorme e admiração que tenho por minhas sócias (serão sempre para mim), tive que assim o fazer. E então estava eu a deriva na vida, finalmente tendo que lidar com sentimentos que esmagava com trabalho, finalmente tive que lidar de frente com a perda do meu pai, com as mudanças em minha vida, com outras derrotas que a vida me impôs, com dificuldades

Um pedido singelo de ajuda

Meus queridos leitores, Esse é um blog que não tem caráter autobiográfico, nem visa propagandear coisas que faço em minha vida privada, mas mais uma vez abro uma exceção, pois tenho uma necessidade real. Aceitei trabalhar aos sábados dando aulas de inglês a crianças que não tem outra chance de aprender a essa língua, não quero propagandear isso, mas preciso muito de ajuda com materiais. Assim peço a quem tiver apostilas, flash cards, brinquedos pedagógicos em inglês, livros, CD’s e revistas infantis, e mais que tudo apostilas que possam ser replicadas para o uso desses meninos e meninas que não tem condições de comprar material, comprei algumas coisas, mas infelizmente não posso arcar com tudo, nem o grupo ligado à sede local de Pirapora da Fé Bahá'í, da qual não comungo, mas como devoto católico sigo a orientação do Santo Padre e pratico a saudável tolerância civil. Quem puder ajudar com esses materiais, não busco ajuda em dinheiro, mas em livros, jogos, até mesmo links para me aj

Notas curtas

Perdão por essas pequenas notas. Tenho ciência que vocês aqui vêem em busca de coisas melhores (pelo menos gosto de pensar assim) estou envolto em muitas atividades e creio que devo escrever com o máximo da minha atenção. O pior de tudo é que minhas previsões vão se tornando realidade, é bom por que mostra que como analista tenho algum valor, mas mesmo assim. Honduras: Ainda aguardo maiores dados, mas estou legitimamente estarrecido com o comportamento do senhor Secretário Geral da OEA, preparo uma artigo melhor sobre isso, mas a essa altura vocês sabem, bem o que penso sobre o assunto. Posso estar sozinho, mas temo pelo povo de Honduras. Paraguai: Se o Brasil ceder ao trânsfuga Lugo, espero no mínimo que façam pressão em outros assuntos de nosso interesse. Pouco importa se chamam o Brasil de imperialista, não se pode ceder em tratado vigente e legitimo sem ao menos exigir. (Mas, com Marco Aurélio de Melo a negociar, contribuinte a chorar!) (ta a rima foi infame) E segue a pergunta a

Si vis pacem, para bellum

O velho adágio romano de Publius Flavius Vegetius serve para ilustrar uma questão que nunca deve ser negligenciada ao se analisar as relações internacionais, que é a sempre presente possibilidade do uso da força militar. A guerra é algo que parece inerente aos ajuntamentos humanos muito antes do primeiro Estado-Nação e provavelmente muito depois que o ultimo desses tiver caído. Há evidências pré-históricas de homens e outro hominídeo morto em circunstancias violenta que indicam enfrentamento entre grupos rivais, provavelmente pelo domínio dos recursos. Não por acaso a disciplina das relações internacionais nasceu sob os auspícios dos que tentavam estabelecer mecanismo para o alcance da paz perpetua ao “estilo kantiano” substituindo o que se julgava ser instável e fator gerador de guerras a Balança de Poder, que fora adotada formalmente ao final das guerras napoleônicas como mecanismo de ajuste que mantinha o equilíbrio de poder na Europa por meio de alianças de geometria variável que c

The heat is on. Ou sobre Honduras

Como já havia previsto as negociações entre o governo deposto de Honduras e o governo interino eram fadadas ao fracasso, ou no mínimo, da escalada verborrágica das partes envoltas. O Presidente da Costa Rica que sob o apoio da Secretária de Estado Hilary Clinton apresentou um plano de sete pontos para a conciliação nacional em Honduras, o plano em si é bastante realista, contudo, parte de uma premissa muito difícil que é a premissa que pela simples pressão e censura internacional conseguirão a recondução de Zelaya ao poder. O governo interino aceitou pelo que pude apurar até agora (ainda não há muitos dados) vários pontos e apresentou uma contraproposta que causou a fúria da Alba e do “Mel” Zelaya, que diz que eles aceitam a voltam de Zelaya, para que ele enfrente o devido processo legal, ou seja, tenha possibilidade de se defender das acusações que lhe são feitas incluso traição. A reação dos partidários de Zelaya e dele próprio foram previsíveis, com bravatas de que não permitiram o

Domingo: Mais dúvidas de leitores

[Leiam depois desse tópico as respostas que dei a questionamentos anteriores ( aqui )] Nesse domingo tentarei responder aos questionamentos de três leitores desse blog sobre a carreira e o curso de Relações Internacionais. Todos os e-mails que recebo tento responder de maneira apropriada, mesmo quando as perguntas são genéricas demais para ter uma resposta definitiva, e algumas eu mesmo aqui já respondi em outras oportunidades. São três leitores em situações diferentes, um leitor que vamos chamar de [GL] tem 20 anos já abandonou uma faculdade e procura por um rumo e admite não saber nada sobre relações internacionais, mas ter tido sua atenção desperta em comunidades e fóruns on line, sobre o assunto. Depois temos duas damas, que por questão de costume e bons modos eu deveria atender primeiro, mas me valho da ordem de chegada dos e-mails, a primeira das leitoras é uma jovem que não diz a idade, que chamaremos de [M], mas também busca por informações gerais e nesse fim de ano pretende pr

Notas curtas sobre assuntos que vão dar o que falar

Equador: Rafael Correa enfrenta uma seriíssima denuncia de que recebeu dinheiro das FARC, em sua campanha presidencial (será que em troca de vista grossa?), a denuncia feita em vídeo das FARC. Isso nos lembra as denuncias de dinheiro venezuelano em caixas de uísque para campanha Lula, sem contar os milhões de dólares achados num banheiro do Ministro da Economia do Kirschner, que se alegava tinha origem na Venezuela. Honduras: Presidente Obama decidiu finalmente marcar posição e deixou claro que não permitirá qualquer intervenção militar externa, espero que esteja atento as denuncias que quadrilhas de traficantes as “Maras”, que tanto incomodam nas ruas e presídios americanos estariam sendo contratadas para agir como mercenários para Zelaya. As entrelinhas da posição americana deixam claro o recado o retorno do presidente deposto tem que ser conseguido pela via da negociação. Na humilde visão desse escriba é possível que haja um recrudescimento na linguagem e aumento nos protestos em

Uma brevíssima reflexão sobre a natureza desse blog

Quando eu decidi fazer um blog sobre relações internacionais, tinha em mente dois riscos: 1. Arriscar queimar meu nome e reputação ao apresentar minhas opiniões, que como gostam de me dizer meus amigos são às vezes teimosamente contra a corrente, portando havia uma componente de alienar futuros parceiros ou dificultar, por exemplo, em processos de seleção de mestrado; 2. Arriscar falar sozinho numa internet onde existe uma verdadeira incontável profusão de opiniões. Decidi arriscar, não só por que correr riscos calculados é uma característica de uma pessoa empreendedora, mas por que amo a minha ciência, e amo minha profissão e queria compartilhar isso com uma comunidade de interessados no assunto, por isso nesse blog os textos variam de questões teóricas e meta-teóricas, metodologias, empregabilidade e análise dos eventos, por que assim cubro todas as vertentes que me fazem ser apaixonado por essa ciência e por essa profissão, faço essa pequena distinção, por que como não sou pesquisad

15 anos do tetra. Ou sai que é sua Taffarel

Esse é um blog de relações internacionais, mas vez ou outra algum assunto paralelo consegue adentrar aqui, não posso deixar de falar desse dia, que foi um dos dias mais felizes da minha vida, sim, sou meio estereótipo, gosto de samba, gosto de futebol, gosto de caipirinhas, como feijoada. E daí? Como se gostar dessas coisas ou não faz de alguém menos ou mais intelectual, o que faz essa diferença chama-se Biblioteca. Mas, não nos esqueçamos das relações internacionais, então antes de prosseguir nesse terreno das lembranças futebolísticas da minha adolescência, recomendo bastante (perdão do pleonasmo) a leitura do texto anterior sobre a quem interessa o sangue em Honduras? A luz dos últimos acontecimentos e do que antevejo para os próximos dias, fará muito sentido, se fazer essa indagação. Isso posto, lembro perfeitamente dessa partida, da dureza da marcação italiana e brasileira, lamentei, como todos, a cabeçada perdida no inicio do primeiro tempo por Romário, em um cruzamento do Capitã

A quem interessa o sangue?

As negociações que visavam um acordo político para crise hondurenha intermediada pelo Prêmio Nobel da Paz 1987, Oscar Arias, Presidente da Costa Rica (que ganhou intermediando o fim das guerrilhas na região) naufragou, não chegou a ser uma surpresa afinal todos os analistas viam a indisposição em negociar e exigências sabidamente inaceitáveis, quem acompanha negociações internacionais, sabe quando se força a ruptura de uma negociação, afinal é muito fácil para qualquer diplomata de carreira saber em que pontos rupturas são inevitáveis, portanto, posso dizer que foram negociações de má-fé, onde as partes não se propuseram a negociar de fato. É preciso saber que desde os primeiros momentos da crise e logo após a deposição a Igreja Católica por meio de seu Colégio Episcopal em Honduras ofereceu seus bons ofícios, procurando acalmar os ânimos, prevenir violência e encontrar uma saída negociada. Inclusive um Bispo chegou a se pronunciar na televisão a pedir calma e discernimento de Zelaya e

Ranzinza com causa

Meu ultimo post foi ranzinza sim com imprensa (até me lembrei de um grande amigo que é muito ranzinza, quer dizer acho que ele não vê muito como meu amigo por esses tempos, mas são coisas da vida, que não serão aqui aos olhos do mundo, discutidas), mas tem causa, sou apaixonado pelas relações internacionais e sei quanto elas afetam a vida das pessoas, mesmo as mais pobres que outros chamam de excluídos. A maior parte das pessoas conta com a imprensa para obter informações e formações, por isso minha perplexidade com a cobertura internacional, claro que fiz reducionismos injustos, mas quem não souber quando e por que se usa das hipérboles, não posso fazer nada, como vocês sabem lendo aqui não estou qualificado para ensinar ninguém os caminhos da bela e inculta. E se por acaso ofendi algum jornalista que porventura seja meu leitor, encare esses textos como provocação saudável, para melhorar a qualidade da cobertura e da ação da imprensa. Assim quem ganha é o povo brasileiro, que contará

Onde está a cobertura internacional no Brasil?

Ninguém sabe, ninguém viu! Sumiram da televisão as imagens os protestos no Irã, Honduras como noticia está presente, mas parece esvanecer, as ameaças reiteradas e desesperadas da Coréia do Norte pouco repercute por aqui, o engajamento das tropas de manutenção da paz na Somália, tentando manter algum controle territorial pelo governo somaliano, aparece só pela força das imagens do combate, sobre as eleições mexicanas poucas linhas, o fracasso do casal K na Argentina, não teve nenhuma grande análise que não fosse quase que repetição do noticiário argentino. É esperado claro, que o noticiário interno seja principal e tenha mais espaço ainda mais com a crise no Senado, na economia, na Petrobras. Não quero parecer resmungão, ou chato, é claro que há cobertura sobre isso tudo, mas muito feito com base em notas de agencias noticiosas, mas onde está o pensamento? Principalmente na imprensa escrita, onde estão as opiniões internacionais, balizadas, inteligentes? Onde está o discernimento? A apu

Percepção das atitudes internacionais dos estados

Os não iniciados na história e nas disciplinas de relações internacionais são surpreendidos vez ou outra por atitudes por parte dos Estados que parecem contraditórias e até hipócritas. Eu não consigo classificar um Estado como hipócrita, por que, como já escrevi aqui, vejo nesse discurso antropomórfico (que visa tratar o estado como se fosse uma pessoa) uma ferramenta analítica inadequada, por que não corresponde a verdade e um discurso político perigoso, que transforma tudo em questão de honra nacional, humilhação da pátria, o que acaba por ser sempre usado como justificativas para ações internas, que sem essa cobertura provavelmente encontrariam resistência maior. O Estado justamente por ser esse ente não corpóreo, mas ao mesmo tempo onipresente em nossas vidas, desde o registro de nascimento ao atestado de óbito, é complexo de analisar as teorias das relações internacionais, se desdobram sobre esse assunto, seja assumindo a difícil tarefa de entender a conformação institucional e co