Normalmente não copio textos da imprensa, mas acredito que essa entrevista tem valor didático por abrir uma porta para os bastidores da Política Externa Brasileira, no período dos choques do petróleo. É interessante notar que durante aquele tempo de forte discurso sul-sul, dizia-se “não-alinhado” de denúncia das potências estabelecidas, o comportamento brasileiro era muito parecido com o que buscava condenar, ainda que timidamente, dado as restrições objetivas daquela época. Exemplar é o caso da condenação do sionismo como racismo que foi feito para garantir o fluxo de petróleo iraquiano preço político alto pago pela ditadura em troca. O embaixador Sérgio Tutikian relata os desafios pessoais da vida dedicada às coisas internacionais e como desafios e simpatias pessoais influem na construção da política externa. Relações essas que por vezes são negligenciadas pelos analistas acadêmicos. Abaixo segue a entrevista. Muito bem conduzida pelo repórter da Zero Hora Cláudio Goldberg Rab...