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Mostrando postagens com o rótulo ONU

Dilma na ONU 2014

O discurso de abertura da Assembléia Geral das Nações Unidas é um privilégio brasileiro desde a fundação da ONU (o porquê disso é uma excelente história, se você não sabe, pesquise) e mais uma vez a presidente Dilma foi a ONU aproveitar o maior palco político planetário. Ano passado havia uma expectativa sobre o discurso da mandatária brasileira que se dava em meio ao escândalo da revelação da massiva – e abusiva – máquina de espionagem global da NSA. Esse ano a atenção, contudo, não foi a mesma. Comparada a estréia Dilma já se mostra mais a vontade nesse tipo de discurso, o conteúdo do discurso deixou claro o desprezo da presidente quanto aos assuntos externos e o papel secundário dado ao Itamaraty. Nenhum diplomata profissional permitiria que se trate crises diferentes como Rússia e Ucrânia e combate ao ISIS num só ‘balaio’. Dilma insistiu no velho discurso da reforma do Conselho de Segurança e da governança global, sem demonstrar liderança efetiva nesse sentido. Não concordo co

Ambições brasileiras

Tenho consciência que por vezes sou crítico dos rumos da política externa brasileira, aliás, numa ocasião um comentarista num fórum de internet sugeriu que se eu quisesse reclamar dos rumos da política brasileira eu deveria ser ministro. Achei cômica a declaração, afinal, se preocupar e acompanhar as ações do governo e suas escolhas me parece principio fundamental da democracia. A esse principio de ficar de olho no governo se soma o fato d’eu ter formação na área. O escrutínio dos objetivos da política externa é realmente algo que acontece muito marginalmente nas analises políticas brasileiras principalmente na grande imprensa, embora, tenha havido um crescimento desse tipo de análise. A pena é que as paixões diárias da política-partidária contaminem o debate, o que acaba por gerar comentários como o que citei acima. Um dos aspectos dos objetivos da Política Externa brasileira que merecem um debate público informado e um diálogo permanente é a obsessão brasileira com uma cadeira p

“Estilo Dilma” apareceu na 68ª Assembléia Geral das Nações Unidas

Os idealizadores da imagem da então candidata Dilma se esforçaram por meses para suavizar a imagem de inflexível e grosseira que havia se formado na Esplanada a partir de relatos (comprovados ou não) de colaboradores próximas da então chefa da Casa Civil. Perdurou, é claro, a imagem de exigente de Dilma, embora numa roupagem menos irascível. E essa imagem encontrou eco no eleitorado brasileiro em desesperada busca por seriedade em seus líderes eleitos. E, hoje, esse lado da presidente Dilma fez sua estréia no cenário internacional. Dilma falou grosso na ONU. Havia grande interesse da imprensa, tanto a nacional quanto a internacional, sobre as palavras de Dilma acerca das denuncias de espionagem feitas por Edward Snowden. Abaixo transcrevo as palavras da presidente sobre o assunto. “Quero trazer à consideração das delegações uma questão à qual atribuo a maior relevância e gravidade. Recentes revelações sobre as atividades de uma rede global de espionagem eletrônica provocaram indi

Vídeo: Palestine's U.N. Gamble

Em vídeo produzido pelo think tank americano “ Center for Strategic and International Studies - CSIS ” dois insiders no establishment de Política Externa dos EUA travam um interessante, porém breve dialogo sobre a decisão palestina de obter reconhecimento de seu estado via nações unidas. Os dois participantes são H. Andrew Schwartz que faz às vezes de entrevistados e Haim Malka , que como muitos devem saber é blogueiro de política externa no badalado portal Huffington Post. Creio que a discusão levada a cabo trás elementos interessantes como a dimensão jurídica que representa o reconhecimento da palestina, isto é, com esse advento teríamos mais uma dimensão de enfrentamento entre Israel e Palestina que seria o Tribunal Penal Internacional e outros instrumentos similares. O vídeo abaixo é propriedade do CSIS e está em inglês, não sei se há legendas em português. Embora, o domínio da língua inglesa seja corrente entre os interessados em Relações Internacionais.

Presidente Dilma na Assembléia Geral

Hoje a presidente Dilma Roussef abriu a 66ª Assembléia Geral das Nações Unidas – AGNU, foi sua grande estréia no cenário mundial e aconteceu num clima bastante favorável a ela no sentido que recebeu uma boa cobertura da imprensa internacional e tem consolidado uma imagem externa de dura com a corrupção – o que é sempre muito simpático – e por que o Brasil vive um momento econômico interessante e vê reconhecido o aumento de seu poder relativo nos assuntos dessa seara. Ficou claro o esforço do Itamaraty em marcar o ineditismo de seu discurso, por que seria a primeira vez que uma mulher abriria os trabalhos na ONU, contudo esse esforço não rendeu até o momento os dividendos esperados, em termos de exposição em mídia internacional (ou seja, Soft Power). Essa ênfase se confirma quando se dá conta de que os 4 primeiros parágrafos do discurso enfatizam sua condição de mulher. É claro, que seria mais relevante, a meu ver se o fato dela ser mulher tivesse sido o que motivou seu discurso, mas

Um assunto espinhoso ou Estado Palestino

A 66ª Assembléia Geral das Nações Unidas – AGNU será dominada pela demanda da Autoridade Nacional Palestina – ANP, que é controlada pelo grupo Fatah, de que seja reconhecido o Estado da Palestina. O pleito conta com razoável apoio dos Estados-Membros da ONU, incluso do Brasil, mas ao que tudo indica será negado no Conselho de Segurança, com veto dos EUA – um dos cinco países membros permanentes desse conselho e portadores de poder de veto. A demanda, embora conte com apoio de amplos setores da opinião pública global – e seja vista com entusiasmo por setores mais a esquerda do espectro político – não é compartilhada pelo outro player relevante da política palestina o grupo Hamas (que controla a Faixa de Gaza). Num raro momento na história em que Hamas e Israel concordam. ( Será sinal do fim dos tempos em 2012? !). Claro e evidente que Hamas e Israel só concordam em ser contra esse pedido especifico de reconhecimento. O jornal israelense, em língua inglesa, Haaretz, cita uma declaração

Íntegra da Resolução da zona de exclusão aérea na Líbia

Abaixo a íntegra (em inglês) da Resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas 1973 (2011) sobre a Líbia. Que foi aprovado hoje com 10 votos a favor e 5 abstenções. Abstiveram-se Alemanha, Brasil, Rússia, Índia e China (se os BRIC votaram juntos algo para se analisar em seu devido tempo, bem como o fato dos três não permanentes que votaram contra são candidatos a cadeiras com poder de veto em uma eventual reforma do Conselho). Resolução do Conselho de Segurança 1973 (2011) The Security Council, Recalling its resolution 1970 (2011) of 26 February 2011, Deploring the failure of the Libyan authorities to comply with resolution 1970 (2011), Expressing grave concern at the deteriorating situation, the escalation of violence, and the heavy civilian casualties, Reiterating the responsibility of the Libyan authorities to protect the Libyan population and reaffirming that parties to armed conflicts bear the primary responsibility to take all feasible steps to ensure the protec