Até onde sei meu amigo Paulo Roberto de Almeida cunhou a expressão contrarianista para ser uma bem-humorada assinatura de seu pensamento, que é essencialmente livre, não livre de influências claras como Popper e outros, mas livre de amarras, de obrigações, de carreirismo oportunista dos “sabujos” – como ele se refere aos áulicos –, ou seja, não se importa do contrariar o senso comum e/ou seus companheiros de academia e de vida diplomática. Tenho reproduzido com alguma freqüência seus textos, mas isso não é só a minha admiração pelo autor, mas um reflexo da espantosa produtividade dele e no caso desse texto por que também tenho muito apreço por David Ricardo. A nota abaixo é um comentário a uma notícia que informa a decisão de expandir a chamada “diplomacia agrícola” pela África. Embrapa: uma empresa de sucesso, mas ainda contaminada pela ideologia companheira A Embrapa é uma realização brasileira que poderia ter emergido em quaisquer circunstâncias, pois corresponde ao qu...