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Incomoda o crescimento do Peru? Uma resposta a um comentário

Não sou dado a responder críticas anônimas, mas vez outra não só publico uma, como acho que ela é digna de um escrutínio. Foi o caso de uma que recebi em meu texto “ Elucubração Econômica ” que me trata com alguns termos bem fortes, mas nada que eu não seja capaz de agüentar, afinal sou um homem feito e não vou ficar choramingando por que alguém não concorda comigo, creio que quem se põe a escrever na rede tem que estar apto pra lidar com críticas. Assim escreveu o comentarista anônimo, pretendendo responder a pergunta que fecho o texto referido: “O que ganhamos em troca? Pleno emprego, desenvolvimento economico e social, economia sólida, estabilidade. Os projetos liberais podem ser muito lindos, mas jamais funcionam pro sul. Os textos desse blog ja foram bons, hoje nada mais são do que distribuição gratuita de bravatas pró-imperialismo. Uma pena, pois aqui eu lia as melhores analises. Comparar a situação de crescimento do Peru e dos paises do pacifico com a nossa chega a ser u

Ler, Refletir e Pensar: Desafios para Humala

Ainda busco elementos para fundamentar uma análise sobre o nacionalista Ollanta Humala. Os leitores dessa página sabem as reservas que tenho quanto a “nacionalistas”, mas não quero - e não posso a bem de ser intelectualmente honesto – que isso se transforme em preconceito contra o novo presidente-eleito do Peru. O texto abaixo é de autoria de Mauricio Santoro, que é doutor em ciência política e professor de Relações Internacionais e foi originalmente publicado em seu blog. O texto expressa as dúvidas que pairam sobre Humala que procurou deliberadamente se colocar como um lulista em contradição a sua anterior verve chavista. E para tanto chegou a contratar Luis Favre que é conhecido por sua participação na campanha eleitoral de Lula (só pra constar Favre é marido de Marta Suplicy). Recomendo a leitura de um bom artigo de Michael Shifter, na Foreign Policy intitulado “ Can a Chávista become a Lulaista ?”. Desafios para Humala Escrevo ainda sem ter a confirmação dos resultados das

Fujimori, ainda uma contextualização histórica

Dando continuidade a nossa investigação sobre o fenômeno Fujimori ( aqui ). Ainda estou lutando contra dificuldades técnicas com minha conexão. O período Alan García (1985-1990) A campanha de García se deu sob o pilar de uma política conciliadora esse processo gerou expectativas populares muito positivas acerca do governo que se iniciava, o novo presidente era herdeiro do velho estilo de líder carismático que era de certa forma norma nos governos peruanos. E, assim, se valeu de canais não institucionais de relacionamento com o povo, buscando basear seu governo em índices elevados de popularidade que seriam justificadores e legitimadores de suas ações. E assim esse personalismo acabou por enfraquecer os poderes da república, em especial o congresso que não obstante poderes fiscalizadores formais amplos concedidos pela Constituição de 1979, não possuía condições políticas de exercê-los, principalmente nos primeiros anos do governo onde a economia dava sinais de melhora. No sentido de ma

Fujimori, o homem que mandava no Peru.

Tem sido amplamente divulgado na mídia (© by Wollmann) a sentença condenatória dada ao Ex- Presidente peruano Alberto Fujimori ( aqui ). Esse sempre foi um nome capaz de despertar paixões e polarizações não só em seu país como na opinião pública internacional, seu nome estará para sempre relacionado ao fim do terrorismo de inspiração marxista no Peru, todos se lembram da imagem do líder do Sendero Luminoso Abimael Guzman enjaulado e com um uniforme de presidiário ao melhor estilo irmãos metralha.  Lembra-nos, também, o nome Fujimori a invasão e manutenção em cativeiro entre dezembro de 1996 e abril de 1997 de centenas de autoridades e políticos e o próprio Embaixador do Japão pelo grupo terrorista MRTA - Movimento Revolucionário Túpac Amaru, (Para os mais novos não foram inspirados pelo rapper ). Na época da invasão da embaixada e a morte dos 14 guerrilheiros fora visto como um sucesso do governo Fujimori o que deu ainda mais poderes para “rasputiniana” (se me permitem o neologismo)