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Mostrando postagens de março, 2010

Um pequeno hiato

Queridos leitores habituais e novos que aqui chegam nesses últimos dias questões profissionais e pessoais me impedem de escrever. Por isso haverá um pequeno hiato no nosso dialogo até depois de feriado de Semana Santa. Há muito sobre o que escrever houve o terrível atentado no metrô de Moscou, a visita do presidente uruguaio e outros assuntos. Que se Deus quiser serão abordados em breve. Não sei se o hiato se dará no período que estipulei por que escrever é um vicio que acalento. Tenham uma boa semana e um bom feriado, quem for cristão que aproveite para fazer as reflexões e rituais que a data clama. Quem não for aproveite o descanso. 

Ler, Refletir e Pensar

“Há, nos sistemas de Estados, uma tensão inevitável entre o desejo de ordem e o desejo de independência. A ordem promove a paz e a prosperidade, que são grandes dádivas. Há, entretanto, um preço. Toda ordem limita a liberdade de ação das comunidades e especialmente a de seus dirigentes. O desejo de ordem torna aceitáveis as limitações impostas por Hobbes e por outros. Na medida, todavia, em que a ordem é imposta pela força real ou potencial de uma autoridade hegemônica, esta pode ser sentida como opressiva. Isso ocorre especialmente no caso de autoridades imperiais e outras que intervêm nas políticas internas dos membros. O desejo de autonomia, e depois independência, é o desejo dos Estados de relaxar as limitações e os comprometimentos sobre eles impostos. A independência, entretanto, também tem seu preço, em termos de insegurança econômica e militar. O termo Estados Independentes num sistema indica entidades políticas que mantêm a capacidade última de tomar decisões externas, assim

Comércio Internacional e SGP

O comércio internacional é uma necessidade econômica de todos os Estados do planeta, no sentindo que os recursos produtivos, recursos naturais e claro demografia, ou seja, cada economia se fechada está sujeita aos limites de curva de possibilidades de produção individual. A exposição ao comércio internacional produz efeitos na economia ao expandir a possibilidade dos consumidores terem suas necessidades atendidas, por exemplo, o Brasil não produz azeite de oliva, contudo há demanda por esse produto. A essa diferença entre os países se dá o nome de dotação relativa de fatores de produção. As teorias clássicas do comércio internacional como a chamada Heckscher-Ohlin pregam que o efeito natural dessa dotação relativa de fatores de produção é que os países se especializariam na produção daquilo que em tivessem abundancia de fatores de produção que podem ser trabalho, capital, terra, etc. Nesse sentido a especialização resultaria na produção máxima de um produto ou grupo deles que teriam s

Negociação e fluxo de informação

Escrevi em um texto intitulado “Por que contratar um bacharel em relações internacionais?” que um dos principais motivos para fazê-lo é a capacidade negociadora desse profissional, que resumidamente decorre de sua capacidade de preparação para negociar já que é multidisciplinar por natureza, o que no caso comercial permite que ele se comunique muito bem com todos os setores da empresa e faça uma boa analise o que o leva a criar uma boa estratégia de negociação, contudo a experiência prática de negociação é importante ao permitir que o negociador rapidamente perceba as correções táticas necessárias. É óbvio até para quem não é iniciado na área que é preciso tipificar a negociação, ou seja, se emprega mecanismos diferentes de acordo com objetivos que ser alcançar, afinal não se usa a mesma técnica para negociar um acordo do tipo “integrative” ou “distributive”. Integrative negotiations são as que as partes envolvidas almejam ganhos conjuntos. Distributive negotiations são as que as par

Oriente Médio e Brasil

Uma vez mais reproduzo aqui as discussões levadas a cabo no “Globo News Painel” reitero minha confissão de fã do programa tanto conceito como execução, o que não implica em endosso das teses lá defendidas. O programa como fica óbvio é de propriedade das Organizações Globo e aqui é apresentado sem violação de direitos autorais já que os códigos que permitem sua exibição são disponibilizados pelos dententores dos direitos. Segue o vídeo.

Um refresco para Obama

Passou, a reforma passou por 219 a 212. O jogo foi pesado com republicanos demonizando as propostas de Obama classificando-as como socialistas e os democratas apertando a tecla retórica de que assistência médica é um direito não privilégio. Uma importante jogadora foi a Speaker Pelosi (Presidente da Câmara), que usou todo seu poder dentro do partido democrata para coibir dissecções além de usar as regras da casa para impedir as manobras republicanas. A vitória não foi inteira os republicanos conseguiram extirpar do projeto a chamada “public option” que era um seguro de saúde estatal. As pesquisas de opinião dão conta que há uma rejeição popular a proposta aprovada que pode ser capitalizada por republicanos para conseguir recuperar cadeiras perdidas nas ultimas eleições. Contudo, a vitória fortalece os democratas em sua base e o presidente afinal sua liderança foi importante ao fazer uma concessão aos democratas pró-vida de que não será usada verba federal em abortos. Com essa medida

D Day for Obamacare

Ok. O apelido Obamacare é a maneira pejorativa que a oposição republicana (e não republicana) chama o plano de reforma de saúde proposto pelo presidente Obama. Proposta que nesse domingo será analisada na House of Representatives (Câmara de Deputados dos EUA). Obama usou todo o peso do seu cargo nos últimos dias para evitar que sua maioria democrata se preocupe mais com a re-eleição e fez hoje um discurso emotivo em que lembrou a todos que entraram para política para ajudar as pessoas (numa ilação de quem não vota com ele não quer ajudar as pessoas, diga-se de passagem).   A imprensa internacional (incluindo os brasileiros) tem analisado a questão de maneira superficial seguindo o maniqueísmo dos discursos políticos que tenta pintar as forças contrárias a reforma nos moldes propostos por Obama, como forças retrógradas, reacionárias e até mesmo racistas e xenófobas. Um grupo que chama especial atenção é o descentralizado Tea Party Patriots. Um movimento social (sim nem todos os movimen

Ler, Refletir e Pensar

Aos sábados gosto de selecionar escritos de terceiros que sejam relevantes e que provoquem as ações que servem de título a esse texto (e a vários outros). Nesse sábado faço uma homenagem a ela que sofre nesse blog (menos que em outros lugares é verdade) não por falta de estudo, por que sempre estou a estudá-la, mas algo sempre me escapa quando se trata dela. A língua portuguesa “bela e inculta flor do Lácio” e “minha pátria”. ULTIMA FLOR DO LÁCIO   Por Olavo Bilac  Última flor do Lácio, inculta e bela, És, a um tempo, esplendor e sepultura; Ouro nativo, que na ganga impura A bruta mina entre os cascalhos vela... Amo-te assim, desconhecida e obscura, Tuba de alto clangor, lira singela, Que tens o trom e o silvo da procela E o arrolo da saudade e da ternura! Amo o teu viço agreste e o teu aroma De virgens selvas e de oceano largo! Amo-te, ó rude e doloroso idioma, Em que da voz materna ouvi: "Meu filho!" E em que Camões chorou, no exílio amargo, O gênio sem ventura e o am

México, EUA e Drogas – II

Em uma feliz coincidência de pautas o programa “Sem Fronteiras” da rede de televisão paga “Globo News” exibiu ontem uma reportagem sobre a atual estratégia de combate ao tráfico transnacional de drogas no México o “Plan Mérida ou Iniciativa Mérida” um plano de cooperação internacional entre os EUA e México. Há sem dúvidas muitas críticas ao plano que são embasadas em alguns pontos em outros de “antibushismo” acrítico, que por sinal é tônica no vídeo abaixo e do poderoso e prestigiado CFR – Council on Foreing Relations – um think tank de caráter liberal (no que diz respeito ao exótico cenário política interno dos EUA) que publica a muito conhecida revista “Foreing Affairs”. Ainda que seja uma reportagem bastante crítica ao plano de combate as drogas na mesma linha que muitos “especialistas” utilizam aqui para combater as incursões policiais, como se a repressão fosse ilegítima e a venda e consumo de drogas fossem. Não advogo violência policial como forma de satisfazer desejos primai

México, EUA e Drogas

Uma cidade dominada por bandidos armados e perigosos que se infiltram em comunidades carentes onde se transfiguram em redentores da pobreza e do descaso, mimetizando discursos e táticas outrora usadas por revolucionários. Enraizando o crime a cultura local, corrompendo a moralidade estabelecida e até mesmo gerando ritmos musicais devotados a propalar e ‘glamourizar’ os atos criminosos. Enquanto autoridades corrompidas e acuadas não sabem como reagir a criminalidade que ameaça a romper a ordem estabelecida. A cidade em questão é a Ciudad Juarez no México, mas poderia ser qualquer grande cidade da América Latina, (como o Rio de Janeiro, Bogotá, Caracas, La Paz , Quito), contudo a situação mexicana é mais grave o narcotráfico encontra nos milhares de quilômetros que unem esse país ao maior mercado consumidor de drogas do mundo números pontos de travessia e nos migrantes obrigados a cruzarem o Rio Bravo ilegalmente mão-de-obra (voluntária e involuntária) para sua nefasta empresa. As famí

Todos são irlandeses em 17 de março

Hoje é o dia em que se celebra o patrono da Irlanda um santo muito querido na Igreja. Aqui uma breve biografia publicada pelo portal Brasil Escola: Lendário santo britânico nascido aparentemente em um povoado das proximidades do rio Severn, na Inglaterra, admirável Apóstolo e Patrono da Irlanda, de quem contam que usou o trevo de três folhas, hoje símbolo da Irlanda, para explicar o mistério da Santíssima Trindade.  De origem de uma família rural cristã, foi raptado aos 16 anos e vendido como escravo na Irlanda, onde trabalhou por seis anos como pastor. Depois de fugir chegou à França e refugiou-se no mosteiro de Lérins, onde dizia ter recebido um apelo divino para voltar e pregar o evangelho de Cristo na Irlanda.  Depois transferiu-se para Auxerre, onde estudou sob a direção de são Germano e sagrou-se bispo (432). Voltou à Irlanda com a incumbência de combater as idéias de Pelágio, consideradas heréticas, e de anular a influência local dos sacerdotes druidas. Ali construiu inúmeros te

A pergunta da hora

O assunto como era previsível cresceu e ganha ar de grande discussão nacional (pelo menos entre os poucos que lêem jornais e se interessam pela coisa) trato é claro dos rumos da política externa brasileira que serão herdadas pelo próximo governo. A discussão que havia se iniciado com o envolvimento em Honduras. E se intensificou com o apoio cada vez maior do Brasil ao Irã. E a pergunta principal que surge desse debate é qual o papel do Brasil no mundo? Melhor ainda qual o papel que temos condições de desempenhar no mundo? Em um momento de raro equilíbrio macroeconômico (ainda que a falta de poupança e os elevados gastos públicos doam nos contribuintes, sem contar nas taxas de juros praticadas) e de crescimento da classe média o Brasil se encontra na posição de “queridinho” dos mercados e empresta a letra B à sigla dos maiores emergentes BRIC. Esse bom momento econômico aliado a vida democrática alterou o status brasileiro no mundo. Ainda que analisando friamente muito desse status é

Algumas Notas

COLÔMBIA : Eleições legislativas confirmam a expectativa de manutenção da maioria parlamentar da base de apoio de Uribe, que mantém uma boa popularidade mesmo com o desemprego. Depois da derrota jurídica que o impediu de concorrer mais uma vez a presidência ele tem a oportunidade de como se diz por aqui fazer seu sucessor. FRANÇA: Sarkosy sofreu uma derrota nas eleições com o avanço da extrema-direita de Le Penn e dos socialistas. Isso provavelmente deve afetar a agenda de reformas do atual presidente, que se prepara para lutar por um segundo termo. RÚSSIA: Vitória do partido de Vladmir Putin em eleições locais consolida o poder e influência do atual primeiro-ministro que muitos definem como o verdadeiro mandatário russo. Sinal que a Europa continuará a lidar com a política energética russa. Tópicos acima “descaradamente” baseados nos sempre pertinentes e esclarecedores twitters do meu querido professor Márcio Coimbra (@mcoimbra) que além de professor é consultor competente e edit

Brasil protagonista no Oriente Médio? Devagar com andor

O Presidente da República (em fim de mandato) Lula chegou a Israel para seu mais novo giro pelo Oriente Médio , pela primeira vez um líder eleito do Brasil vai a região já que o ultimo que por lá esteve, esteve muito antes da existência do Estado de Israel, foi o Imperador D. Pedro II, portanto no século XIX. Lula desembarca com pretensões negociadoras declaradas , a essa altura o leitor já tem conhecimento da pequena controvérsia acerca da ida, ou melhor, não ida do presidente ao tumulo do fundador do sionismo (movimento político que culminou na fundação do Estado de Israel). Não abordarei a questão das gafes nesse momento ainda me faltam elementos para avaliar o impacto que isso pode ter no campo da imagem. Politicamente creio que o impacto deve ser mínimo já que as relações diplomáticas são mais racionais e mesmo frias que as relações entre os políticos. O foco desse texto é a atuação pretendida por Lula de papel protagonista nas negociações nessa região (tenho minhas dúvidas se

Lula e Cuba: Um bom debate

Parece estar a virar hábito, mas garanto que não é por preguiça ou por que estou a fazer clipping é sim por que entre os meus compromissos com vocês meus leitores está o de trazer elementos importantes para o debate e creio que esse programa (mais um vez o excelente Globo News Painel) aborda a questão das tão debatidas declarações do presidente sobre a morte Orlando Zapata.

Domingo dos leitores

Fui perguntado em comentário ao texto “8 de março” sobre lista de livros indicados para quem está estudando relações internacionais. A pergunta como me foi enviada pela leitora Aurélia (ela fez o pedido na área de comentários logo creio não ser necessário resguardar seu nome como faço com os e-mails) e repito aqui como está lá. Olá Mario, quero deixar registrada a minha adoração pelo blog. Conheci-o há pouco tempo e estou encantada com a sua disposição para tirar dúvidas dos leitores. Estou no 2º período de RI. O 1º período eu levei "nas coxas", pois achava que queria seguir outra carreira (direito), mas agora estou decidida e mergulhei de cabeça no curso. Comecei a pesquisar na internet e dei de cara com seu blog. Estou lendo todos os teus textos e queria dicas de livros (específicos da área ou não). Deve ser difícil indicar leituras para uma desconhecida, mas imagino que algumas obras devem ser básicas p/ qualquer internacionalista. Aguardo resposta e, mais uma vez, parabén

Ler, Refletir e Pensar

B revíssimo Tratado da Subserviência   (que também poderia ser um mini-tratado da sabujice)  Paulo Roberto de Almeida (um raro escrito dedicado a terceiros)  O subserviente é aquele que se dobra às conveniências de uma autoridade superior, mesmo quando essa autoridade atua manifestamente em detrimento de seus próprios interesses pessoais; o subserviente prefere submeter-se às inconveniências cometidas por aquela, e o faz de livre e espontânea vontade, ainda que de modo vergonhoso, a ter de corrigir, mesmo gentilmente, essa mesma autoridade. O subserviente, que também pode ser considerado um sabujo, no sentido estrito, não hesita em desmentir-se, a posteriori, de declarações previamente tornadas públicas, ou em afastar-se de posições anteriormente assumidas, ou defendidas historicamente, apenas para se conformar à vontade, muitas vezes irracional e inexplicável, dessa mesma autoridade superior. Ele não seria subserviente sem essa degradação moral. O subserviente profissional considera q

Colóquio de Relações Internacionais

Quem estiver em Portugal, na região de Braga (onde tenho leitores assíduos que toleram o mau uso que faço de nossa língua portuguesa) o Centro de Estudos do Curso de Relações Internacionais -CECRI- da Universidade do Minho, convida para o XXXI Colóquios de Relações Internacionais, com o tema "BRIC: Uma chamada ao palco principal" . Maiores informações aqui .  Segue abaixo o vídeo promocional do evento.

Troca de guarda no Chile

Nessa quinta-feira dia 11 de março de 2010, tomará (escrevo o post na madrugada) posse no Chile Sebastián Piñera muito destaque se tem dado ao fato dele ser o primeiro presidente de direita democraticamente eleito. O diário norte-americano “The New York Times” traça um interessante panorama das expectativas diante da posse, que foram radicalmente mudadas pelo trágico terremoto de magnitude 8,8 que atingiu o país em 27 de fevereiro. No plano regional caberá a Piñera e sua diplomacia a presidência do Grupo do Rio, logo caberá a ele coordenar os trabalhos que visam a criação do tal organismo do Caribe e América Latina “puro sangue” (sem EUA e Canadá). Sem dúvida sua posse pode oferecer novidades no âmbito sul-americano já que potencialmente pode ser um governo mais simpático a Colômbia. E possa agir como uma voz moderada na região. Embora os esforços de reconstrução e embates políticos internos devam ser prioritários na agenda chilena. É preciso notar que o presidente Lula não irá a c

Contencioso do Algodão (Parte – IV)

A decisão de acionar as medidas compensatórias não é uma decisão que seja irreversível, como muitos especialistas declararam as várias redes de televisão e para os jornais. É uma ferramenta de pressão que visa diminuir o poder do lobby grassroots da agricultura americana. Esse tipo de lobby é particularmente difícil de enfrentar por que ao contrário da pressão feita em gabinetes que sempre é mal visto pelas pessoas esse tipo de lobby movimenta as comunidades interessadas de um modo muito similar aos movimentos sociais, ou seja, se tornando uma causa. Esse tipo de levantamento une os produtores rurais em um bloco coeso, sejam eles grandes ou pequenos produtores que por sua vez exercem grande pressão em seus distritos, exigindo dos congressistas medidas de apoio. Ao mesmo tempo financiando aqueles políticos alinhados as suas demandas (não importa se alinhamento “de coração” ou “interesseiro”). O Brasil tem suas mãos nesse momento boas oportunidades de barganha por força das condições

Contencioso do Algodão (parte – II)

Como anunciado pelo governo federal nessa segunda foi divulgada a lista de produtos que serão alvos de medidas compensatórias, nesse primeiro documento estão listados os produtos que são abrangidos no arco do GATT/1994 (Acordo Geral de Tarifas e Comércio, essencialmente produtos agrícolas e industriais) a próxima lista deverá incluir os produtos que são aqueles que estão no arcabouço do GATS (Acordo Geral sobre Serviços, que inclui prestações de serviço tais como royaties, patentes, etc.). Esse é um dos raros casos em que a medidas compensatórias cruzadas foram autorizadas. A lista dos produtos pode ser encontrada aqui . O governo dos EUA se diz “decepcionado” com a medida, a expectativa geral é que as medidas compensatórias cruzadas possam desencadear lobby dos setores exportadores prejudicados para alteração da Farm Bill. A visita próxima do Trade Representative Gary Locke deve ser uma nova etapa da negociação. No primeiro post dessa série discorri sobre os procedimentos de defesa