Pular para o conteúdo principal

Domingo dos leitores

Fui perguntado em comentário ao texto “8 de março” sobre lista de livros indicados para quem está estudando relações internacionais. A pergunta como me foi enviada pela leitora Aurélia (ela fez o pedido na área de comentários logo creio não ser necessário resguardar seu nome como faço com os e-mails) e repito aqui como está lá.
Olá Mario, quero deixar registrada a minha adoração pelo blog. Conheci-o há pouco tempo e estou encantada com a sua disposição para tirar dúvidas dos leitores.
Estou no 2º período de RI. O 1º período eu levei "nas coxas", pois achava que queria seguir outra carreira (direito), mas agora estou decidida e mergulhei de cabeça no curso. Comecei a pesquisar na internet e dei de cara com seu blog. Estou lendo todos os teus textos e queria dicas de livros (específicos da área ou não). Deve ser difícil indicar leituras para uma desconhecida, mas imagino que algumas obras devem ser básicas p/ qualquer internacionalista. Aguardo resposta e, mais uma vez, parabéns pelo blog.
Como escrevi nos comentários recomendo que se leia a lista de livros obrigatórios e complementares de suas matérias e que se passeie pela biblioteca vendo títulos que agucem a curiosidade ler antes de tudo tem que ser um prazer, ainda que na graduação tenhamos que lidar com o tédio de leituras obrigadas para provas e trabalhos o que tira um pouco do prazer. A título de ilustração vou passar aqui uma lista dos livros que literalmente estão na minha mesa de cabeceira.

Foto do meu criado mudo ignorem o controle remoto da SKY, os trocados e CD da Clara Nunez, 
o meu escritório onde escrevo é mais organizado, juro.

Sou daqueles que lêem vários livros ao mesmo tempo e muito das idéias e pesquisas que faço para criar posts para esse blog se dá lendo recolhido em meu quarto, na verdade na minha varanda de frente para o Rio São Francisco.

A lista, sem editoras, afinal não é um trabalho acadêmico com regras ABNT:

Dicionário Aurélio (material de referência)

BRASIL. Constituição Federal de 1988. (material de referência)

TZU, Sun. A arte da guerra. (clássico obrigatório)

HOBBES, Thomas. Leviatã. (clássico obrigatório)

GUIA 4 RODAS. Brasil 2008. (estou a planejar viagens rodoviárias)

SOMBRA SARAIVA, José Flávio. O lugar da África.

CASTRO, Marcus Faro de. Política e Relações Internacionais.

MARQUEZ, Gabriel Garcia. O amor nos tempos do cólera. (não gosto da política dele, mas gosto dos livros)

THORSTENSEN, Vera. JANK, Marcos. S. O Brasil e os grandes temas do comércio internacional.

NASSER, Rabih Ali. A OMC e os países em desenvolvimento.

BRASIL. Propostas de Mudança (discursos de posse do presidente Lula e seus ministros)

FONSECA Jr, Gelson. CASTRO, Sergio Henrique Nabuco de. (org) Temas de política externa brasileira II (vol. I e II)

BRASIL. A palavra do Brasil na Organização das Nações Unidas (1946-1995).

STRANGER, Irineu. Direito do comércio internacional e Lex mercatoria.

HOFFMANN, Herz Ribeiro. Organizações Internacionais

BRASIL. MERCOSUL legislações e textos básicos (um livro com os tratados editado pelo Congresso Nacional)

SANCHEZ, Yoani. De Cuba com carinho (recomendo muito)

NOGUEIRA, Saulo P. L. Como derrubar as barreiras internacionais de comércio. Manual de diplomacia comercial.

BEHRENDS, Frederico L. Comércio Exterior.

MORGENTHAU, Hans J. A política entre as nações. A luta pelo poder e pela paz. (sempre citado aqui, obra seminal, contestada é óbvio, mas leitura obrigatória)

WATSON, Adam. A evolução da sociedade internacional. Uma análise histórica comparativa.

Prometo atualizar essa lista e adicionar clássicos em breve. Decidi optar pelos que estão aqui ao meu lado. E lembro que aos sábados costumeiramente publico trechos de livros não só de relações internacionais que julgo relevantes e que podem ser para você também. 

Comentários

Unknown disse…
Muitíssimo obrigada!
Um ótimo início de semana pra você.
Abraço.
Anônimo disse…
Nossa bilbioteca ta muito parecida Mário.. da sua lista tem so uns quatro ou cinco que não li ou pelo menos passei os olhos
Atualemnte tenho utilizado mais é o Guia 4 rodas rsrs .. mas nossas afinidades não são a toa
Abraços
Josy

Postagens mais visitadas deste blog

Colômbia – Venezuela: Uma crise previsível

A mais nova crise política da América do Sul está em curso Hugo Chávez o presidente da República Bolivariana da Venezuela determinou o rompimento das relações diplomáticas entre sua nação e a vizinha Colômbia. O fez em discurso transmitido ao vivo pela rede Tele Sur. Ao lado do treinador e ex-jogador argentino Diego Maradona, que ficou ali parado servindo de decoração enquanto Chávez dava a grave noticia uma cena com toques de realismo fantástico, sem dúvidas. Essa decisão estar a ser ensaiada há tempos, por sinal em maio de 2008 seguindo o ataque colombiano ao acampamento das FARC no Equador. Por sinal a atual crise está intimamente ligada aquela uma vez que é um desdobramento natural das acusações de ligação entre a Venezuela e os narco-gueriilheiros das FARC. Nessa quarta-feira o presidente da Colômbia (e de certa maneira o arquiinimigo do chavismo na América do Sul) Álvaro Uribe, por meio de seus representantes na reunião da OEA afirmou que as guerrilhas FARC e ELN estão ativas...

Empregos em RI: Esperança renovada

“A esperança não é nem realidade nem quimera. É como os caminhos da terra: na terra não havia caminhos; foram feitos pelo grande número de passantes.” Lu Hsun. In “O país natal”. O tema empregabilidade domina os e-mails que recebo de leitores e os fóruns dedicados a relações internacionais. Não por acaso deve haver pelo menos 30 textos dedicados ao tema nesse site. E sempre tento passar minha experiência e as dos meus amigos que acompanho de perto. O tema sempre volta, por que sejamos francos nos sustentar é algo importante e vital se me permitirem essa tautologia. Pois bem, no próximo dia 19 de novembro ocorrerá uma grande festa que encerrará os festejos de 15 anos de existência do Curso de graduação em Relações Internacionais da Universidade Católica de Brasília. E como parte dos preparativos para essa data temos empreendido um esforço para “rastrear” todos os egressos de nosso curso. Nesse esforço temos criado uma rede de contatos e o que os dados empíricos me mostram é um tes...

O complicado caminho até a Casa Branca

O processo eleitoral americano é longo e complexo, sua principal característica é a existência do Colégio Eleitoral, que atribui aos candidatos uma quantidade de votos, que equivale ao número de senadores ou deputados (lá chamados de representantes) que cada estado tem direito no Congresso dos EUA. Esse sistema indireto de votação é uma fórmula constitucional enraizada no processo histórico da formação dos Estados Unidos, que buscava em um forte federalismo, criar mecanismos que pudessem minorar ou eliminar a possiblidade de um governo tirânico. Esse arranjo federalista se manifesta fortemente, também, na forma como a Constituição Americana é emendada, sendo necessário a ratificação de uma emenda aprovada no congresso pelos legislativos estaduais. São 538 votos totais no Colégio Eleitoral, a Califórnia tem o maior número de votos, com 55 e o Distrito de Columbia (equivalente ao nosso Distrito Federal) e outros 7 estados com 3 votos têm a menor quantidade, o censo populacional é usa...