Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de setembro, 2011

Vídeo-postagem: South Sudan and Enterprise Development: A Conversation with SABMiller

Hoje disponibilizo um vídeo produzido pelo ‘ think tank ’ americano Center for Strategic and International Studies – CSIS sobre a questão da participação das multinacionais no desenvolvimento das nações menos desenvolvidas. E analise especificamente as ações da gigante das bebidas SABMiller no Sudão do Sul. Um ponto de vista interessante vale a pena ser assistido. Abaixo descrição feita pelos autores do vídeo, em inglês. One of the world’s largest brewers, SABMiller has been a leader in local community development, strengthening both its business model and the communities in which it operates. On September 26, Sue Clark joined us for a conversation on SABMiller’s sustainable development operations, discussing successful initiatives in the areas of local sourcing, enterprise development, and health. Ms. Clark discussed the specific example of SABMiller’s investment in South Sudan, where the establishment of Southern Sudan Beverages Ltd. has successfully created one of the largest inv

Empregos em RI: Esperança renovada

“A esperança não é nem realidade nem quimera. É como os caminhos da terra: na terra não havia caminhos; foram feitos pelo grande número de passantes.” Lu Hsun. In “O país natal”. O tema empregabilidade domina os e-mails que recebo de leitores e os fóruns dedicados a relações internacionais. Não por acaso deve haver pelo menos 30 textos dedicados ao tema nesse site. E sempre tento passar minha experiência e as dos meus amigos que acompanho de perto. O tema sempre volta, por que sejamos francos nos sustentar é algo importante e vital se me permitirem essa tautologia. Pois bem, no próximo dia 19 de novembro ocorrerá uma grande festa que encerrará os festejos de 15 anos de existência do Curso de graduação em Relações Internacionais da Universidade Católica de Brasília. E como parte dos preparativos para essa data temos empreendido um esforço para “rastrear” todos os egressos de nosso curso. Nesse esforço temos criado uma rede de contatos e o que os dados empíricos me mostram é um tes

Um dia que terá muitas repercussões

Em geral o termo histórico é bastante abusado na imprensa e constantemente usado para eventos que ainda que sejam relevantes não tem o peso transformador que a palavra histórico carrega. Como sempre ressalto aqui o calor dos eventos é péssimo conselheiro para qualquer analista, mas nem sempre temos a oportunidade de maturar o entendimento e ter o necessário distanciamento para olhar os acontecimentos sem as paixões momentâneas. Hoje se cumpriu o que estava previsto, a Autoridade Nacional Palestina, representada por Mahmoud Abbas, entregou ao Secretário Geral da ONU Ban Ki Moon o pedido de filiação do Estado Palestino. O discurso de Abbas foi dentro do que se espera de alguém que tem apoio da opinião pública mundial e simpatia da imprensa, ainda que parte de sua tática de comunicação seja dizer que sofre bloqueio da imprensa e perseguição dos grandes meios, isso funciona bem animando seus apoiadores no mundo todo, um exemplo do acerto do mecanismo de análise em redes das relações inte

Presidente Dilma na Assembléia Geral

Hoje a presidente Dilma Roussef abriu a 66ª Assembléia Geral das Nações Unidas – AGNU, foi sua grande estréia no cenário mundial e aconteceu num clima bastante favorável a ela no sentido que recebeu uma boa cobertura da imprensa internacional e tem consolidado uma imagem externa de dura com a corrupção – o que é sempre muito simpático – e por que o Brasil vive um momento econômico interessante e vê reconhecido o aumento de seu poder relativo nos assuntos dessa seara. Ficou claro o esforço do Itamaraty em marcar o ineditismo de seu discurso, por que seria a primeira vez que uma mulher abriria os trabalhos na ONU, contudo esse esforço não rendeu até o momento os dividendos esperados, em termos de exposição em mídia internacional (ou seja, Soft Power). Essa ênfase se confirma quando se dá conta de que os 4 primeiros parágrafos do discurso enfatizam sua condição de mulher. É claro, que seria mais relevante, a meu ver se o fato dela ser mulher tivesse sido o que motivou seu discurso, mas

Um assunto espinhoso ou Estado Palestino

A 66ª Assembléia Geral das Nações Unidas – AGNU será dominada pela demanda da Autoridade Nacional Palestina – ANP, que é controlada pelo grupo Fatah, de que seja reconhecido o Estado da Palestina. O pleito conta com razoável apoio dos Estados-Membros da ONU, incluso do Brasil, mas ao que tudo indica será negado no Conselho de Segurança, com veto dos EUA – um dos cinco países membros permanentes desse conselho e portadores de poder de veto. A demanda, embora conte com apoio de amplos setores da opinião pública global – e seja vista com entusiasmo por setores mais a esquerda do espectro político – não é compartilhada pelo outro player relevante da política palestina o grupo Hamas (que controla a Faixa de Gaza). Num raro momento na história em que Hamas e Israel concordam. ( Será sinal do fim dos tempos em 2012? !). Claro e evidente que Hamas e Israel só concordam em ser contra esse pedido especifico de reconhecimento. O jornal israelense, em língua inglesa, Haaretz, cita uma declaração

Novo Regime Automotivo, velho protecionismo

[O texto ficou longo, mas vale à pena, coragem] Ontem o governo federal anunciou o “Novo regime Automotivo” que elevou em 30 pontos percentuais a alíquota do IPI pago para os automóveis comercializados em território nacional, contudo as montadoras que provarem entre outras coisas um mínimo 65% de conteúdo nacional ou regional – MERCOSUL - em 80% dos veículos produzidos no Brasil, e investimentos da ordem de 0,5% da receita bruta descontada dos impostos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) receberão isenção dessa nova alíquota. Oficialmente a medida tem como objetivo: Proteger empregos do setor, incentivar a pesquisa e desenvolvimento e evitar a desarticulação dessa cadeia produtiva. Contudo, é claro o objetivo de manter a reserva de mercado brasileiro para as empresas que aqui produzem e assim evita concorrência externa sem ter que alterar a estrutura do setor. E adivinhem quem será chamado a pagar a conta? Claro, todos nós consumidores. Por que não adianta o governo dizer que irá

Ajuda pra encontrar esses livros

Enquanto termino de pesquisar o texto que preparo sobre o tal “Novo Regime Automotivo” aproveito para repassar a todos vocês o pedido que me foi feito por uma leitora que se prepara para a seleção do mestrado em Relações Internacionais, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro e que procura alguns volumes que não tem achado no mercado. Os livros são: GONÇALVES, Williams da Silva. O Século Sombrio - Uma História Geral do Século XX. Rio de Janeiro: Campus, 2004. FLEMES, Daniel.  Regional Leadership in the Global System. Ideas, Interests and Strategies of Regional Powers. Burlington, Ashgate, 2010,  HALLIDAY, Fred. Repensando as Relações Internacionais. Porto Alegre: Ed. da UFRGS, 1999.  HURREL, Andrews, LIMA, Maria Regina Soares de, HIRST, Monica, MACFARLANE, Neil, NARLIKAR, Amrita, FOOT, Rosemary. Os Brics e a Ordem Global  DUROSELLE, Jean-Pierre. Todo Império Perecerá. (com Anexo 3 VIGEZZI, Brunello. “Teóricos” e “historiadores” das relações internacionais) A leitora parece inte

Evento: II Fórum Regional de Relações Internacionais, Rio de Janeiro 13 a 15 de outubro

Tomei conhecimento desse evento por meio da conta da FENERI – Federação Nacional dos Estudantes de Relações Internacionais no Twitter e decidi divulgá-lo de maneira espontânea, sem contrapartidas, como sempre faço. O evento tem como temática um assunto que é recorrente nas sondagens que me são feitas pelos leitores. O assunto é a empregabilidade e as múltiplas possibilidades de carreira no campo das relações internacionais. Claro, que o evento acaba por abordar também outros temas da agenda internacional. Não é esse fórum o primeiro evento que trata da empregabilidade, mas esse é um tema vital para os alunos e qualquer debate sobre ele é bem vindo e atrevo-me dizer necessário. Espero que não seja genérico e aborde os desafios de maneira realista e dê aos participantes uma percepção clara dos desafios para que os graduandos possam se preparar para o mercado de trabalho (seja qual for o ramo que pretendam), sem abandonar o que é essencial na formação de um bacharel em relações internac

Vídeo-Postagem: Seminário CEBRI - Brasil, China e a Arquitetura da Governança Global

Havia muito que não postava nenhum vídeo em nossa página e para hoje selecionei mais um dos excelentes eventos CEBRI. Desta feita é o vídeo com o “Seminário: Brasil, China e a Arquitetura da Governança Global”. Que foi realizado na cidade do Rio de Janeiro, no dia 17 de março de 2010. A abertura é conduzida pelo Embaixador Botafogo que tive a chance de conhecer e trocar algumas palavras em um evento, em Buenos Aires há alguns anos. Sem mais fica o vídeo.     Resto do seminário pode ser visto aqui .  

Liderança regional em disputa

O terremoto político que a “Primavera Árabe” representou no Oriente Médio e Norte da África está longe de chegar ao fim, mas uma coisa já está clara, há uma franca e aberta disputa pela liderança regional apoiada tanto em fatores conjunturais como estruturais da política dessa parte do mundo. É fácil até para o observador mais distante do Oriente Médio perceber três grandes atores regionais que se movimentam em busca da proeminência temos a Arábia Saudita, o Irã e a Turquia todos querendo ocupar parte do espaço perdido pelo Egito nesse período – que pode ser longo – de reorganização interna. É claro, que nada disso começou esse ano, mudanças estruturais na fungibilidade do poder ocorrem lentamente (exceto em caso de uma grande conflagração militar posto que no final das hostilidades sempre há um novo equilíbrio), mas a conjuntura mundial ajuda a mudar o equilíbrio já que aumenta a cotação do petróleo, por um lado e restringe a capacidade da Europa de absorver mão de obra vinda dessa

London Calling ou um sonho olímpico

London calling to the faraway towns.  Now that war is declared and battle come down. The Clash Sim, eu vou ousar em pleno décimo aniversário dos ataques de 11 de setembro de 2001 falar de outra coisa. E não, não vou lembrar o “outro 11 de setembro” que é o sangrento golpe contra Salvador Allende e o nefasto bombardeio ao belo Palácio de La Moneda. É preciso que fique claro que isso não é um ato de rebeldia ou uma declaração minha de que não vejo como historicamente significativos os atos terroristas, por sinal escrevi sobre isso recentemente (ontem, pra ser mais exato). Mudo de assunto é por que vejo que o momento não é o melhor para publicar alguma análise sobre o 11 de setembro ou a guerra ao terror. Não é o momento por que a essa altura estamos todos saturados desde sexta-feira especialistas, professores, testemunhas oculares, vítimas têm tido considerável espaço nos meios de comunicação. Assim, espero que me perdoem por ser “herético” e falar de outro assunto, que talvez na gr

11 de setembro: Algumas questões pessoais

Será inevitável todo mundo envolvido ou não com as relações internacionais fará algum tipo de reflexão sobre os 10 anos dos ataques de 11 de setembro de 2001. Eu havia planejado uma série de artigos, mas francamente a saturação na mídia do tema impedirá que eu faça qualquer coisa que acrescente algo novo, assim tratarei do tema em primeira pessoa nesse texto, isto é, tentarei elaborar algumas questões que me assombram sobre o tema. E os estimulo a fazer o mesmo. Em setembro de 2001, eu tinha 20 anos era graduando em relações internacionais na Universidade Católica de Brasília e ao contrário da maioria dos brasileiros eu já havia ouvido falar de Osama Bin Laden e da Al Qaeda e já sabia que os conflitos chamados de baixa intensidade era o que o horizonte guardava, estava claro já naqueles dias pré-guerra ao terror que a grande ameaça a segurança dos Estados eram esses grupos não-estatais já estava desenhada a guerra de IV Geração. É claro que o maior perigo que minha pouca acuidade anal

III – FoCO – RI – Mídia e Política Internacional. 2 de setembro, Brasília

Estive na manhã da sexta-feira passada, dia 2 de setembro, no Auditório do UniCEUB, em Brasília para participar do workshop “Mídia e Política Internacional” no III Fórum Centro-Oeste de Relações Internacionais. Estiveram comigo na mesa os jornalistas Ivan Lopes de Godoy, da Rádio Senado, Manuel Martinez, do Correio Brasiliense e Marcelo Rech editor do portal InfoRel . E no comando dos trabalhos a sempre elegante, assertiva e querida professora Dra. Tânia Manzur , que anos antes foi minha professora de HRIB, na boa e velha UCB. Que conduziu os trabalhos de maneira magistral. Ivan Godoy compartilhou conosco sua experiência como correspondente e de como estar em loco, respirar o ar é importante para tecer analises profundas. Infelizmente por um atraso meu não pude assistir toda sua explanação que pela conversa agradável que tivemos no almoço do evento foi profunda e precisa. Manuel Martinez trouxe com seu bom humor e ironia uma visão prática e sem romantismos da profissão de jornalis