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Mostrando postagens com o rótulo China

STRATFOR: The End of Consensus Politics in China

Há um elemento de coesão entre os BRICS que se bem resolvido pelos membros seria uma contribuição sem igual para elevar a qualidade de vida de quase metade da humanidade, a corrupção. Mas, troca de experiências no combate a esse mal endêmico nesse ajuntamento de países não é o que se chama de agenda positiva, não será mais que um parágrafo em um discurso ou nos communiqué das reuniões de cúpulas. E caso o tema seja tratado multilateralmente será em eventos e reuniões dos órgãos responsáveis, atividade enriquecedora para os participantes, mas não colocará o tema na agenda do dia real, será como sempre ferramenta retórica. O texto abaixo é uma análise do Stratfor que fala da campanha de combate a corrupção empreendida pela nova liderança chinesa, que pode está indo além do tradicional uso do combate a corrupção como cortina de fumaça para eventuais expurgos políticos. No cerne está a luta para a manutenção do poder político nas mãos do Partido Comunista. A leitura é mais que recome

25 anos de um massacre, 25 anos que a Deusa da Democracia caiu

A China é a queridinha do mundo. Todos os países comerciantes desse planeta são impactados pelo seu espantoso crescimento econômico. Mas, há 25 anos um grupo de estudantes ousou desafiar os donos do poder chinês e lembrar dramaticamente ao mundo da real natureza do dragão vermelho. Os famosos “ Tiananmen Paper’s ” publicados pela Foreign Affairs nos mostram como a liderança comunista estava dividida sobre como reagir ao movimento estudantil que ocupou a Praça da Paz Celestial. E como a situação terminou no massacre de 4 junho de 1989. Naqueles trágicos dias de junho os estudantes que ocuparam a Praça não eram um grupo que desejava depor o regime comunista, eles lá estavam pra celebrar a morte de um ex-líder do partido comunista que era um reformista, havia alguma provocação as elites do regime, mas não eram dissidentes. Contudo, o que se seguiu foi a escalada do movimento que defendia o avanço das reformas em curso, mais liberdades democráticas e uma lei de imprensa que permitisse

Acordo Sino-Russo: uma lição de J.D. Rockefeller

“The way to make money is to buy when blood is running in the streets” John D. Rockefeller A visita de Putin a China se seguiu a controversa anexação da Criméia e teve um significado claro, um recado para o ocidente, a Rússia é grande demais pra ser contida. Ou, pelo menos, esse é o spin positivo que a diplomacia russa vai propagar. O grande resultado dessa visita foi a assinatura do contrato de fornecimento de gás entre a russa Gazprom e CNPC chinesa, os número e condições do acordo ainda não foram feitos públicos , mas a história dos acordos de petróleo e gás da China nos sugere que os termos foram favoráveis ao dragão. Muito se escreve sobre a dependência européia do gás russo, mas é preciso lembrar o óbvio, se a Rússia é o principal fornecedor europeu, a Europa é o principal cliente russo e paga preços elevados por esse gás. Ao final do século XIX, o executivo Thomas Alexander Scott era o presidente da maior empresa do mundo, uma ferrovia, que sentia os efeitos da cri

China e EUA: Soft Power do Basquetebol

De modo geral o Soft Power pode ser compreendido como o conjunto das capacidades de influenciar o comportamento dos atores do sistema internacional sem o uso direto de medidas de força (sanções, pressões militares). O Soft Power é assim “um doce jogo de persuasão” nas palavras de Paulo Roberto de Almeida. Nesse tipo d e ação internacional o que os atores buscam é a influencia e os bens culturais e as idéias são grande meios de exercer essa influência. Nesse sentido é comum que se veja os países se valendo de coisas que comprem boa vontade, por exemplo, o Brasil sempre que pode se vale de suas estrelas do futebol, seja num jogo amistoso no Haiti, seja presenteando líderes estrangeiros com camisas autografadas da seleção. Não é novidade que o esporte seja usado ou cooptado para disputas políticas os dois vergonhosos boicotes aos jogos olímpicos de 1980 e 1984, em Moscou e Los Angeles, respectivamente, nos ensinaram isso de modo claro. Aqui farei um breve parêntese, como os meus leitor

Todas as ditaduras são ridículas II. Ou uma pequena amostra

Semana passada – dia 9 pra ser mais preciso – escrevi um texto em que versava sobre os apoiadores de regimes ditatoriais nas redes sociais o texto foi intitulado “ Todas as ditaduras são ridículas ”. Pois bem, ao ler uma matéria publicada hoje na Foreign Policy de autoria de Joshua E. Keating, intitulado “ Where a women’s place is on the front lines ”, que obviamente versa sobre a igualdade de oportunidades nos batalhões de combate nos EUA e no mundo. Em certa altura do bom artigo um link para um vídeo que ilustra quão ridícula é uma ditadura e nesse caso também ilustra como é difícil vencer o sexismo, afinal se não pela objetificação das mulheres como explicar que uma força militar use um uniforme rosa, com ‘ go-go boots’ . Claro, as chinesas selecionadas são lindíssimas. Vejam o vídeo e me digam se todas as ditaduras são ridículas ou não?  

Vídeo-Postagem: Seminário CEBRI - Brasil, China e a Arquitetura da Governança Global

Havia muito que não postava nenhum vídeo em nossa página e para hoje selecionei mais um dos excelentes eventos CEBRI. Desta feita é o vídeo com o “Seminário: Brasil, China e a Arquitetura da Governança Global”. Que foi realizado na cidade do Rio de Janeiro, no dia 17 de março de 2010. A abertura é conduzida pelo Embaixador Botafogo que tive a chance de conhecer e trocar algumas palavras em um evento, em Buenos Aires há alguns anos. Sem mais fica o vídeo.     Resto do seminário pode ser visto aqui .  

Ler, Refletir e Pensar: Geopolitical Journey: Indonesia's Global Significance

Nesse domingo seleciono mais uma vez um texto do sempre excelente STRATFOR, escrito por George Friedman que desta feita parte de um curioso relato pessoal para construir a jornada da Indonésia, que com algumas adaptações bem poderia ser a história do Brasil (ou mesmo da minha própria família no que diz respeito a rápida transição de uma situação de trabalhos de quase subsistência para educação de nível superior num espaço de três – quatro gerações). Indonésia é um país cuja observação é obrigatória para qualquer um que se julgue analista de relações internacionais por seu potencial para ser uma prospera economia e democracia muçulmana e asiática, que pode servir como exemplo para movimentos democráticos nas sociedades muçulmanas e mais também é preciso observar como esse país lida com as pressões de extremistas que já realizaram ataques terroristas, como os de Bali, 2002 . Além disso, há o doloroso processo de reconstrução diante do terrível Tsunami, em 2004. O leitor assíduo (existi

Vídeo-Postagem: Entrevista com Henry Kissinger sobre as relações EUA – China

O think-tank americano Center for Strategic International Studies – CSIS realizou uma discussão sobre as relações EUA – China, por ocasião do lançamento do mais recente livro do Secretário de Estado Dr. Henry Kissinger. Publico agora o vídeo dessa entrevista disponibilizado no canal do CSIS no Youtube. Henry Kissinger é um sujeito controverso que é marcado por conduzir política externa dentro dos preceitos da Real Politik mesmo em tempo de forte discurso moral como nos anos da administração Carter. Ele é autor do extenso livro “Diplomacia” que é leitura obrigatória no campo das relações internacionais, ainda que eu o considere um tanto “overrated”. Dr Kissinger atualmente é um concorrente, ou seja, é consultor. Seu livro mais recente é intitulado: “On China” e uma boa resenha feita por Max Frankel para o “The New York Times Review of Books” pode ser lida no sempre interessante blog do diplomata Dr. Paulo Roberto de Almeida.    

Ler, Refletir e Pensar: China and the End of the Deng Dynasty

A seção “Ler, Refletir e Pensar” vai ao ar nos sábados, porém excepcionalmente publico nesse final de segunda-feira. O texto original que havia preparado carece maior reflexão e os afazeres acumulados pelo feriado não permitiram que isso fosse feito. O texto que escolhi é publicado com autorização do STRATFOR e versa sobre a China. Uma leitura interessante. China and the End of the Deng Dynasty By Matthew Gertken and Jennifer Richmond Beijing has become noticeably more anxious than usual in recent months, launching one of the more high-profile security campaigns to suppress political dissent since the aftermath of the Tiananmen Square crackdown in 1989. Journalists, bloggers, artists, Christians and others have been arrested or have disappeared in a crackdown prompted by fears that foreign forces and domestic dissidents have hatched any number of “Jasmine” gatherings inspired by recent events in the Middle East. More remarkable than the small, foreign-coordinated protests,

Dilma na China: Documentos na íntegra

Abaixo seguem os documentos oficiais assinados pela presidente Rousseff e o presidente Hu Jintao, em Pequim. Espero analisar os documentos em breve são um tanto extensos, mais ou menos 27 páginas. Fica o registro. Comunicado Conjunto entre a República Federativa do Brasil e a República Popular da China - Pequim, em 12 de abril de 2011 1. Atendendo a convite do Presidente da República Popular da China, Hu Jintao, a Presidenta da República Federativa do Brasil, Dilma Rousseff, realizou visita de Estado à China, entre os dias 12 e 13 de abril de 2011. 2. Durante a visita, a Presidenta Dilma Rousseff e o Presidente Hu Jintao mantiveram reunião em clima cordial e amistoso. Trocaram opiniões sobre as relações bilaterais e os temas regionais e internacionais de interesse comum e obtiveram consensos importantes. A Presidenta encontrou-se respectivamente com o Presidente do Comitê Permanente da Assembléia Popular Nacional da China, Wu Bangguo, e o Primeiro-Ministro do Conselho de Estado, Wen