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Mostrando postagens de setembro, 2014

Livro: The Drama of Brazilian Politics: From Dom João to Marina Silva

Paulo Roberto de Almeida e Ted Goertzel editam o livro “The Drama of Brazilian Politics:  From Dom João to Marina Silva” recém lançado em formato eletrônico para Kindle. Meu amigo Paulo Roberto de Almeida é dessas pessoas cuja produtividade nos espanta e em certa medida nos deixa humildes, o homem é quase uma máquina, quase por que as máquinas ainda não são tão criativas. O livro custa apenas 2,99 Dólares, vale muito a pena. Abaixo mais informações sobre a publicação. The Drama of Brazilian Politics: From Dom João to Marina Silva Ted Goertzel and Paulo Roberto de Almeida (eds.): (Amazon Digital Services; Kindle Book, 2014, 278 p.; ISBN: 978-1-4951-2981-0;ASIN: B00NZBPX8A; book length: 1199 KB; Sales Price: $ 2.99)  available at: http://www.amazon.com/dp/B00NZBPX8A Table of Contents: Preface Introduction, by Ted Goertzel 1. The Drama of Brazilian Politics: from Dom João to Marina Silva, by Ted Goertzel 2. The Politics of Economic Regime Change in Brazil

Guerra Psicológica em tempo de ISIS

Guerra Psicológica ou operações psicológicas estão sempre presentes nos discursos dos teóricos da conspiração, mas são sim operações conduzidas pelas forças armadas e de inteligência de todo o globo, de fato é possível, obter definições em todos os textos de Doutrina Militar das diversas forças. A definição varia um pouco, mas é o emprego de táticas de propaganda para influenciar amigos, inimigos e neutros a adotarem certo comportamento desejado. O uso das redes sociais pelo Estado Islâmico (uso ISIS por conta do SEO, pequena concessão em nome da audiência) tem se mostrado uma operação eficaz de recrutamento e são um bom exemplo de operação psicológica. O soldado médio do ISIS é uma pessoa com uma cosmovisão bem radicalizada no sentido dos papeis tradicionais da pessoa numa sociedade que ele considera ideal, esse guerreiro é motivado por uma missão metafísica e também nesse plano estaria a recompensa pelo seu sacrifício em combate e pela sua firmeza de convicção demonstrada na cruel

Dilma na ONU 2014

O discurso de abertura da Assembléia Geral das Nações Unidas é um privilégio brasileiro desde a fundação da ONU (o porquê disso é uma excelente história, se você não sabe, pesquise) e mais uma vez a presidente Dilma foi a ONU aproveitar o maior palco político planetário. Ano passado havia uma expectativa sobre o discurso da mandatária brasileira que se dava em meio ao escândalo da revelação da massiva – e abusiva – máquina de espionagem global da NSA. Esse ano a atenção, contudo, não foi a mesma. Comparada a estréia Dilma já se mostra mais a vontade nesse tipo de discurso, o conteúdo do discurso deixou claro o desprezo da presidente quanto aos assuntos externos e o papel secundário dado ao Itamaraty. Nenhum diplomata profissional permitiria que se trate crises diferentes como Rússia e Ucrânia e combate ao ISIS num só ‘balaio’. Dilma insistiu no velho discurso da reforma do Conselho de Segurança e da governança global, sem demonstrar liderança efetiva nesse sentido. Não concordo co

Eleições no Brasil: Visões contrarianistas

Dois textos fundamentais de Paulo Roberto de Almeida sobre as eleições, marcados pela iconoclastia – ácida por definição – que é núcleo duro do contrarianismo que por sua vez é um modo de ver o mundo com ceticismo e rigor intelectual, não é um ismo por se, mas uma atitude pragmática de ver as coisas. O que está em jogo nestas eleições: Reflexões de circunstância e de alguma constância Paulo Roberto de Almeida Eleições, todas elas, são, majoritariamente, um retrato instantâneo da realidade em que se vive, e, num segundo plano, mas de forma inconsciente ou minimizada, uma projeção utópica do futuro que se deseja. Ou seja, se espera que políticos – mandatários ou representantes do povo – possam fazer pelos seus eleitores aquilo que gostaríamos que eles fizessem por nós, todos nós. Trata-se, portanto, de um reflexo da conjuntura em que se vive e de uma esperança depositada num cenário prospectivo, que se imagina ser melhor do que o atual. Os militantes da causa, e os true believer

STRATFOR: The Origins and Implications of the Scottish Referendum

George Friedman oferece uma análise estruturada do referendo escocês, por compromissos profissionais não pude fazer a pesquisa aprofundada para tecer uma análise própria. Friedman oferece elementos interessantes que podem ajudar a compreender o referendo e outras questões similares por toda a Europa, principalmente. The Origins and Implications of the Scottish Referendum By George Friedman The idea of Scottish independence has moved from the implausible to the very possible. Whether or not it actually happens, the idea that the union of England and Scotland, which has existed for more than 300 years, could be dissolved has enormous implications in its own right, and significant implications for Europe and even for global stability. The United Kingdom was the center of gravity of the international system from the end of the Napoleonic Wars until World War II. It crafted an imperial structure that shaped not only the international system but also the internal political order of

Oportunidade: Congresso Ibero-Americano de Jovens Empresários, Brasília, 18 e 19 de setembro

Entre os dias 18 e 19 de setembro, em Brasília, jovens empresários de toda Ibero-América irão se reunir para o V CIJE Congresso Ibero-Americano de Jovens Empresários e debater integração e competitividade do ponto de vista de quem empreende, arregaça as mangas e assume o risco dos negócios. O Evento será aberto a visitantes que poderão assistir aos painéis e fazer network . Os profissionais de qualquer campo sabem quão importante é o network para desenvolver suas atividades e essa é uma excelente oportunidade para os estudantes de Relações Internacionais começarem a somar vivência de negócios internacionais a sua formação acadêmica. V CIJE – Congresso Ibero-Americano de Jovens Empresários O QUE É O CIJE Os Congressos Ibero-Americanos têm por missão promover o intercâmbio de experiências exitosas dos setores produtivos das regiões, favorecer circunstâncias que permitam a criação e a sustentabilidade das iniciativas empresariais, promover o turismo de negócios, bem como buscar

Manifesto sobre o caso envolvendo o Banco Central e o Economista Alexandre Schwartsman

Manifesto sobre o caso envolvendo o Banco Central e o Economista Alexandre Schwartsman* A recente notícia de uma ação judicial contra o economista Alexandre Schwartsman deixou-nos perplexos. Todos nos acostumamos, durante anos, a ouvir críticas muito piores e inverídicas – como a de que o BACEN seria manipulado pelos bancos – sem qualquer retaliação. O respeito à crítica e ao debate transparente sobre a condução da política monetária, inclusive, tem sido um aspecto fundamental da atuação do BACEN, progressivamente construído desde a estabilização, há mais de duas décadas. A judicialização como instrumento de repressão à divergência representa um retrocesso inaceitável. Felizmente, a denúncia não foi aceita pela justiça. A intolerância com a divergência e com a crítica ácida e o recurso da máquina pública para suprimir o contraditório, por meio da utilização de uma instituição pública para constranger alguém judicialmente, configuram uma prática incompatível com os valores que uma

A obsessão anti-americana de um ideólogo diplomático dos companheiros: algumas ideias fixas de Samuel Pinheiro Guimarães, por Paulo Roberto de Almeida

A vida é cheia de convergências (um jeito bonito de escrever e escapar de admitir que há algumas coincidências nesse mundo) ainda essa semana eu escrevia a um grande colega e amigo próximo sobre a proximidade intelectual que ele manteve com o Samuel Pinheiro Guimarães e que agora faz questão de “não lembrar” é claro que era uma saudável brincadeira entre amigos. Mas, não é que hoje o professor e diplomata Paulo Roberto de Almeida publicou um excelente texto respondendo ao Samuel e tocando de leve nas consquências que o livre pensamento pode trazer a quem segue uma carreira pública. Samuel Pinheiro é celebrado e de certo modo idolatrado e críticas a ele são raras e podem gerar estranheza em alguns. Leiam e reflitam sobre o que vai abaixo, não tenham medo da leitura longa com uma forte e lógica conclusão. A obsessão anti-americana de um ideólogo diplomático dos companheiros: algumas ideias fixas de Samuel Pinheiro Guimarães Paulo Roberto de Almeida Antigamente, muito antigamente

Nossos aliados

Nossos aliados nos BRICS andam ocupados em agendas, no mínimo, controversas. Sempre repito aqui que qualquer um que estude e trabalhe com Relações Internacionais, cedo ou tarde terá que conviver e apertar as mãos de gente imprópria para o consumo humano, tudo em nome dessa quimera política chamada Interesse Nacional. Ás vezes a diplomacia brasileira exagera nas deferências a esses parceiros problemáticos, vez ou outra algum presidente chama ditador de irmão, ou abrimos uma residência oficial para a estadia de outro. Mas, isso é esporádico, pontos fora da curva. O problema é quando parceiros estratégicos de alto relevo agem de maneira controversa e essa aliança acaba impondo um silêncio conivente do Brasil, para um país que tem buscado com muito afinco o status de Ator Global, ou seja, por definição uma voz relevante nos assuntos planetários. E esse projeto tem se calcado na aliança com os outros gigantes emergentes. A China tem se movimentado para restringir as liberdades indivi

A Guerra do Paraguai e a historiografia. Uma entrevista de Francisco Doratioto

Franscisco Doratioto é um dos mais renomados acadêmicos brasileiros, homem sério e afável, tive a sorte de conviver com ele nos tempos em que ele era professor na Universidade Católica de Brasília, mas tive o azar de não ter sido seu aluno (quando ele foi contratado já havia feito as disciplinas que ele lecionaria). A dedicação de Doratioto ao estudo da Guerra do Paraguai é sua preciosa colaboração ao pensamento brasileiro. A Guerra do Paraguai precisa ser mais conhecida e os enormes volumes de informação já coletados pela historiografia mais difundidos, ainda há muitos que por ideologia e desconhecimento atribuem a guerra ao imperialismo inglês. É um desses casos que contra opiniões não existem fatos. A história da Guerra do Paraguai é um desses momentos em que uma série de políticas e alianças colocam dois inimigos em conjunção contra um aliado natural, afinal é fácil perceber que tanto Brasil quanto a Argentina teriam muito a ganhar mantendo um Paraguai independente e servindo d