Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens com o rótulo Japão

1 ano desde que Namuzo se moveu ou sobre o terremoto seguido de Tsunami que varreu o Japão

Ontem foi o aniversário da tragédia que se abateu sobre o Japão na forma de um poderoso terremoto, de um mortal maremoto e como se não bastasse uma crise nuclear se seguiu aos desastres naturais. A escala da tragédia desafia nossa capacidade de imaginação e preciso, contudo, pontuar e enaltecer a resiliência japonesa (como fiz aqui , ainda sob o impacto da tragédia). Para marcar esse funesto aniversário (cujo impacto pode ser medido na overdose de adjetivos que estou a cometer) vou reeditar um texto que escrevi sob o impacto das primeiras imagens que chegavam do Japão. O texto foi originalmente publicado aqui . O que dizer diante da tragédia no Japão? Namuzo é um bagre (Catfish) melindroso e perigoso que vive embaixo das ilhas do Japão e toda vez que se movimenta causa terremotos. Por isso Namuzo é guardado de perto pelo Deus Xintoísta Kashima que mantém o elusivo peixe quieto com uma grande pedra de granito, mas Kashima por vezes perde a atenção e o peixe se move. Nesse dia 11 de

O que dizer diante da tragédia no Japão?

Namuzo é um bagre (Catfish) melindroso e perigoso que vive embaixo das ilhas do Japão e toda vez que se movimenta causa terremotos. Por isso Namuzo é guardado de perto pelo Deus Xintoísta Kashima que mantém o elusivo peixe quieto com uma grande pedra de granito, mas Kashima por vezes perde a atenção e o peixe se move. Nesse dia 11 de março, mais uma vez Kashima se distraiu. As imagens que nos chegam do Japão são absurdamente assustadoras. Não consigo concatenar muitas palavras para conseguir descrever o horror que provocam. É até lugar comum pensar na pequenez humana comparada com a força bruta do planeta. É inconcebível para alguém como eu, que nunca viveu um terremoto não poder contar a estabilidade daquilo que temos como mais firme que é o próprio chão. A brutal imagem do Tsunami invadido e varrendo a costa daquele país nos dá noção do tamanho do desafio que ainda resta para a engenharia no que tange a criar mecanismos que possam eventualmente dirimir os impactos das nefastas on