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Mostrando postagens com o rótulo Empregabilidade

Principio da incerteza: Algumas palavras sobre empregabilidade em RI

Werner Heisenberg formulou, em 1927, o Principio da Incerteza, grosso modo, se refere a impossibilidade que se meça simultaneamente a velocidade e o momento de uma partícula subatômica, isso por que o método de mensuração afeta a partícula. Essa descoberta deu a ciência uma fronteira até certo ponto as leis da mecânica clássica funcionam, a partir daí somente as leis da mecânica quântica e a unificação desses campos e da Relatividade é um dos grandes campos de pesquisa da física atual. Afinal, até leigos, como eu, sabem da busca pela Grande Teoria Unificada. E por mais estranho que pareça isso pode ser aplicado a empregabilidade em RI. Já escrevi muito sobre o tema, já compartilhei experiências e conversei com muita gente da área de Relações Internacionais e as experiências e percepções variam drasticamente, temos os que desaconselham com veemência que se ingresse nessa carreira, os que são apaixonados e conseguiram se destacar num campo restrito. Essa variação de como o problema d

Empregos em RI: Esperança renovada

“A esperança não é nem realidade nem quimera. É como os caminhos da terra: na terra não havia caminhos; foram feitos pelo grande número de passantes.” Lu Hsun. In “O país natal”. O tema empregabilidade domina os e-mails que recebo de leitores e os fóruns dedicados a relações internacionais. Não por acaso deve haver pelo menos 30 textos dedicados ao tema nesse site. E sempre tento passar minha experiência e as dos meus amigos que acompanho de perto. O tema sempre volta, por que sejamos francos nos sustentar é algo importante e vital se me permitirem essa tautologia. Pois bem, no próximo dia 19 de novembro ocorrerá uma grande festa que encerrará os festejos de 15 anos de existência do Curso de graduação em Relações Internacionais da Universidade Católica de Brasília. E como parte dos preparativos para essa data temos empreendido um esforço para “rastrear” todos os egressos de nosso curso. Nesse esforço temos criado uma rede de contatos e o que os dados empíricos me mostram é um tes

Plano de Contingência vital para o Profissional de Relações Internacionais

Não importa qual das muitas possíveis vertentes de empregabilidade em Relações Internacionais venhamos a trabalhar. Em algum momento os caminhos profissionais nos levaram a visitar ou mesmo morar em outros países e nem sempre serão países tranqüilos e politicamente estáveis. É preciso estar preparado para em situações de emergência saber o que fazer para se manter em segurança e mais manter também seus familiares e seus bens. A preparação pode ser a chave para não se deixar sucumbir ante ao pânico provocado por um levante popular, desastre natural, ataque terrorista ou inicio de hostilidades. Na verdade não só os profissionais de RRII devem estar preparados para esses eventos, mas como todos os que têm carreiras internacionais. Claro, que no caso do profissional de RRII seus conhecimentos estratégicos de certo modo exigem que esse esteja preparado. Além disso, há o problema adicional no caso de cidadãos brasileiros que é a baixa capacidade de resposta a crises internacionais do gov

Uma justa e merecida homenagem a nova Secretária Nacional do Audiovisual

Foi nomeada hoje para o cargo de Secretária Nacional do Audiovisual Ana Paula Dourado Santana. Ana Paula ou simplesmente Aninha para os mais íntimos é uma dessas pessoas cuja força criativa e a energia é contagiante. É impossível conviver com ela sem se inspirar a executar seus projetos. Ana Paula é uma amiga querida (uma das que mais falta sinto dos tempos de Brasília), mas também é uma das pessoas mais capazes que conheci em minha vida. Alguém que é capaz de lidar com inúmeros e complexos assuntos com desenvoltura, um verdadeiro exemplo de alguém multi-tasking. Mais que isso é uma internacionalista (ainda não gosto do termo) e advogada com raro senso analítico conjugado é claro com uma noção prática quase desconcertante. Aqui nesse blog meus leitores já se habituaram a ler críticas e ceticismo em direção a administração federal, principalmente no loteamento partidário que é feito em cargos vitais. Ana Paula é um alívio nesse sentido alguém de formação e experiência técnica (que clar

Mais dúvidas sobre o curso de relações internacionais ou domingo de leitores

Novamente abro espaço nesse blog para responder dúvidas sobre relações internacionais que me chegam via e-mail. Como sempre transcreverei trechos dos e-mails resguardando a identidade de meus correspondentes. Essa semana o tema da consulta é a clássica questão sobre empregabilidade em sua encarnação sobre campos de atuação. Abaixo transcrevo o e-mail da forma como me chegou, claro omitindo informações pessoais: Bom ano que vem começo meu curso de RI [...] e depois de muito tempo pesquisando, conversando com gente da area, e aliando o meu gosto em facilidade de aprendizado em Historia, Geopolitica, Politica, Idiomas, e outras areas relacionadas, surgiram umas duvidas agora depois de dar uma olhada a esse topico..primeiro se refere as linguas, tenho fluencia no ingles, e um espanhol de nivel intermediario graças a um curso internsivo em Madrid durante as ferias, e a 3 lingua como vi aqui é algo inevitavel, entao minha duvida seria se eu curso a 3 lingua que no caso seria o frances ou o

Dúvidas de leitores – curso de relações internacionais, características pessoais e empregabilidade

Já há um bom tempo tenho pedido que os leitores leiam os textos que publico no marcador ‘Dúvidas de Leitores’. O objetivo expresso e real desse pedido é uma tentativa de maximizar o meu tempo e de evitar que esse blog fique repetitivo. Essa semana (bom na verdade nessas ultimas semanas) recebi alguns e-mails sobre dúvidas bem básicas a respeito das relações internacionais e claro o onipresente tema da empregabilidade. Não foram poucas as vezes que não recebi nenhum tipo de feedback dos que respondo aqui. Imagino que seja por que receberam a resposta nos moldes que imaginaram, ou não gostaram simplesmente do que eu disse. Não tenho nenhuma agenda de destruição dos sonhos alheios, como me chegaram a acusar certa vez em um debate virtual. Eu apresento a visão que tenho sobre o curso, as possibilidades de carreira e um pouco da minha trajetória e das trajetórias que conheço. Policio-me bastante para que certas frustrações de momento que o exercício profissional apresenta transpareçam. Ma

Vaidade e realidade – Domingo de leitores

Essa semana três conversas com leitores me chamaram a atenção. A primeira foi um leitor que já respondi em ocasião anterior que voltou para pedir um auxílio em uma matéria de relações internacionais. Faço o destaque aqui por conta da raridade que é o feedback dos que eu pacientemente respondo. A segunda conversa foi um comentário feito por uma leitora habitual que tenho como amiga (ainda que virtual) que expressava o mais comum sentimento dos graduandos em relações internacionais, o descontentamento com a falta de oportunidades de trabalho na área. A terceira conversa foi um dos mais simpáticos e-mails que já recebi nesse canal de comunicação do blog com vocês que não contém nenhuma pergunta apenas tece elogios a esse site. E como minha vaidade hoje pede passagem tratarei primeiro desse e-mail. Aliás, não há nada a tratar a não ser dar vazão ao arroubo de vaidade que hora enfrento. Segue o texto como me chegou (acho que haverá quem creia que estou a inventar). Perfeito o seu site...

Mais um domingo de leitores

Essa semana recebi duas perguntas por meios distintos, uma chegou por Twiiter e a outra pelo tradicional e-mail. As duas são variantes do tema mais comum aqui que é a busca dos leitores por informações sobre o curso, embora sejam questionamentos originais o que estimula a confecção desse texto. O primeiro diz respeito a difícil tarefa de lidar com país que participam ativamente do processo de escolha de uma carreira e por vezes fazem óbice a escolha de seus filhos, maior parte não o faz por desejo de controlar a vida dos filhos, ou por razões egoísticas, mas sim por legítima preocupação quanto ao futuro dos filhos, já recebi perguntas de mães, que se preocupavam com o sustento futuro de seus filhos. A pergunta como me chegou: “@ coisasinter  Como convencer minha mãe a deixar eu fazer RI?” Como o Twiiter é uma mídia que se marca por textos curtos a pergunta fica um tanto lacônica. E assim na falta de maiores detalhes parto do pressuposto que a objeção da mãe do leitor se deve ao fato

Especialização em Cooperação Internacional

Meu colega de turma o professor Rafael Duarte é coordenador de um curso de especialização de Gestão de Projetos de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento Sustentável, oferecido pelo UDF. Antes que alguém me acuse não estou a fazer propaganda paga, achei a oportunidade válida para dividir. E não faço parte do corpo docente, se fizesse diria com muito orgulho . Segue abaixo algumas informações sobre o curso. Apresentação do curso Há, no Distrito Federal, uma carência de profissionais com especialização em elaboração, gestão e avaliação de projetos de caráter internacional, que poderiam contribuir para o desempenho de atividades e captação de recursos junto a Governos, Organizações Internacionais e Organizações Não governamentais. O curso de Pós-Graduação em Gestão de Projetos em Cooperação Internacional para o Desenvolvimento Sustentável oferece uma interessante opção de aprimoramento acadêmico e profissional. Promove estudos e práticas em: elaboração, acompanhamento e avalia

Relações Internacionais como profissão. Ofício e arte severa

Não é raro que interessados em cursar relações internacionais ou mesmo aqueles já estudantes entrem em contato comigo em busca de informações sobre o curso , sobre o mercado de trabalho e vez ou outra até a indiscreta pergunta sobre salários aparece. Além disso, há uma inquietante dúvida acerca do que faz um profissional de relações internacionais, me entendam é um pergunta válida, por isso mesmo a respondo, já chequei até mesmo a escrever o porquê em minha visão alguém deve contratar um bacharel em relações internacionais . Eu compreendo que há da parte de quem ainda não cursou e nem conhece alguma empresa que tenha um bacharel em seus quadros queira saber como é a rotina diária e para esses minha resposta é por vezes insatisfatória (assim eu presumo já que muito poucos dão feedback para as minhas respostas, embora eu gaste meu tempo e de bom grado os responda, mas não posso controlar isso) já que não apresento um esquema, um layout de produção do que seria o dia-a-dia de um bacharel

Domingo é dia de atender aos leitores

A vaidade me impulsiona a começar esse texto constatando que esse é o meu texto de número 502, uma boa marca se considerarmos que por vários períodos estive sem acesso competente a internet. É um bom número, também, por que desde textos são de minha própria lavra no mínimo 400 deles. Deixando a vaidade e os números de lado. Essa semana recebi alguns e-mails e selecionei três que se coadunam com as regras que coloquei para responder aos e-mail, aproveito para relembrar que essas regras não são fruto de algum surto autoritário, mas visam apenas maximizar o tempo que dedico a esse oficio de responder a questionamentos que recebo. Nem sempre a resposta que eu ofereço é a que o leitor quer e sim a que julgo necessária e feita de boa-fé, com base nas minhas experiências. O primeiro dos três e-mails é o mais difícil de responder, por que se o responder como tenho vontade acabarei por fazer todo o trabalho que cabe ao leitor e lhe robarei a oportunidade de aprender, alias ele como será visto

Domingo dos leitores, mesmo sem e-mails

Bom, acho que minhas novas regras expressas nas boas-vindas a esse blog surtiram o efeito colateral que eu temia, que era a ausência de comunicação com o leitores, mas como recebi um comentário estimulante de uma leitora desse blog que também me acompanha no Twitter (acho meio esquisito a coisa de seguidor). Como as dúvidas que me chegavam eram relacionadas a empregabilidade pensei em compartilhar com vocês um programa que vi no canal por assinatura Globo News, no programa “Conta Corrente”, sobre gerenciamento de carreira que pode ser útil para vocês. 

Negociação e fluxo de informação

Escrevi em um texto intitulado “Por que contratar um bacharel em relações internacionais?” que um dos principais motivos para fazê-lo é a capacidade negociadora desse profissional, que resumidamente decorre de sua capacidade de preparação para negociar já que é multidisciplinar por natureza, o que no caso comercial permite que ele se comunique muito bem com todos os setores da empresa e faça uma boa analise o que o leva a criar uma boa estratégia de negociação, contudo a experiência prática de negociação é importante ao permitir que o negociador rapidamente perceba as correções táticas necessárias. É óbvio até para quem não é iniciado na área que é preciso tipificar a negociação, ou seja, se emprega mecanismos diferentes de acordo com objetivos que ser alcançar, afinal não se usa a mesma técnica para negociar um acordo do tipo “integrative” ou “distributive”. Integrative negotiations são as que as partes envolvidas almejam ganhos conjuntos. Distributive negotiations são as que as par

Domingo de leitores

Aos domingos costumo responde a e-mails de leitores, em sua maioria as questões são sobre o curso, mais especificamente sobre empregabilidade. Essa semana foi particularmente profícua em questionamentos. Responderei por ordem de chegada e assim o primeiro será um que aborda uma situação comum em muitas famílias que a dificuldade da família em lidar com a opção universitária do jovem. E a pressão que os pais aplicam para que o filho opte por uma carreira tida como tradicional na qual há uma teórica maior possibilidade de obter segurança financeira. Importante notar que essa pressão na maioria dos casos se dá de boa-fé. Diz-nos o leitor “[...] ouço de meu pai, que se preocupa com o futuro que eu possa ter nesse curso, fala que o mercado de trabalho não é muito favorável, que é um "curso da moda" atualmente e que será passageiro.” E continua “De fato, pelas fontes que obtive, o mercado de trabalho brasileiro está carente de profissionais desse curso, tenho um amigo que estuda