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Haiti: Um ano depois da tragédia

Palácio Presidencial depois e antes do terremoto Um ano depois da tragédia no Haiti muito pouco se avançou na reconstrução e em alguns casos construção do país. A tragédia daquele 12 de janeiro de 2010 ceifou aproximadamente 225 mil vidas. Mas, essa não é a única tragédia que persiste no Haiti, as notícias recentes nos mostram que a violência política continua a dar suas caras. Isso sem falar da tragédia social e humana da existência continua de crianças “ restavec ”, isto é, escravas. O texto de hoje, contudo não visa analisar os problemas da ação internacional nesse país, ou dos desafios provocados por um ‘ failed state’ , ou o papel da MINUSTAH nas ambições do Brasil (principalmente em sua campanha para obter uma cadeira permanente do Conselho de Segurança da ONU), o texto visa registrar essa data de tristeza para toda a humanidade. Nesse sentido de registro da data vale visitar o mapa interativo da situação do Haiti feito pelo conhecido jornal The New York Times, no qual é po

12 meses em 12 textos: Mês de Janeiro

Sem dúvidas o mês de janeiro foi marcado pela terrível tragédia no Haiti. Durante esse período teci – como todos os observadores e analistas internacionais – análises sobre a questão. O que eu reproduzo abaixo me parece o mais representativo e é um texto que tenho muito orgulho de ter escrito. Foi publicado originalmente dia 19 de janeiro, aqui . (Ok, é meio narcisista isso, mas como me propus vou insistir nessa série). Pense no Haiti, reze pelo Haiti Abri o editor de textos no intento de continuar a escrever uma série de texto que preparo para os próximos dias acerca de facetas teóricas das relações internacionais, mas me vi clicando no ícone novo documento em branco não há como deixar de pensar no Haiti, ainda mais por que em todos os canais noticiosos seja na internet, seja na televisão, nacionais ou internacionais o tema é tratado com destaque. Ainda pensei em escrever uma análise sobre o desconcerto da concertación com a eleição de Sebastián Piñera que rompeu os 20 anos de prep

Lembrem do Haiti

Em sua farewell tour pela América Central o presidente Lula visitou hoje o Haiti e declarou que a devastação "é pior do que ele imaginava" e como veiculado na imprensa prometeu assistência técnica e financeira para a construção de uma hidroelétrica, o que com certeza será uma ajuda para o desenvolvimento dessa nação sempre as voltas com problemas energéticos. Deixando de lado a questão sobre o uso político da ajuda internacional (o famoso self-help das teorias das relações internacionais) a reconstrução e em algum grau construção do Haiti será como qualquer um pode imaginar longo e difícil e delicado processo. E muito provavelmente não se dará linearmente, por que entre outros fatores a noção de ritmo ideal e de que tipo país construir varia muito e naturalmente propostas de consenso exigem tempo e negociação para serem construídas e nesse particular a história do Haiti não é muito auspiciosa. Além do mais a própria necessidade do povo provocará muita inquietação, já que a

Uma breve reflexão sobre ajuda humanitária, interesses nacionais e a análise internacional

Continua a controvérsia em especial na mídia, já que ainda não houve tempo para se estabelecer na academia (o que vai quando os primeiros papers começarem a ser publicados) sobre a natureza a o tipo da ajuda dos EUA ao Haiti. Esse debate pode ser divido em dois tipos o concreto e o analítico – teórico. O primeiro se dá entre os formuladores de política externa e negociadores que representam os atores mais fortemente envolvidos que usam ou não a imprensa como mecanismo para galvanizar a atenção da opinião pública. O segundo debate é de certa maneiro subsidiário desse primeiro grupo já que envolvem acadêmicos, jornalistas, políticos não formuladores ou executores de política externa, cidadãos especialistas ou não. Quando afirmo ser derivado por que em certa maneira utilizasse de elementos comunicados pelo primeiro grupo como fundamento de analises e argumentações, ainda que haja um claro desequilíbrio no acesso a informação do teor exato das negociações e contatos entre os atores.

Pense no Haiti, reze pelo Haiti

Abri o editor de textos no intento de continuar a escrever uma série de texto que preparo para os próximos dias acerca de facetas teóricas das relações internacionais, mas me vi clicando no ícone novo documento em branco não há como deixar de pensar no Haiti, ainda mais por que em todos os canais noticiosos seja na internet, seja na televisão, nacionais ou internacionais o tema é tratado com destaque. Ainda pensei em escrever uma análise sobre o desconcerto da concertación com a eleição de Sebastián Piñera que rompeu os 20 anos de preponderância da referida coalizão. Contudo, ao pesquisar esse assunto fui bombardeado como já citei por todo tipo de análise de todos os matizes ideológicos e teóricos sobre as repercussões políticas dessa ajuda (eu mesmo escrevi nessa segunda um texto nesses moldes). A extensão do drama humano no Haiti é espantoso e ainda assim esse povo tenaz (uma característica humana em momentos de crise e de desespero) luta para restaurar algum ponto de normalidade

Haiti, ONU, Brasil e EUA ou ajuda humanitária uma questão de poder

A Folha de São Paulo e o Estado de São Paulo desse domingo trazem reportagens que dão conta de um ‘desconforto’ (para ser contido) das autoridades brasileiras diante da massiva ajuda americana e envolvimento político dessa nação na reconstrução do Haiti, que valeu as forças armadas dos EUA o controle (e de fato com esse controle um aumento da capacidade) do aeroporto do Porto Príncipe. Logicamente que a única superpotência restante tem uma capacidade operacional incomparavelmente superior a capacidade de um emergente, aspirante a líder regional, como o Brasil. Isso é uma constatação que não se converte em demérito do envolvimento e das capacidades das forças brasileiras nessa zona de desastre. A ajuda humanitária no campo teórico das relações internacionais é vista de maneiras distintas de acordo com o ‘DNA’ teórico do analista, como toda cooperação internacional o grupo ligado as teorias de matriz realista vêem a cooperação em termos de ganhos absolutos e o de matriz institucional

Tragédia no Haiti – Desafio logístico

Desde que as noticias do terremoto começaram a chegar terça-feira que o noticiário estar a ser dominado (como não podia deixar de ser) pelos relatos e analises sobre a crise humanitária gravíssima que se abateu no mais pobre país das Américas. A imprensa brasileira deu grande espaço (como não podia deixar de ser, também) a perda da fundadora e símbolo da Pastoral da Criança, a pediatra e sanitarista Dra. Zilda Arns. A morte da Dra Arns devo confessar senti com uma tristeza rara. Admirava o trabalho incansável, a intransigente defesa da vida que a caracterizavam, além de tê-la como exemplo de vida católica. São reproduzidas, também, a todo o momento as reportagens acerca dos soldados que foram mortos por esse terremoto e não posso deixar publicamente meus sinceros sentimentos de condolência aos familiares desses bravos combatentes, que se voluntariaram para essa missão de paz. Estendo essas condolências aos parentes de todos os mortos e desaparecidos. Feita essa pequena introdução

Um duro golpe a MINUSTAH, um duro golpe no Haiti

A tragédia humana que esse terremoto de cerca de 7º que atingiu ao Haiti, principalmente sua capital Porto Príncipe, ainda é incalculável dado as escassas noticias que de lá chegam. É óbvio para qualquer um que um terremoto dessa magnitude atingindo ao mais pobre país das Américas é uma desgraça na acepção mais correta dessa palavra. A resposta humanitária terá que ser rápida e concertada entre várias nações (que felizmente já começam a enviar ajuda) será preciso enviar pessoal e equipamento para que se possa efetuar resgate e inicia de alguma maneira a limpeza e reconstrução. E isso é claro será muitíssimo dificultado pela falta de ordem e pela muito precária capacidade de resposta do governo local. As forças de estabilização da Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (MINUSTAH – Em francês), também, foram atingidas e não estão funcionando em capacidade de resposta. Um trágico exemplo foi à queda do hotel que servia de sede para a ONU no país. O que pode gerar o cham