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Mostrando postagens de dezembro, 2011

Uma mensagem de fim de ano

Mais um ano chega ao fim e isso enseja diversos rituais de passagem, talvez o mais delicado seja o balanço do ano que se encerra. Delicado por que essa avaliação pode ser contaminada pelos sentimentos desse período do ano, por exemplo, podemos nos deixar ser pessimistas demais quanto aos fatos do ano ou deixar o cansaço de um período puxado dar o tom da avaliação. No que diz respeito a esse blog esse ano foi interessante, por um lado a audiência disparou por conta do interesse despertado pela chamada “Primavera Árabe” e pelos ataques de Oslo, bem como a morte de Osama Bin Laden. O fato é que entramos num patamar diferenciado de visitas, ainda que – para minha tristeza – não tenha isso se convertido em comentários. Mesmo assim esse ano a interatividade com os leitores aumentou em todos os meios tanto redes sociais como pelo velho e tradicional e-mail. A série “Trabalhar com RI” extrapolou em muito o que previ de reação e confirma o que eu imaginava sobre a preocupação dos estudantes d

Série Especial: Trabalhar com Relações Internacionais: Trabalho nas Nações Unidas

O quarto texto da série “Trabalhar com Relações Internacionais” versa sobre uma opção de carreira que é muito ambicionado pelos que querem cursar RI e claro pelos graduandos e recém-graduados da área que é a oportunidade de trabalhar nas Nações Unidas. A nossa autora convidada desta feita, a brilhante Vanessa Láuar, nos mostra de maneira didática os processos seletivos e como ela conseguiu esse emprego dos sonhos para muitos. Além disso, ela dissipa as crenças infundadas como “emprego na ONU só com indicação”. Esse quarto texto nos mostra uma tendência clara e importante no mercado de trabalho, o valor da ética de trabalho, do compromisso. Sem mais delongas vamos ao texto que sei será muito útil a todos vocês. O Trabalho nas Nações Unidas Por Vanessa Láuar* Nota explicativa: Há meses atrás o Mário ( veterano querido e nobre dono deste blog )** havia me pedido um texto sobre o trabalho na ONU, especificamente no PNUD que é onde eu trabalho. Segundo ele, vários dos estudantes de RRI

Série Especial: Trabalhar com Relações Internacionais: Defesa e segurança

Esse terceiro texto da “Série Especial: Trabalhar com Relações Internacionais” nos oferece uma visão um tanto distante da nossa realidade. E nos mostra uma dimensão de atuação para o profissional de RI muito interessante e como verão exige perícia e muita coragem. É muito interessante a didática exposição dos serviços que nosso correspondente de hoje faz. Eu conheci o nosso convidado em acalorados debates sobre relações internacionais pela internet a fora. Por motivos óbvios o nome desse autor TEM que ser omitido. Antevejo alguma celeuma por conta da contundência e das opções de vida feitas por ele, mas querem saber se há algo que eu admiro é alguém que “talk the talk and walk the walk”, ou seja, alguém que não seja hipócrita e esse é o caso do autor de hoje. As lições podem ser facilmente colocadas em nossas vidas. O nosso autor não sabe, mas em nossos embates acadêmicos em fóruns especializados eu reconheci um irmão “contrarianista”. O texto é longo, mas muito proveitoso. (O títul

Série Especial: Trabalhar com Relações Internacionais: Consultoria em Negócios Internacionais

Dando prosseguimento a série “Trabalhar com Relações Internacionais” que visa oferecer insumos para os graduandos e interessados em Relações Internacionais possam planejar suas carreiras. Essa série se foca nas experiências profissionais em Relações Internacionais de um ponto de vista pessoal dos autores convidados. Hoje quem nos escreve é um consultor em negócios internacionais, graduado em Relações Internacionais numa das melhores universidades do mundo. Esse brilhante profissional é um amigo meu e uma pessoa bastante reservada, muito mais por força dos ameaçados contratos de confidencialidade que como consultores assinamos do que pela proverbial reserva própria dos europeus. Por essa razão invocarei os meus privilégios constitucionais de sigilo de fonte e omitirei o nome do nosso convidado dessa semana. O texto abaixo vai como me chegou apenas com as correções pedidas pelo autor devido a ter sido escrito em trânsito, logo em teclados sem os acentos da língua portuguesa. O interess

Um Off-topic se me permitirem

Corinthians do meu coração, tu és religião de janeiro a janeiro. Eu abri esse processador e textos em que escrevo para terminar uma postagem sobre um tema quente das relações internacional da América Latina e Caribe, contudo não consegui vencer o intermitente cursor. A questão é que não consegui me concentrar nos meandros da política externa. Quem me conhece mais de perto sabe bem o motivo da minha inquietação é que como diz a música “se é pra chorar, se é pra sorrir eu sou corintiano até morrer”. Sim, eu sou um membro do proverbial bando de loucos. E, sim como milhões arrisco dizer bilhões ao redor do mundo sou um seguidor entusiasmado do futebol. E querem saber hoje minha cabeça só pensou a frase É CAMPEÃO!!! Poderia escrever uma ode ao título. Poderia escrever sobre a tristeza de perder o Dr. Sócrates, a quem eu sempre admirei por sua capacidade de viver além do jogo, mesmo discordando de muitas de suas opiniões e posições políticas. Não é preciso concordar para admirar.

“Primavera Árabe”, eleições e nudez no Egito

Fui perguntado durante minha palestra no FOCO RI, em setembro, sobre a chamada “Primavera Árabe” e lá repeti o que sempre escrevo por aqui. Que o processo está em desenvolvimento o que requer calma e frieza ao analista, posto que é preciso separar as esperanças eventuais que tenhamos sobre um desfecho da onda de mudança de regimes e o que as evidências e a lógica nos permitem dizer com segurança. Além disso, lembrei que não gosto da denominação “Primavera” usada pela imprensa. Essa objeção tem por fato uma superstição, logo irracional por definição, que nutro que é uma rejeição ao rótulo primavera, muito por conta do desfecho tão sombrio da “Primavera de Praga”. Desde o primeiro texto que escrevi (ou seria cometi?) sobre o tema que insisto em lembrar que o resultado de cada uma das revoluções que ocorrem agora no mundo Árabe e no Norte da África dependeria de fatores locais e da importância estratégica de cada país. Seria inocência negar que há uma correlação entre a importância estra