Corinthians do meu coração, tu és religião de janeiro a janeiro.
Eu abri esse processador e textos em que escrevo para terminar uma postagem sobre um tema quente das relações internacional da América Latina e Caribe, contudo não consegui vencer o intermitente cursor. A questão é que não consegui me concentrar nos meandros da política externa.
Quem me conhece mais de perto sabe bem o motivo da minha inquietação é que como diz a música “se é pra chorar, se é pra sorrir eu sou corintiano até morrer”. Sim, eu sou um membro do proverbial bando de loucos. E, sim como milhões arrisco dizer bilhões ao redor do mundo sou um seguidor entusiasmado do futebol.
E querem saber hoje minha cabeça só pensou a frase É CAMPEÃO!!!
Poderia escrever uma ode ao título. Poderia escrever sobre a tristeza de perder o Dr. Sócrates, a quem eu sempre admirei por sua capacidade de viver além do jogo, mesmo discordando de muitas de suas opiniões e posições políticas. Não é preciso concordar para admirar. Por isso mesmo ergui meu punho cerrado, em silêncio. E vou confessar na minha doce irracionalidade de torcedor tive certeza da conquista quando vi os jogadores fazendo a pose característica de uma fase bem especifica desse grande jogador.
Estou extasiado, mas saibam tenho consciência que é apenas um esporte, mais saibam também é delicioso esse sofrer quase postiço (por que não podemos comprar o sofrer do futebol com o sofrer da injustiça, da perda, da fome das mazelas reais da vida humana) ainda mais por que é parte do ethos do torcedor corintiano aceitar que o sofrimento é indissociável dessa escolha (será uma escolha mesmo?).
Mas, hoje eu não penso em muito mais além de celebrar uma conquista dura, difícil e trabalhada bem ao estilo que gosto, posto que é uma metáfora da vida. Ou alguém aqui acha que o sucesso na vida vem sem esforço, dor e paixão?
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