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Mostrando postagens de maio, 2010

Celso Amorim no Espaço Aberto da Globo News

Assista primeiro ao vídeo da entrevista do Ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, que tratou de Irã, defesa comercial e gafes, concedida a jornalista Miriam Leitão. Imagino quão difícil deve ser a vida dos diplomatas nos atuais momentos, imagino aquele terceiro-secretário, aprovado em um duríssimo processo seletivo, que passou dois anos estudando e trabalhando duro no Instituto Rio Branco e agora por respeito a hierarquia funcional, tem que por seu estudo, seu intelecto a serviço de um trabalho de justificação de uma ação que claramente não surtiu os efeitos desejados e que tenta ser “salvada” pelo menos no campo midiático. Imagino que para alguns deve ser bastante frustrante se ver compelido a servir mais aos interesses de grupos partidários e ideológicos do que o Estado, afinal, ao menos em tese, quem quer ser diplomata, quer servir ao Estado. Deixando essa digressão de lado vamos a entrevista. O Ministro como vimos faz um esforço enorme para mostrar que a posição bras

Projeto Ficha Limpa

Sei que nossa seara se limita as coisas internacionais, contudo, esse projeto de lei de origem popular é algo indubitavelmente digno de debate. A iniciativa, que me parece, nasceu da natural revolta das pessoas honestas com o estado de coisas na administração pública brasileira, principalmente no que tange aos quesitos e pré-requisitos morais dos que postulam ocupar cargos eletivos. Tornou-se rotineiro que nos escândalos políticos seja prevaricação, seja corrupção, seja tráfico de influência, enfim todo tipo de escândalo até os sexuais (com pensões alimentícias de filhos fora do casamento sendo pagas por empreiteiras), tenham como protagonistas as mesmas figuras. Homens públicos, indignos que de algum modo continuam a ser eleitos e re-eleitos, são cotados para cargos altos nos governos e colocam seus afilhados políticos (quando não parentes ou seus cônjuges até mesmo namorados) em cargos em ministérios, estatais, autarquias, fundações, enfim, órgãos e empresas públicas. Essa situação

Ler, Refletir e Pensar

Clássicos são clássicos. E de alguma forma eu sou um ‘hobbesiano’ . Seja em uma monarquia ou em uma assembléia, o cardo de soberano consiste no objetivo para o qual lhe foi confiado o soberano poder, principalmente para obtenção da segurança do povo, poder a que está obrigado pela lei natural e do qual tem que prestar contas a Deus, o autor dessa lei, e a mais ninguém além dele. Não entendemos aqui, por segurança, uma simples preservação, mas também todas as outras comodidades da vida, que todo homem, por um trabalho legitimo, sem perigo ou inconveniente do Estado, adquire para si próprio. Pensa-se que isso deve ser feito não por meio de um cuidado com os indivíduos maior do que sua proteção em relação a ofensas de que apresentem queixa, mas por uma providência geral, contida em instrução pública, quer de doutrina quer de exemplo, e na feitura e execução de boas leis, às quais os indivíduos podem recorrer nos seus casos __________________ HOBBES, Thomas. Leviatã: ou matéria, forma e po

Notas aleatórias, mas pertinentes

Serra – Bolívia: Como vocês sabem, ainda não decidi se irei cobrir as eleições com mais atenção ou não. Realmente ainda não tomei a decisão, tenho que pesar alguns elementos, que serão discutidos em seu tempo. Contudo, devo salientar que escrevi essa semana sobre Segurança Nacional e Narcotráfico , antes das declarações tidas como polêmicas do pré-candidato (figura jurídica bem jabuticaba) do PSDB José Serra, que foi rebatida pelo Assessor Especial Marco Aurélio Garcia, naturalmente também reagiu a pré-candidata do PT Dilma Rousseff e o Ministro Oscar Coca da Bolívia (é José Simão, não é só o Brasil que é o país da piada pronta). Toda reação foi tempestade em copo d’água, se ele tivesse trocado Morales por Uribe, a reação seria outra, contudo, há indícios que avalizam a tese de que há um aumento profundo da área plantada de coca na Bolívia. Estive lá durante um levante ‘cocalero’, o movimento que mais tarde levou o Evo Morales ao poder, e era claro que o movimento se justificava

Um OFF mais que feliz

Escrito originalmente no dia 25/05 Vocês sabem que evito ao máximo tornar esse blog em um diário da minha vida, ele tem um objetivo claro e manifesto, contudo, certos acontecimentos pelo regozijo que provocam merecem ser registrados. Assim, é com muita alegria que dou as boas-vindas a esse mundo para a Isadora, filha recém nascida (é óbvio, né?), de meu conspícuo colega e dileto amigo (um dos irmãos sem laços de sangue, que tenho) Tiago Carrijo (Sr. Carrijo). Que nesse momento curte sua filhota ao lado de sua esposa a sempre mui simpática Vânia, que passa bem após o parto. Não tenho vergonha, muito pelo contrário, de dizer que sou católico, logo tenho a família em mais alta estima, portanto nada mais jubiloso que ver uma família ser criada, mais uma sobrinha que tenho. (Será sinal que fiquei para titio? Será que a “profecia” que o “ Coluna” fez sobre o “ Codorna” se realizará pra mim? Desculpe se escrevi em código, mas é uma piada interna). Bem-vinda a esse confuso planeta Isadora

Honduras: Violência política ou violência simplesmente?

Li hoje uma provocação feita em um blog, que tal qual este é escrito por um bacharel em relações internacionais (detesto a expressão internacionalista) sob forma de uma nota de roda pé a uma noticia sobre o assassinato de repórteres na nação Centro-Americana. A provocação, creio, não foi direcionada a mim, por que não creio ter relevância a ponto de provocar outros blogueiros, a postagem que inspira esse texto é do blog – Política Externa –, de Daniel Cardoso Tavares,  título é “A “democracia” de Honduras: Jornalistas são perseguidos e assassinados” . Ao final da transcrição da noticia dando conta de lamentáveis atos de violência em Tegucigalpa, o colega Daniel faz a seguinte pergunta/provocação: “Cadê os que tanto criticam outros países pelos mesmos motivos? Não vão criticar Honduras por quê?” Bom, como eu sou crítico ácido da violência política, em qualquer lugar, mesmo nos paraísos socialistas tropicais adorados por intelectuais, que francamente com seu apoio cego a déspotas

200 anos da revolução de mayo

Publicado com atraso devido a situação de plano B, que perdura nesse blog. Quem já teve o enorme prazer de visitar a bela capital da República Argentina, a famosa Buenos Aires, e mesmo quem não foi, sabe que a praça enfrente a famosa Casa Rosada, leva o nome de praça de maio, em alusão ao movimento de independência liderado pelo venerado San Martin (cujo corpo se encontra enterrado em área anexa a Catedral Metropolitana, um dos belos edifícios que cercam a praça). Há nessa praça um pequeno monumento em que se lê 25 de mayo de 1810. A dada que marca o inicio do processo que culminaria na independência dos “hermanos”. Já havia planejado escrever algumas linhas sobre isso, quando vi esse texto no blog – Os Hermanos – do jornalista argentino, correspondente em Buenos Aires para vários veículos da imprensa nacional que transcrevo agora. Hesitei quando vi que Paulo Roberto de Almeida o fez em seu – Diplomatizzando – ao invés de pensar nisso como uma espécie de cópia desse autor, prefir

Algumas notas diversas

Lula y El País: O prestigiado jornal espanhol apresentou duras críticas à diplomacia voluntarista presidencial conduzida pelo presidente Lula. Os defensores dos atuais rumos da política externa brasileira têm especial predileção por enfatizar elogios feitos por meios estrangeiros, não sei como reagem a críticas, alias sei bem, todos sabemos. O artigo que cito é de autoria Jorge Castañeda ex-chanceler mexicano e professor universitário. O artigo se chama “Lula: jugar en primera división sin mojarse” . Eleições 2010: Nessa terça pela manhã, o portal UOL, irá transmitir uma sabatina entre os pré-candidatos a Presidência da República, José Serra, Marina Silva e Dilma Rousseff. A sabatina é promovida pela CNI. Coisas Internacionais: Tenho até vergonha de dizer que ainda estou com problemas técnicos. A solução depende não só do WISP , mas também da poda agressiva de algumas árvores do meu quintal, coisa que parte meu coração, ainda que eu não seja ecologista (nem eco-chato), gosto das á

Tráfico de Drogas. Segurança Pública e Segurança Nacional

Quando da posse de Brack Obama fiz um levantamento dos problemas regionais do mundo que de certa maneira estariam na agenda do Departamento de Estado, na América Central a maior fonte de instabilidade é sem sombra de dúvidas a ação das quadrilhas armadas conhecidas como “Maras” (sim, sou repetitivo nesse assunto) essa gangues de rua, contam com elementos que participaram dos sangrentos confrontos que assolaram a região nas décadas de 1980, com movimentos revolucionários, contra-revolucionários, grupos de extermínio, que imigraram para os EUA e lá passaram a controlar o tráfico de drogas e prostituição junto a suas comunidades étnicas e gradativamente foram se tornando entidades criminosas, ligadas em redes transnacionais sofisticadas, que fornecem mão-de-obra na rua, além das atividades de crime organizado mais tradicionais, digamos assim. O consumo de drogas é responsável por alimentar a essas redes criminosas que se alinham a cartéis, autoridades estatais corrompidas, guerrilheiros.

Mr. Ban Ki-Moon na Globo News

Aos que dentre vocês tenham assinatura de TV paga o canal  Globo News apresenta uma entrevista exclusiva da correspondente Giuliana Morrone com o Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas, no programa “Milênio”, às 23h30 , dessa segunda-feira (24 de maio), creio que será interessante, assim como dizem no Twitter: “Fica a dica!”

O nacionalismo sai do armário

No primeiro texto que escrevi sobre a aproximação Brasil e Irã, afirmei que temia que seria um passo que convidaria a entrada do mal no Brasil, usei a velha e manjada imagem do vampiro, que só pode adentrar a residência de alguém se convidado (pelo menos essa é a versão predominante nas histórias de vampiro). Na época meu temor era que o Brasil pudesse se tornar um campo de recrutamento de extremistas, afinal nossas condições sociais podem ser campo fértil para isso, dado o volume de jovens sem acesso a educação, cultura, formação humana, laços familiares fortes. Além de muitos deles não terem mais nem a capacidade de aspirar a um futuro melhor. Há diversos livros e documentários nesse sentido, como Abusado , Falcão, meninos do tráfico e por ai vai. Torna-se verossímil, para dizer o mínimo que há espaço para que “recrutadores” usem dos sentimentos de abandono, e da revolta desses jovens para cooptá-los para causas redentoras e revolucionárias, que na verdade são causas políticas que

Brasil e Irã: um debate televisivo

O programa “Espaço Aberto”, da rede de TV por assinatura “globo news” com a jornalista Miriam Leitão (uma jornalista que não desfruta de minha simpatia, diga-se de passagem), com os experientes diplomatas Sérgio Amaral e Luiz Felipe Lampreia . [Por sinal recomendo o blog que está nesse ultimo link] Esses dois diplomatas, aposentados, são vozes muito críticas aos atuais ramos da política externa do Brasil, ainda que com a elegância e o “diplomatiquês”. Já disse várias vezes aqui que não necessito validar minhas conclusões com medalhões, ou seja, não preciso que minhas opiniões coincidam com a de pesquisadores, escritores, mesmo os que eu admiro. Embora, não seja nada desagradável quando isso ocorre. Nesse bom debate vários pontos são levantados, pontos que levanto a muito nesse blog, ou seja, são idéias que já cultivava mesmo antes de ouvir. Interessante é a coincidência entre minhas opiniões e a do experimentado embaixador Sérgio do Amaral, no que tange a comparação entre estilo di

Evento: XVII Fórum Brasil-Europa

Tenho por política dar publicidade a eventos relevantes na área de relações internacionais e áreas correlatas, sempre que me chegam essas informações eu as repasso sem interesses ulteriores (como convite gratuito para o evento ou convite para palestrar nesses eventos), faço no espírito da divulgação cientifica. Esse evento que divulgo novamente vi no blog do professor e diplomata Paulo Roberto de Almeida – Diplomatizzando – o evento pode ser útil para alguns leitores, e quero deixar claro que todos que me chegarem e eu considerar relevantes divulgarei.  XVII Fórum Brasil-Europa – Clima, Energia e Meio Ambiente na agenda política entre Brasil e União Européia  O Fórum Brasil–Europa é um evento anual idealizado com o objetivo de prover informações sobre o processo europeu de integração e o desenvolvimento institucional da União Européia, bem como abarcar os principais temas da relação entre os países desse continente e o Brasil.  O XVII Fórum Brasil-Europa buscará aprofundar a discussão

Uma nota sobre o vazamento de correspondências ente Obama e Lula

Em síntese poderia dizer apenas: “mas, o Brasil não era um país protagonista e Amorim, Garcia e Pinheiros os pais da nova PEI?” Não iria escrever hoje, afinal fim de semana é um tempo para descansar, mas aqui estou eu na madrugada esperando a minha internet ter condições de enviar um texto, ainda trabalho no plano B, isto é, minha conexão ainda não está normal. Mas, o vazamento da carta de Obama, me fez querer escrever. Não entendi bem, primeiro a Declaração de Teerã era prova de uma nova era de ação independente e uma prova cabal da ascensão dos emergentes, do Brasil, em especial, agora uma carta do Presidente Obama ao Presidente Lula, na qual se deixa entender pelo teor dos trechos tornados público, que o Brasil agiu como “Proxy” de Washington no Oriente Médio, e mais a ilação natural que se faz é de que a reação rápida do sexteto seria uma “traição” ou uma volta atrás de palavra dada. Desde o inicio eu venho sustentando que muitos elementos nos faltam para criar uma opinião abra

Ler, Refletir e Pensar

Nessa semana que tanto se falou em paz, guerra, enriquecimento de urânio, vetores de emprego, sanções, enfim se tratou da segurança internacional, que no frigir dos ovos se trata da vida e da morte de seres-humanos em campos de batalha, achei esse trecho que irei publicar é apropriado. Felizes foram aqueles benditos séculos que ignoraram a espantosa fúria desses endemoninhados instrumentos de artilharia – cujo inventor tenho para mim que está certamente no inferno, recebendo o devido prêmio por sua diabólica invenção –, que permitiu que um braço infame e covarde tire a vida de um valoroso cavaleiro; e que, sem saber como ou por onde, no auge da coragem e brio que inflama e anima os peitos valentes, chega uma bala desgovernada (disparada por quem talvez se tenha espantado e fugido com o clarão do fogo, ao disparar a maldita máquina) que trucida e acaba em um instante os pensamentos e a vida de quem mereceria gozar de longos séculos. _________________ CERVANTES, Miguel de. The history of

Reunião esquecida – Reunião MERCOSUL – UE

Essa semana compreensivelmente foi dominada pela problemática iraniana (que ao que parece receberá sanções com um placar de 16 x 3 no CS, uma goleada, para ficar nas metáforas futebolísticas tão caras ao Presidente). Na próxima semana pretendo escrever mais sobre esse assunto, que tem nuances interessantes como a posição francesa, que segundo o governo federal é um parceiro estratégico, de tal maneira importante que goza de preferência na compra de caças o famoso processo F-X2. Sem contar à pressão que o Brasil exerceu para isolar Honduras em uma reunião Europa – América Latina. Posição bastante dispare da política Cubana do atual do governo, enquanto não tenho elementos, tempo e internet funcionando a contendo deixo esse vídeo do programa “espaço aberto”. Não gosto muito de colocar vários vídeos em um curto período, me sinto preguiçoso, mas nesse caso e no dos próximos dias o faço por crer que trazem elementos relevantes. [Leiam o texto abaixo que é autoral e assim me sinto menos pr

Sobre embates e debates

O assunto do ano, sem dúvidas, é a questão do Irã em sua amplitude total (ou seja, a liberdade que todos temos em elucubrar sobre os dilemas de segurança do Irã, da região, necessidade ou não de ter um artefato nuclear) e a mais prática que é a que a relação do Brasil com Irã e sua conveniência ou não para a consecução dos objetivos nacionais, se isso serve ou não ao interesse nacional. Isso é um debate acadêmico, um debate de idéias que deve se dar livremente, com alguns parâmetros que obedeçam aos critérios da lógica e de decoro. Mas, o tema dessa postagem não é esse. Nas ultimas semanas publiquei dois textos comentando escritos de outro autor ( aqui e aqui ) que haviam me chegado por e-mail (que não solicitei, e que aparentemente o autor leu as minhas restrições e retirou meu e-mail da lista). Nesses textos eu não nominei o autor, não por temer um embate aberto, mas por que minhas restrições ao que ele escrevia eram pontuais e minhas intenções com o texto não eram belicosas, mas s

Acordo com o Irã. Acordo?

Essa postagem bem que poderia se chamar “como eu não vi isso antes?” Escrever diariamente sobre relações internacionais é um exercício fabuloso, contudo, por vezes o açodamento em encontrar temas para escrever retira o tempo necessário para refletir, para analisar as coisas com a profundidade que eu gostaria de ter. Lamentavelmente ou naturalmente todos nós somos expostos em algum momento a nossa humanidade, isto é, nossas falhas. E nesse sentido, eu que sou sempre muito atento a forma, engoli uma tremenda barriga (jargão jornalístico para notícia publicada que se revela falsa). Ainda que desde o momento que tive noticia do sucesso da negociação em Teerã tenha escrito que era preciso ter em mãos maiores detalhes. E o detalhe que me escapou, alias detalhe não, por que é algo grande que é o mecanismo que foi escolhido para dar formalização ao entendimento alcançado pelos Ministros de Relações Exteriores de Brasil, Irã e Turquia, que foi o formato de DECLARAÇÃO , ou seja, formalmente n

Ainda sobre o Acordo com o Irã

Como analista profissional de relações internacionais, independente, não me compete exaltar ações do estado (ou de qualquer ator, ou líder) por exaltar, nem criticar por criticar*. Ainda não temos dados mais concretos sobre o acordo, por enquanto, temos apenas relatos midiáticos e opiniões mais ou menos embasadas. Temos visto pesquisadores, scholars , falando sobre o acordo sobre a região. Políticos e partidos agindo e reagindo e toda sorte de hipótese sendo aventada, aqui mesmo nesse blog há uma série de textos que refletem sobre as conseqüências possíveis e já mensuráveis das relações com o Irã, principalmente nessa fase aguda de estreitamento. Uma forte hipótese que tem sido levantada em meios nacionais e internacionais e até por governos seria de uma suposta ingenuidade da política externa brasileira, e do próprio presidente Lula, que estaria a ser como chegou a dizer uma conceituada revista “um idiota útil”. Posso até dizer que há um quê de idealpolitik nas ações internacionais d