Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de agosto, 2013

Saboia, Patriota, Brasil e Bolívia

Eduardo Sabóia diplomata de carreira e encarregado de negócios na Bolívia decidiu trazer – com enorme risco para sua carreira e até risco pessoal – para o território nacional o senador boliviano Roger Pinto que estava asilado a 455 na Embaixada Brasileira em La Paz. Antes de analisar o caso acho que é interessante tecer algumas palavras sobre o Asilo Diplomático.  Brevíssimas considerações sobre o asilo diplomático A figura do asilo territorial e do asilo diplomático não possuem um quadro geral de referência no Direito Internacional, ou seja, não são institutos codificados em um tratado multilateral que torne as condutas previsíveis. E mesmo a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas não possui sequer menção ao tema. Que de certo deve ser um dos que o consenso é muito complicado de atingir. Muito embora a prática do asilo seja antiguíssima havendo registros dessa prática por toda parte, embora na antiguidade fosse mais comum que se desse asilo a criminosos comuns e não a crimi

Cuba: Sempre causando desproporção

Cuba: Uma pequena ilha do Caribe, uma das mais longevas ditaduras do planeta, um lugar que possui uma dimensão quase mítica no discurso político da América Latina. Ora como fonte de toda virtude, com invocações de guerrilheiros românticos e belos e sua ternura perpétua, ora como fonte de conspirações para a tomada de poder e centro de treinamento  para rebeldes que pretendem derrubar democracias. O mito cubano é enraizado em todo espectro político brasileiro de tal forma que é capaz de despertar reações viscerais e imbecis e, portanto, desprovidas de qualquer racionalidade. As imagens abaixo mostram muito bem o ponto que todo o discurso altamente sentimental sobre a ilha alcança. Dois atos que são a representação do extremismo. Em comum nas duas fotos os olhos atônitos de dois cidadãos cubanos que não têm nem o poder de opinar sobre os rumos de seu país, privatizado por uma elite do partido. Mas, sejamos honestos é de uma brutal obtusidade dizer que os médicos brasileiros envergonham

Uma leitura importante para nossos dias

Nesses dias em que o entusiasmo coletivista se insinua nas ruas, em meio a máscaras de Guy Fawlkes e que médicos viram commodities me parece imperioso ler sobre a história das temidas prisões soviéticas, os Gulag e o papel da mão-de-obra escrava desses centros de detenção para economia da extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Neste intento transcrevo, abaixo, resenha do livro de Anne Applebaum: “Gulag: uma história dos campos de prisioneiros soviéticos”. Feita pelo diplomata e profícuo autor Paulo Roberto de Almeida, a quem tenho orgulho (e atrevimento? ) de chamar de amigo. Gulag: anatomia da tragédia Resenha de: Anne Applebaum: Gulag: uma história dos campos de prisioneiros soviéticos (Rio de Janeiro: Ediouro, 2004, 744 p.; tradução de Mário Vilela e Ibraíma Dafonte; ISBN: 8500015403) O terror moderno, isto é, o recurso à intimidação aberta e indiscriminada para alcançar fins especificamente políticos, não está ligado apenas aos exemplos cruéis do fundamentalismo