Cuba: Uma pequena ilha do Caribe, uma das mais longevas ditaduras do planeta, um lugar que possui uma dimensão quase mítica no discurso político da América Latina. Ora como fonte de toda virtude, com invocações de guerrilheiros românticos e belos e sua ternura perpétua, ora como fonte de conspirações para a tomada de poder e centro de treinamento para rebeldes que pretendem derrubar democracias.
O mito cubano é enraizado em todo espectro político brasileiro de tal forma que é capaz de despertar reações viscerais e imbecis e, portanto, desprovidas de qualquer racionalidade. As imagens abaixo mostram muito bem o ponto que todo o discurso altamente sentimental sobre a ilha alcança. Dois atos que são a representação do extremismo. Em comum nas duas fotos os olhos atônitos de dois cidadãos cubanos que não têm nem o poder de opinar sobre os rumos de seu país, privatizado por uma elite do partido.
Mas, sejamos honestos é de uma brutal obtusidade dizer que os médicos brasileiros envergonham o Brasil. E uma desonestidade transformar a questão em racismo. Como os protestos contra Yoani não eram machismo.
Tenho muita simpatia pelos médicos cubanos que aqui chegam, não por causa do discurso que vêm pra nos salvar, mas sim pelo fato de estarem dispostos a sacrificar tanto para dar uma vida melhor a seus familiares, uma prova cabal que o paraíso socialista não é tão paradisíaco.
Abaixo as lamentáveis imagens que falam volumes por si só.
Comentários