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Mostrando postagens de outubro, 2011

Crise no Curso de RI da UTP. Uma história que importa a todos nós

Tenho um enorme carinho pelo curso de Relações Internacionais da Universidade Tuiuti do Paraná – UTP. Alguns grandes amigos que fiz graças aos congressos e eventos de RI pelo mundo são graduados por essa instituição que mantinha um curso sério e estruturado. Contudo, tomei conhecimento pelas redes sociais da situação precária que se encontra o curso, que parece inclusive estar em processo de fechamento o que é traumático para os que ainda estão nessa graduação e muito ruim para quem cursou com afinco e dedicação e depositou confiança numa instituição. Não estou a par dos motivos do fechamento, mas não é difícil pensar que passam necessariamente por má-gestão e dá mostras de problemas maiores na instituição como o todo. Ao que tudo indica para amenizar a transição a universidade ofertou a possibilidade de bi-titulação Relações Internacionais e Economia, formula adotada com sucesso em outras instituições, notadamente a FACAMP. A crise da UTP pode ser um “cautionary tale” nesse rescald

Evento: Tolerância Religiosa e Cidadania - A vivência da fé: Islamismo. Volta Redonda – RJ

Minha querida amiga e competente professora Josycler Arana, professora assistente da Escola de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal Fluminense, campus Volta Redonda e coordenadora do interessante projeto “Tolerância religiosa e cidadania” me enviou um convite para a palestra: “Tolerância Religiosa e Cidadania - A vivência da fé: Islamismo”. Infelizmente esse é mais um evento que perderei. Não preciso dizer a importância de tolerância religiosa na vida das sociedades e a palestra é especialmente oportuna por tratar de um tema quente na agenda internacional que é a Sharia, o sistêmico islâmico de direito. Abaixo um pequeno texto de divulgação que veio junto com o convite Tolerância Religiosa e Cidadania - A vivência da fé: Islamismo O link para inscrição é http://www.puvr.uff.br/tolerancia/index.html Termos como palestrantes o Sheik Ahmad Osman Mazloun de São Paulo e Sami Armed Isbeli da Sociedade Beneficente Muçulmana do Rio de Janeiro (lei religiosa islâmica. É a est

Isso aqui é um pouquinho de Brasil

Pelo título eu sei que os leitores já esperam que eu faça minhas costumeiras críticas a política externa brasileira ou que eu faça alguma crítica ácida até aos novos escândalos que ameaçam mais um ministro do governo Dilma. Mas, dessa vez o texto tem um caráter diferente. Acabo de assistir um documentário que por motivos que não compreendo perfeitamente fiquei tocado, emocionado mesmo. O documentário se chama “Guerreiros Caiapós” e foi exibido no canal pago Discovery HD e retrata os desafios mentais e físicos de dois jovens Caiapós em sua jornada para se tornarem guerreiros. Não foi bem a prova de coragem do ritual de enfrentar vespas venenosas e por meio da dor que suportam, se fortalecerem e espiritualmente absorverem os poderes desse inseto que me emocionou, mas os motivos pessoais dos dois jovens. Seu desejo era muito parecido com o de qualquer homem, isto é, defender o estilo de vida de seus ancestrais, honrar seu pai, ser um exemplo para seus filhos e ter admiração de sua esp

99%?

Nesse sábado passado, dia 15 de outubro, o movimento Occupy Wall Street recebeu solidariedade global de vários grupos que embora não filiados formalmente comungam do mesmo ideário anticapitalista dos ocupantes nova-iorquinos. Do ponto de vista da teoria das relações internacionais o evento foi mais um exemplo de como grupos de opinião pública se organizam de maneira trasnfronteiriça para influenciar temas da agenda internacional. E, mais uma vez corroboram a importância crescente dos atores não-estatais na formulação da agenda internacional e dos regimes internacionais. É claro que esses grupos não desenvolvem uma política externa própria, não possuem o aparato formal e nem as bases de poder para isso, mas se concentram em influenciar os tomadores de decisão, tanto pela via tradicional nas democracias que é o voto, como pela pressão da opinião pública, de certo modo parece ser uma evolução da tática normal desses grupos de concentrarem suas ações quando ocorre algum tipo de reunião

Evento: I Conferência sobre Integração Latinoamericana, 18-20 de outubro, Franca

Copio abaixo o convite para a “I Conferência Conjunta História- Relações Internacionais sobre Integração Latinoamericana” publicado por Raphael Lima no blog “Página Internacional”. O evento será na UNESP em Franca. Durante minha palestra no III FoCO RI falei sobre a necessidade de um analista se expor a pontos de vista distintos não só para que não se isole em idéias estanques, mas também para conhecer o que pensam diversos atores e correntes de opinião pública. Bom, esse é o caso desse evento – que infelizmente não poderei ir – os principais palestrantes possuem uma cosmovisão muito distinta da que vocês encontram aqui nesse site e por isso mesmo eu divulgo o evento. Abaixo o texto do Raphael, com seus devidos links. ( Original, aqui ) I Conferência Conjunta História- Relações Internacionais sobre Integração Latinoamericana “Os povos que não se conhecem devem ter pressa em se conhecer, como aqueles que vão lutar juntos. Os que se enfrentam como irmãos ciumentos, (…) devem dar a

A vida é Newtoniana, o mundo é Newtoniano. Ou um texto doloroso

Esse não é um texto sobre RI. É um desabafo que preciso fazer. Vez ou outra algo mais filosófico atravessa nossa vida cotidiana atribulada e um tanto fechada no imediatismo dos resultados e metas e somos forçados a confrontar a realidade que é sabida, mas passa a ser sentida. Explico com um exemplo, todos sabemos que a pobreza extrema é algo terrível, não precisa ser um bleding heart para sentir empatia com alguém que sobrevive com menos que o mínimo. Mas, é outra coisa ser confrontado com um individuo nessa situação é outra coisa conhecer seu nome, sua história e perceber a total falta de opções reais. É claro que o primeiro impulso é ajudar e ser solidário. Mas, o problema não se resolve só com caridade pura e simples. Fui confrontado esses dias com uma história assim que reforçou em mim a convicção de como o vicio em álcool e drogas conjugado ao rompimento da rede de amparo familiar acaba por gerar uma situação de dependência da assistência oficial, que é vergonhosamente ineficie

Evento: Seminário Internacional: O Estado brasileiro, Brasília, 07/10

Copiado do blog Diplomatizzando do diplomata e professor Paulo Roberto de Almeida. O evento conta com vários palestrantes de alto nível como o Ricardo Caldas, David Fleisher, Paulo Kramer e João Paulo Peixoto (que por sinal é pai de uma grande amiga minha). Como sempre coloco nessas situações se alguém for e quiser compartilhar suas impressões fico feliz em publicar. Seminário Internacional UnB/IREL e Bildner Center O ESTADO BRASILEIRO Debate e Agenda Lançamento do livro The Brazilian State: debate and agenda, editado por Mau­ricio Font e Laura Randall com a assistência de Janaína Saad, contendo capítu­los de professores da UnB e de outras universidades brasileiras e norte-americanas. Local: FA – sala A1-04 (1º andar) Data: 07 de Outubro de 2011 Horário: 08h30 – 12h30 O Estado Brasileiro desde Vargas João Paulo M. Peixoto, UnB Além das Crises: respostas e perspectivas Eiiti Sato, Diretor do IREL O Estado Brasileiro: debate e agenda Maurício Font, Diretor do Bildner Center – CU

E o Brasil recebeu duras críticas do Financial Times

O Blog “BeyondBrics” do renomado jornal britânico “The Financial Times” é dedicado como sugere o nome a analisar e reportar sobre os BRICS. Hoje uma entrada desse blog tem chamado atenção e mereceu um quase “chilique” de uma comentarista no jornal “Em Pauta” da Globo News. A entrada em questão trás críticas duras e ácidas as propostas da presidente Dilma e do ministro Mantega e tem o título: “ Dilma: agony aunt to the EU ”, escrita pela jornalista Samantha Pearson . Há uma tendência entre observadores e comentaristas de assuntos internacionais no Brasil de sinalizar qualquer crítica feita ao Brasil como sendo algo como “arrogância do colonizador”. A jornalista comentou a matéria como se fosse uma grave ofensa a pessoa da presidente e ao Brasil. Eliane Cantanhêde (aliás, se você quiser ouvir a versão oficial do Itamaraty leia os comentários dela. Sempre trás certinho a visão que o MRE quer passar) comentou que o texto não repercutiu em Brasília e que não deveria haver resposta da pres