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Mostrando postagens de junho, 2010

Comentário nonsense

Dia 22 de junho publiquei um texto intitulado “Dunga, Palavrões, Oprimidos e Política nacional e internacional” e hoje dia 30 junho moderei um comentário postado pouco antes da meia-noite feito por um anônimo. Não sei por que desta escolha pelo anonimato em assunto tão banal. O texto do comentário é hilário e ai resta a dúvida se é um humor voluntário ou involuntário, segue o texto tal qual me foi enviado: Anônimo deixou um novo comentário PARABÉNS DUNGA TU É O CARA NUNCA SE SUBMETA AOS CAPRICHOS DA rede globo de manipulação UM DIA ACREDITO QUE NOSSO PAÍS VAI PODER DIZER …ESTAMOS LIVRES DAQUELA emissora (globo) que nos escravizou e nos enganou tanto desde a sua fundação…A GRANDE MIDIA QUER BOTAR A MÃO NO DINHEIRO QUE HOJE VAI PARA INFRAESTRUTURA E NO COMBATE A DESIGUALDADE SOCIAL REDE GLOBO USA CONCESSÃO PÚBLICA DE TELEVISÃO PARA FAZER PROPAGANDA SUBLIMINAR DE JOSÉ SERRA, CANDIDATO DO PSDB A VITÓRIA DE DILMA NAS ELEIÇÕES DO FINAL DO ANO SERÁ A SEGUNDA DERROTA DA GRANDE MÍDIA E UMA CO

It’s time for... New Brazil

O conceituado jornal britânico Financial Times publicou nessa terça-feira dia 29 de junho de 2010, um “Special Report” sobre o Brasil. Não é a primeira vez que a publicação se dedica a isso . Os 15 artigos, incluindo um assinado pelo presidente Lula e um interessante perfil sobre cinco homens de negócio líderes na região que aparecem nas listas de homens mais ricos do mundo, traçam um retrato interessante sobre o Brasil, sua diplomacia, sua economia, os gargalos, a política interna, macroeconomia e contas nacionais e sistema bancário nacional. Muito destaque está a ser dado pela imprensa brasileira e agências de noticias ao aspecto de aviso de uma dessas reportagens que urge o Brasil a se esforçar mais para alcançar o nível de crescimento, desenvolvimento e melhoria da qualidade de vida e do ambiente de negócios de Índia e China. Um dos textos até recomenda que o governo dê mais atenção a resolver esses problemas e menos a querer ter um peso internacional protagônico que rivalize c

Guerra ao narcotráfico no México mais um capítulo

Hoje o mundo está a comentar a prisão de dez supostos agentes de inteligência russos nos EUA , uma cena digna dos tempos da Guerra Fria. Operações de inteligência e espionagem são corriqueiras entre as nações, embora sejam graves, são parte do jogo. É claro que é embaraçoso para a agência que tem seus espiões capturados e alguma retaliação é necessária para acalmar o ultraje público. Começo esse texto com essa digressão por conta que é esse tipo de operação de infiltração e coleta de informações uma das facetas mais importantes para que se consiga conter em um primeiro momento e diminuir essa verdadeira praga que devasta instituições e escraviza milhares espalhando violência e dor para que alguns possam ter momentos de um suposto prazer que nada mais é que se alienar da realidade. Os viciados devem receber assistência para conseguir se livrar da escravidão química que convertem suas vidas e de seus amigos e familiares. Parece duro e desumano o que escrevo, mas viciados não são a meu

Brasil e EUA – Complicações Bilaterais?

Há inúmeros livros e estudos (bem produzidos ou não) sobre a história das relações entre Brasil e EUA com toda sorte de enfoques e cortes históricos esmiuçando cada detalhe e cada fase dessas relações. Portanto, seria além de pretensioso e descabido no espaço de um blog querer fazer um levantamento profundo dessas relações. Contudo, lances diplomáticos de ambos os lados demonstram um desgaste entre os governos, o que não significa que há rompimentos das relações no horizonte próximo, que são demonstrados com o recurso do uso da imprensa nessas relações, isto é, as duas chancelarias tem publicamente tratado seus desencontros o que naturalmente eleva o tom do debate na opinião pública. A América Latina, em geral, é uma região propensa ao pensamento antiamericano, seus líderes populistas (e até os não populistas) têm em Washington um belo bode expiatório já que em muitos casos a ação americana na região é desastrosa, ainda que no sentido amplo da estratégia dos EUA seja o passo correto

Segunda-feira de jabulani e emoções conflitantes

Hoje o Brasil enfrentará (e espero vencerá) o Chile pelas oitavas-de-final da Copa do Mundo FIFA 2010 África do Sul. Não posso negar que tenho uma simpatia enorme pela pátria de Pablo Neruda, costumo dizer que uma parte da minh’alma nunca voltou das montanhas dos Andes, continua lá livre como os condores (que visão é ver um livre). Não esqueço esse país acolhedor, que foi minha primeira viagem internacional, para disputar um torneio sul-americano de basquete. Dias que viverão para sempre em minha memória, nunca vou esquecer o carinho desse povo, em especial da simpatia das chilenas, mas bem isso não vem ao caso aqui. A excitação que um jogo como esse desperta se conflita com a melancolia que enfrento ao escrever esse texto. Isso por que nesse domingo 27 de junho seria qüinquagésimo sexto aniversário de meu pai que se foi tão cedo, em 31 de abril de 2005. Claro devo agradecer a Deus por tê-lo tido comigo até terminar o curso superior em relações internacionais, afinal quantos não tiver

Reunião do G-20, em Toronto

Os temas que estão em debate na agenda do G-20 são como era de se esperar econômicos o tom de coordenação de grande política global se deu no âmbito da reunião simultânea do G-8. Um recado claro que os emergentes ainda não conseguiram níveis de poder suficiente para interferir na geopolítica global, ainda que esses emergentes se arroguem essa capacidade. Os temas do encontro são: desenvolvimento equilibrado e sustentável, reforma do setor financeiro, reforma das organizações financeiras internacionais, crescimento e comércio global. No lado de fora da reunião celerados se enfrentaram com as forças de segurança, depredando lojas e equipamentos públicos. Sobre reuniões do G-20 escrevi, em 29 de março de 2009, em um texto intitulado: “Semana de clássico, conturbada, com briga de torcidas e decisão (?) no tapetão. Ou sobre G-20” , nesse texto fiz uma analogia com o futebol, que pouco mais de uma ano depois se mostra mais apropriado já que a reunião de agora se dá em plena Copa do Mundo

Debate sobre o Governo Obama e seus desafios atuais

O programa Globo News Painel promove um bom debate com a apresentação de Tônico Ferreira, que não tem a mesma dinâmica de William Waack, ainda assim é um bom debate em muito graças ao alto nível dos participantes. Claro que gostar de um debate promovido na televisão não significa subscrever as teses aventadas em seu curso. A miríade de temas mereceria uma série de programas já que acaba por apressar os debates entre os temas estão a demissão do Gral. McChrystal, Health Care Bill, Estimulo econômico, regulação financeira, guerras e a férrea oposição republicana nas eleições “mid-term” que se aproximam. O programa se enfoca no que o apresentador chama de “apostas” de Obama. O ponto baixo da argumentação é a caracterização da oposição como racista, de certo há um extremistas, mas não representa o grosso da oposição mesmo nos demonizados movimentos como “Tea Party”. E a saída de sempre culpa da direita e dos “nefastos” neo-cons, sempre superficialmente, mas é sempre bom ouvir pontos de v

Ler, Refletir e Pensar

Mais texto dessa série de transcrições que visa inspirar, incomodar, provocar e inquietar. Diplomacia brasileira, novas variações críticas A política externa do governo Lula tem sido objeto de crescentes críticas. São muitos os rumos que vêm sendo questionados. No plano mais geral, aponta-se que o Itamaraty não tem escolhido os campos de atuação que oferecem ao nosso país, que alcançou um novo patamar internacional em função das transformações internas iniciadas com a redemocratização, as melhores oportunidades para se beneficiar da nova multipolaridade do cenário mundial. É o caso da prioridade dada à busca de um reconhecimento protagônico na esfera da alta política da paz e da guerra no Oriente Médio (Irã), em detrimento da ênfase em resultados mais significativos em áreas mais próximas da influência real do Brasil. As tensões do contexto da nossa vizinhança (a animosidade Colômbia-Venezuela) e as que afetam nossas fronteiras e a vida nacional (trânsito de drogas da Bolívia) são mini

Patriotismo, chuvas no nordeste e Copa do Mundo

Hoje à tarde o treinador da seleção brasileira de futebol deu uma entrevista coletiva, um tanto menos antipática do que vinha sendo os certames dele com a imprensa. Ainda que com trocas de farpas, uma coisa, contudo chamou minha atenção a insistência do treinador na palavra patriotismo. Será que patriotismo é seguir cegamente nossos líderes? Será que patriotismo é torcer incondicionalmente para a seleção apoiando seu treinador e denunciando quem não concorda com seu trabalho? Não, não aceito essa visão festiva e estreita de patriotismo, desse patriotismo vestido de torcida de futebol. Sim, eu sou torcedor de futebol e sou um grande entusiasta do esporte, fico em frente a TV, e quando posso vou ao estádio torcer pela “amarelinha”, grito a plenos pulmões o refrão “Eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor” que se entoa nos estádios. Estive na multidão que tomou conta da Esplanada dos Ministérios em 1994 e em 2002 para recepcionar os campeões do mundo. Passei o dia sob o inc

Reviravoltas políticas, eleições pelo mundo e bola nas costas. Ou algumas notas

Quem tem acesso aos canais de noticias estrangeiros ontem percebeu a grande comoção que tomou conta dessas redes com transmissão ao vivo de Camberra e tudo o mais. Falo claro da troca de comando no governo da Austrália que passa a ter uma mulher ocupando o cargo de Primeiro-Ministro, algo inédito até então na terra dos cangurus. A CNN classificou como revolta política o processo que levou a derrocada de Kevin Rudd, que foi praticamente forçado a não concorrer pela liderança de seu partido, o governo passou para sua antiga aliada e ministra Julia Gillard. Claro que outro grande assunto foi a verdadeira bola nas costas que levou o Presidente Obama que foi alvo de ataques veementes do agora Ex-Comandante das Forças Multinacionais da OTAN no Afeganistão, o General Stanley McChrystal “ runaway general ” , que foi defendido pelo governo afegão que o considera o melhor comandante da OTAN desde que essa guerra começou. Seu substituto será o conhecido General David Petraeus, que goza de um b

Boateng versus Boateng: Uma alegoria do mundo atual

A Copa do Mundo FIFA é sem dúvidas um evento esportivo envolvente, no caso de nós que vivemos aqui no Brasil, é onipresente. Só se fala nisso, mesmo os que nada entendem de futebol e que não acompanham esse esporte. Tornam-se fanáticos, assistem a todos os jogos, comentam, palpitam, cornetam (ato de falar mal do time, gíria comum entre os torcedores). Aqueles que não têm arroubos nenhum de patriotismo se vestem de verde e amarelo, defraudam suas bandeiras e catam a plenos pulmões o hino nacional. Sim são cenas corriqueiras aqui nessas terras que gostamos de chamar de país do futebol. Essa competição envolve menos países que os Jogos Olímpicos (apenas 32) e apenas uma modalidade, mas conseguem movimentar de tal maneira os corações dos povos que o desfile da fauna humana nas arquibancadas dos estádios supera qualquer outra competição. Não são poucas as análises sociológicas do futebol, e até Kissinger faz alusão ao esporte bretão comparando o estilo de jogo ao estilo de política extern

MERCOSUL - uma entrevista

Meu amigo, colega de turma e eterno desafiador intelectual Carlos Nogueira (a quem devo muito de meu poder de argumentação). Concede uma excelente entrevista a rádio Câmara. Tentei colocar o áudio aqui mas minha habilidade com computação e programação não permitiu. Portanto, disponibilizo o link para sua entrevista ao programa "Conversa Sobre Política" . A sinopse do programa copiada da página da rádio pública: O Conversa sobre Política dessa semana tem como tema o Mercosul. As conquistas e as principais diferenças entre as nações do Cone Sul são debatidas com o mestre em relações internacionais pela UNB, professor Carlos Costa. A integração cultural e educacional, os direitos humanos e o combate à criminalidade no âmbito do bloco são alguns dos assuntos em destaque. Conversa sobre Política vai ao ar toda sexta-feira, às 8h30. Apresentação de Carlos Oliveira e Mauro Ceccherini. 

Brasil, Irã e Analistas: Convicção, idealismo ou wishful thinking?

Já escrevi aqui que é estapafúrdia a noção de que de alguma maneira os membros do Itamaraty e da administração federal sejam inocentes úteis nas mãos da diplomacia iraniana, tese muito aventada na imprensa estrangeira, com base em falas de diplomatas desses que com certeza não querem melindrar o Brasil, ou não vêem necessidade de fazer críticas midiáticas. De algum modo a tese da ingenuidade é simpática por que não imputa maiores responsabilidades aos líderes brasileiros e abaixa um pouco o tom das manifestações contrárias ao mesmo tempo em que mandam um recado velado eficiente de que para essas chancelarias o Brasil ainda não conquistou uma posição de player e seus esforços não estão contribuindo para isso. A tese é descabida, reitero, quando aplicada ao governo, mas não quando aplicada a muitos de seus defensores na mídia e na academia. Há indivíduos nesses espaços que louvam acriticamente as teses ventiladas pelo Itamaraty. Não tenho elementos para propor que sejam intelectualmente

Conselho de Defesa Sul-Americano: Alguns pensamentos

Novas compras de armas foram anunciadas recentemente por parte da República Bolivariana da Venezuela, dentro de um programa já anunciado de cooperação entre esse país e a Rússia, um ente extra-regional, que busca expandir sua influência na região, tentando contrabalançar os avanços dos EUA, Europa e China em suas cercanias. Investindo numa região que tem tido a liderança dos EUA ameaçada com a sede constante de matérias-primas e novos mercados da China e o fluxo de Investimentos Estrangeiros Diretos – IED, principalmente espanhóis que seguiram a liberalização na região, em especial na área de serviços bancários, telecomunicações e infra-estrutura. O organismo de segurança coletiva regional surgiu no esteio dos conflitos lindeiros entre Colômbia e Equador-Venezuela, por conta do bombardeio ao acampamento guerrilheiro em solo equatoriano, que consta era tolerado pelo governo local e os guerrilheiros lá mantinham contatos com simpatizantes e apoiadores em países vizinhos o que foi embara

Dunga, Globo, palavrões, oprimidos e política nacional e internacional

Ok, não irei exagerar aqui a importância do Dunga no grande esquema das coisas nacionais, afinal o treinador da seleção é apenas um treinador de futebol, não é nenhuma autoridade e suas decisões nos afetam por longos ou breves 90 minutos (a depender do resultado e do andamento da partida), mas não mudam a vida de ninguém, exceto os jogadores que são ou não por ele convocados e escalados. A postagem será longa, tenham coragem. O Dunga jogador sempre desfrutou da minha simpatia, talvez por ter sido jogador de basquete, esporte em que uma boa marcação, uma defesa impenetrável compõe o que se poderia chamar em uma analogia de “basquetebol arte, basquetebol moleque”. Sempre tive apreço por “carregadores de piano”, gostava da determinação e da ética de trabalho que a férrea determinação de Dunga transparecia. Quando este foi indicado para ser o treinador da seleção, como a maioria dos brasileiros, que acompanham o futebol fiquei estarrecido, com o fato de sua estréia nessa nova carreira fo