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Mostrando postagens de outubro, 2009

MERCOSUL: O elefante na sala – I

Uma breve introdução misturada com digressão Um excelente debate sobre a adesão da Venezuela ocorreu no sempre muito bom Globo News Painel. Que contou com quem considero a maior autoridade em integração regional na América do Sul, o Embaixador José Botafogo. Ao assistir o programa e os debates concatenei alguma idéias que estavam a maturar no meu cérebro já alguns dias, que são questões concernentes ao método de adesão da sócios no MERCOSUL. Em um post recente tratei do assunto MERCOSUL em que algumas dessas inquietações já estavam presentes. Publicarei uma série de textos, provocativos que podem até serem contraditórios, precederei assim, por que quero deliberadamente provocar uma reflexão, no mesmo sentindo que tenho refletido, e ao final de colocar todos esse elementos que com sorte serão enriquecidos com seus comentários para tentar construir uma análise mais profunda e embasada do bloco seus desafios. Que a elucubração continue... O bloco é estratégico para o Brasil em s

Que país é esse? (É a p&%$ do Brasil!)

Generalizações são estúpidas eu tenho consciência disso. E sei que esse é um blog de relações internacionais, mas vez ou outra, assuntos distintos despertam a vontade de escrever. E tenho me perguntado nos últimos dias que porcaria de país é esse que vivemos? Espalharam-se pela internet as imagens de ofensas coletivas e ameaças a uma jovem estudante de turismo da tal Uniban. Que foi vítima de tal perseguição por que estaria com um vestido pequeno demais!!!! Ora mas que p... é essa! Desde quando o traje de alguém da margem a cenas de barbárie e tentativas de humilhação e condenação de alguém. Eu sou católico (praticante, existiria outro tipo?) muito devoto e tenho bastante claro que HOMENS e MULHERES devem evitar comportamentos escandalosos e serem modestos ao vestir como forma de piedade com o próximo. Esse como todo chamamento moral é feito as nossas consciências individuais, temos a liberdade de optar ou não em aceitar em chamado. Agora nem meu apreço a esse valor moral e relig

Enfim um pouco de bom senso

A crise hondurenha parece chegar ao fim com o aceite da nova versão do plano Arias por parte do presidente deposto e do presidente interino. A imprensa dá destaque aos pontos do acordo, que na verdade consagra a saída mais lógica para a crise que é a saída eleitoral. Desde o primeiro texto aqui deixei claro que uma solução para essa crise só seria possível com o peso do Departamento de Estado da EUA, que demorou a agir e foi reticente no inicio da crise, numa clara tentativa da Chanceler Clinton e do Presidente Obama de demonstrar uma suposta guinada em relação a política do governo anterior. Por isso mesmo a despeito de uma pressão dos republicanos no Congresso mantiveram uma posição alinhada ao pensamento dos países latinos. Desde a deposição ficou claro que Zelaya não possuía condições políticas de administrar o país e a posição de retorno incondicional defendida pela ALBA, pelo Brasil e pela OEA era inviável. A recusa em negociar ou reconhecer o governo de fato, como gosta a im

Notas Curtas

MERCOSUL: A questão das licenças automáticas de importação começa a causar desconforto maior entre os exportadores que já pressionam o governo brasileiro a acionar o Órgão de Solução de Controvérsias da OMC. Mesmo com a aplicação de reciprocidade por parte do Brasil, há uma percepção que retaliações brasileiras acirram os ânimos, principalmente entre os importadores e ondas nacionalistas no empresariado “hermano”. De todo modo é só mais uma evidencia do pouco aprofundamento comercial do bloco. Que se pretende ser comercial. MERCOSUL II: Agora só depende do plenário do Senado Federal para que o Brasil aprove a entrada da Venezuela no bloco, resta, contudo, para ser efetiva a aprovação do legislativo paraguaio. 80 ANOS: Da infame terça-feira negra que marcou o ponto sem retorno da crise de 29 a maior crise econômica da história e a primeira a ser bem documentada pela imprensa e cinema. A crise deu fim de vez ao que sobrou do otimismo período da Belle Époque que já ruíra com os hor

Um belo contra-ataque

Não vou falar aqui da mais nova controvérsia entre Brasil e Argentina sobre as licenças de importação, tampouco é um texto sobre defesa e os combates na Ásia, em especial no Afeganistão e Paquistão. O texto aborda a interpelação que o governo interino de Honduras faz contra o Brasil no âmbito do Tribunal Penal Internacional, claro sediado em Haia. Devo salientar que essa é uma área do Direito Internacional que não tenho muita familiaridade, portanto, não tecerei comentários jurídicos profundos que cabem a mentes mais habituadas ao Direito Internacional. (pra citar algumas que levo muito a sério, mesmo não sendo as figurinhas carimbadas: Dra. Josycler Arana, Dra. Ana Paula Dourado Sant’anna, Dra. Daniela Rodrigues Santos, Bacharela em Direito Débora Cristina Cruvinel Matos, Bacharela em Direito e em Relações Internacionais Carolina Valente, sim tenho a sorte de ser cercado de mentes jurídicas geniais ao que se soma uma visão muito particular feminina). Vou me fixar aqui ao aspecto p

MERCOSUL, Venezuela e o Senado Federal

O tema MERCOSUL bastante presente na agenda de debates e pesquisa de especialistas e estudantes em relações internacionais nem sempre tem a mesma atenção na imprensa brasileira ou por parte dos políticos. Claro essa condição se interrompe sempre que há alguma escaramuça comercial ou alguma polêmica. Por parte da impressa creio ser natural, já por parte dos políticos creio ser um sintoma de uma doença que a política brasileira sofre que a doença do esplendido isolamento, mas isso é tema para outra análise. Afastando-nos da digressão voltemos ao tema em análise. Muito se diz sobre o papel que o MERCOSUL desempenha na política externa brasileira, uma corrente defende que a integração aprofundada com os vizinhos cria estabilidade e reforça a liderança regional brasileira, além de criar cadeias produtivas integradas, diminuindo a dependência de mercados mais desenvolvidos. Outra linha defende que atrelar a PEB aos parceiros diminuiu nossa capacidade de acordos bi-laterais que poderiam ser

Tradição é tradição: Domingo é dia de atender aos leitores

Domingo passado não publiquei nenhum post nessa seção embora tenha travado um diálogo muito interessante e provocador com uma leitora que fez questionamentos extremamente avançados e que em vão assim que as obrigações profissionais permitirem uma série de posts. Outro dialogo foi trava em torno dos temas comumente abordados aqui e foram suficientemente esclarecidos por meio das postagens mais antigas dessa tag. Devo salientar que recebi um comentário muito honroso em uma dessas postagens sobre o curso e carreira. Não canso de dizer que não fora pelos leitores esse blog seria um exercício de futilidade. Essa semana recebi um questionário de mais um dos que desejam ingressar na carreira de relações internacionais. Algumas das questões são repetitivas, mas julgo pertinente respondê-las. O leitor [...] (como sempre resguardo a privacidade de meus interlocutores) me faz quatro perguntas, cada uma apesar de serem simples e concisas poderiam se desdobrar muito facilmente em um post, para cada

Algumas notas

Meus leitores compromissos pessoais e profissionais têm atrapalhado a freqüência e a qualidade das postagens aqui nesse nosso espaço virtual na próxima semana devo voltar a ter o tempo necessário para a escrita e pesquisa de qualidade. São muitos os temas que quero abordar e textos embrionários que tenho para terminar, tanto para publicar aqui quanto em minha coluna no excelente portal Mondo Post. Algumas coisas chamaram a atenção essa semana que mereceriam análises mais elaboradas, mas por força das circunstâncias anteriormente enumeradas não pude fazer, ainda assim tecerei alguns comentários. Sarkozy: Continua jogando pesado para obter a vitória na concorrência dos caças novos, a fabricante dos caças tem feito uma operação de relações pública e lobby forte na imprensa brasileira. Ele tem se pronunciado favoravelmente a revisão do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Esse último tema vale estudo, li opiniões de pesquisadores que defendem que o apoio francês seria apenas pró-forma

Bases americanas, fronteiras, Uribe, Lugo, Morales e Lula. Ou sobre helicópteros em chamas – II

Foi criado o tal Conselho de Defesa Sul-Americano, que se pretender ser eficaz e contribuir para a paz da região deveria articular ações coordenadas de combate, repressão ao narcotráfico, que é transnacional e violento por excelência. O Brasil se mostrou extremamente desagradado pelo aumento da presença militar na Colômbia dos EUA, mas não ofereceu alternativas a essa presença, liderança no cerco aos narcotraficantes (estejam transvestidos de guerrilheiros, milícias, ONG’s e por ai vai). Nesse sentido as negociações com a Bolívia, por exemplo, poderiam ter sido conduzidas dando a vitória pública ao regime boliviano que precisava se afirmar diante das expectativas que gerou e poderia em troca desse “prejuízo” com as refinarias e investimentos nesse país ter alcançado ao menos um compromisso de redução da área plantada com pés de coca nesse país e um combate e patrulhamento mais acirrado da fronteira além de cooperação policial mais estreita. Outro ponto são as negociações com o Para

Exposição em Brasília

Aos amigos que estão em Brasília extendo o convite que me chegou pelo minha querida amiga, colega de profissão empreendedora e empreendedora cultura Carolina Valente, que por meio de uma das suas empresas a TEMPO.

Bases americanas, fronteiras, Uribe, Lugo, Morales e Lula. Ou sobre helicópteros em chamas – I

Antes de qualquer coisa rendo aqui minha homenagem aos policiais militares mortos em confronto com traficantes no ultimo fim de semana na cidade do Rio de Janeiro. Esses homens, como muitos outros, morreram no cumprimento do dever, ainda que o real e tangível risco de morte seja inerente a escolha profissionais desses policiais caídos não diminui de maneira alguma a tragédia humana que é a morte de um pai de família. Deixo meus sentimentos de condolências a seus familiares e aos familiares de todos os que tombaram cumprindo seu dever. E não posso deixar, também, de estender essas condolências aos familiares do inocentes vitimas colaterais desse confronto. Nunca li nenhuma pesquisa que aborde estatisticamente como os cidadãos, políticos, servidores públicos (civis e militares) e acadêmicos vêem as questões de segurança nacional (quem souber de tal pesquisa, por favor, me diga), quais são as principais ameaças que são percebidas e assim por diante. Pelas publicações que acompanho e lei

Reflexão sobre análises, analistas e aplicações teóricas

Há algum tempo publiquei um texto sobre a análise das relações internacionais com base em redes. Sinteticamente, pode-se dizer que esse modelo análise a quantidade e a qualidade dos laços entre diversos atores do sistema internacional. A medição da posição relativa dos atores no sistema (se centrais ou periféricos) se dá pela quantidade de laços entre os atores e a natureza desses laços. Esse modelo permite que se veja as relações internacionais de uma maneira dinâmica admitindo que a fungibilidade de poder e a localização de cada ator varia de acordo com a estrutura e a natureza da rede. O que pode ser observado, por exemplo, ao se analisar o comércio internacional, onde os países emergentes são mais centrais no sistema e jogam como forças de conciliação fazendo a ligação entre atores da orla exterior do sistema com os centrais, já que muitas vezes não há laços entre esses dois grupos. Essa metodologia de análise é muito perspicaz para tentar compreender o papel de potências média

Liberdade de expressão: algumas linhas sobre debates virtuais e reais

Liberdade de expressão. O termo em si é carregado de simbolismo que carrega consigo de períodos históricos mais longínquos que nos remetem a invenção de prensa de tipo móveis que permitiu a cópia e disseminação rápida de informações, dando uma publicidade inédita as idéias. Em tempos mais recentes o termo empunha o simbolismo da reconquista da liberdade após períodos prolongados de sombras ditatoriais e autocráticas na América Latina, no Leste Europeu, na península Ibérica. O direito de expressão amplamente difundido nas revoluções burguesas retornava como bandeira de luta. No Brasil o fim da censura e sua proibição pela “carta cidadã” como se referia a Constituição Federal de 1988 o falecido Presidente da Constituinte e figura política emblemática Ulisses Guimarães. O direito de expressão como todo direito não é absoluto no sentido que o próprio corpo constitucional o limita, por exemplo, vedando o anonimato. Ainda que como princípio abstrato da democracia seja inviolável por que

Doha e agronegócio

Nesses últimos dias temos assistido na imprensa e no Congresso Nacional debates intensos sobre a questão fundiária que necessariamente passa por uma análise que tende a demonizar o agronegócio, inclusive na frente das “mudanças climáticas”. Sem me alongar nessas questões que serão tratadas com mais atenções em posts dedicados a cada um desses temas. Umas das minhas temáticas favoritas para pesquisa acadêmica são as questões do comércio internacional, em especial, o agrícola. Que embora tenhamos uma base industrial razoável, ainda é uma componente vital no PIB brasileiro e no comércio exterior. E também é no setor do agronegócio que está muito da nossa vantagem competitiva até mesmo para lidar com o passivo ambiental, com bicombustíveis. E sabemos como já escrevi aqui e muitos outros analistas apontam por que é claro que é o agronegócio que trava a rodada Doha, não só por que divide no consagrado eixo norte-sul, mas também divide os emergentes, inclusive opondo Brasil a Índia e Chin

Aos mestres com carinho

Condizentemente com a data de hoje vou aproveitar esse espaço que mantenho para homenagear os meus mestres que com seu apoio, orientação, incentivo e cobrança ajudaram a me formar, não só como profissional, mas definitivamente uma boa parte do meu caráter. E para isso começo com a formação educacional fundamental que me foi proporcionada pela querida professora eternamente “tia” Dina, que com seu trabalho e dedicação me alfabetizou há tantos anos, no Centro Educacional Planalto, onde passei tantos e saudosos anos da minha infância e adolescência. Nesse esteio também aproveito pra escrever algumas linhas para agradecer o apoio na formação do meu caráter que me foi dada pelos professores de iniciação esportiva, pessoal da Lance Livre esportes, como o Ricardo, Marcelo, ‘Major’ e Michael. As lições do esporte nos ensinam muito sobre respeito, tolerância, valor da preparação, aceitar as derrotas, saber ganhar, por sinal, saber se portar quando por cima é uma lição valiosa. Ainda na es

Notas Curtas

Nobel da Paz: Devo admitir que não tenho essa prestigiada condecoração em alta estima, o comitê que decide quem serão os laureados age muitas vezes de maneira ativista com nomeações que se bem pesadas e analisadas não estão a altura do que pretende ser o Prêmio Nobel da Paz.. No caso Obama creio que o apelo ao simbolismo e pela verossimilhança foi maior do que um prêmio por ações concretas que DE FATO levaram a construção da paz. O Comitê preferiu a força do símbolo, contudo, ainda há muito ainda que Obama precisa provar e agora para o bem e para o mal tanto o mandatário dos EUA quanto o próprio prestigio do Prêmio estão atrelados. Honduras: As negociações avançam, mas os métodos temerários de ameaças, bravatas e ultimatos continuam a ser utilizados, deixando o clima de inquietação constante.

De volta ao batente

Muita coisa aconteceu nesses dias em que tirei um pequeno recesso, afinal o mundo não pára. E as peças do quebra-cabeça das relações internacionais continuam a nos eludir a solução do mesmo. O reconfortante é que é justamente a busca pela compreensão dos fenômenos internacionais uma das forças motrizes desse blog, portanto, tudo se configura em um cenário que pode ser auspicioso para a produção e análise, muito embora, seja limitado pela minha própria capacidade. Agora com as energias renovadas aspiro a produzir os textos que vocês leitores merecem e que a deferência que nutro pela minha profissão exige. Mais tarde retomamos os textos deixo aqui esse aviso que voltei para a ativa.

Thank God It’s Fryday

Não quero aqui propagandear nenhuma grande rede de restaurantes, que por sinal muito freqüentei (consumindo muitas taças do tradicional Long Island Ice Tea) meu objetivo nesse texto é avisar a meus leitores que esse blog pode ficar sem atualizações até a próxima terça ou quarta-feira. Vou aproveitar alguns dias para descansar uma espécie de mini-férias estou a me prometer que não vou entrar na internet nesse período, mas posso passar por aqui para escrever. Afinal há tanta coisa acontecendo no mundo. Continuem a visitar e quem sabe na ausência de novos textos o arquivo possa aplacar um pouco da ânsia de vocês em lerem textos dos temas aqui propostos. É difícil não escrever com tanto exagero (ver post abaixo) e mistificação na cobertura internacional. Sem contar temas interessantes na agenda internacional, na agenda de pesquisa em relações internacionais, temas teóricos e a responder aos questionamentos de leitores. Deixo aqui meus votos de que tenham um bom feriado e que contin

Jogado a seus pés eu sou mesmo exagerado. Ou Acordo Brasil – Santa Sé

Ao abrir a página principal do portal UOL me deparei com uma notícia que dizia: “Senado aprova acordo com Vaticano que consolida o ensino religioso no Brasil” . Imediatamente cliquei a matéria de mesmo título é do portal Ultima Instância, que faz cobertura, como o próprio nome evidencia de legislações e atos jurídicos. Ao ler a chamada da matéria já imaginei as calorosas discussões com as tradicionais acusações a Igreja Católica, pensei comigo, serão dias quentes. Nessa hora lembrei que já havia lido esse acordo na época de sua assinatura e não havia nele esse elemento consolidador do ensino religioso nas escolas públicas brasileiras. Cheguei a pensar será um novo acordo? Um memorando de entendimento? A própria matéria, curiosamente, deixa claro que o acordo não institui obrigação nenhuma nesse sentido, a redação é bastante vaga, como é comum em acordos internacionais como bem sabe que acompanha as calorosas argumentações nos painéis abertos na OMC. Não é questão d’eu ser católic

Métodos de Negociação – Técnica Batna

[Texto originalmente escrito para minha coluna no portal Mondo Post] Tenho escrito nesse portal uma série de artigos sobre a atividade negociadora, a principio tenho abordado a questão conceitual, as habilidades individuais necessárias e como concatenar as matérias da graduação em relações internacionais, com essa atividade, assim venho enfatizando a importância da preparação, da capacidade de análise, da capacidade de controlar e usar as emoções e reiteradamente lembro o valor da preparação e do trato objetivo das questões, quando numa mesa de negociação. Nesse texto, introduzo uma ferramenta prática, muito usada na preparação de uma negociação internacional, que é construída sobre os trabalhos de (FISHER; URY. 1994), que é o sistema Batna (Best alternative to a negotiated agreement) que pode ser encontrado na literatura como Maana (Melhor alternativa à negociação de um Acordo). Esse método é apresentado não só na obra “Como chegar ao sim” dos autores já citados, editado pela Im

Notas curtas

Cúpula Brasil – UE: Surpresa! Brasil e Europa não entraram em acordo sobre mudanças climáticas e metas de redução de emissões de CO2 ou desmatamento. Contudo, é alentador o cenário em que há uma intenção de cooperar o que pode ser sinal que compromissos podem ser alcançados na Cúpula de Copenhagen. Cúpula Brasil – EU 2: Como no G-20 o Brasil mostra empenho em continuar e concluir a Rodada Doha até 2010, improvável, contudo, é uma mostra que pelo menos no nível do discurso ainda há uma disposição contra o protecionismo. Fica a dúvida caso a crise continue na Europa e EUA se essa disposição continua. Além dos problemas entre Brasil, Índia e China sobre as Medidas Especiais de Salvaguardas. Change that we can believe in: Barack Obama tem tido mostras desde que assumiu e essa semana não está a ser diferente no que tange a dificuldade de mudar as relações internacionais, mesmo sendo o líder da superpotência restante: a . Fez um discurso caótico, um dos piores que já lhe escreveram

A volta do bom senso?

Meus caros sei que Honduras é um assunto que está em todo canto. Aqui mesmo nesse blog são demasiados os textos, por algum momento tentou-se criar uma polarização primária entre pretensos democratas (que condenavam o golpe) e “brucutus da direita” (que defendiam a deposição de Zelaya). Não é preciso dizer que esse tipo de abordagem, além de ser demasiadamente ideológica e abre caminho para argumentos que na maioria das discussões caem em falácias como argumentos “ad hominem” e em linhas de argumento que se concentram em debates acerca de futilidade como “foi retirado de pijamas” ou acerca da Constituição de Honduras e nesse particular se perdeu a meada principal do assunto em minha opinião que é tentar estabelecer como se construiu o quadro que culminou na deposição. Como restaurar a normalidade institucional em Honduras? E a análise da atuação das terceira-partes no assunto, como Brasil, EUA, Venezuela, Nicarágua, Costa Rica, UE, OEA e ONU. Esses assuntos acabaram marginalizados n

Como já é tradicional domingo é dia de responder aos e-mails

Mais uma vez recebo o e-mail de um jovem que está lidando com as dificuldades profundas que são inerentes ao vestibular e a escolha de uma carreira no final da adolescência e claro as tradicionais indagações sobre empregabilidade, que são perfeitamente normais. Algumas respostas podem parecer redundantes para quem segue esse blog e por isso desculpo-me, mas é por que alguns fatos permanecem os mesmos. Além, dessas indagações há também outra bastante comum que aflige muitos vestibulandos que é optar ou não por outra graduação como forma de atenuar as dificuldades de inserção profissional. Feita essa pequena introdução vamos as respostas para questão central que é o pedido para que eu esclareça as áreas de atuação de um profissional de relações internacionais já que o leitor afirma que deseja trabalhar com qualquer coisa relativa ao internacional em ONG’s, consultoria, embaixadas. Vamos por partes cada uma dessas ocupações embora possam ter o mesmo título no cargo têm atribuições m

Rio – 2016. Ou muita calma nessa hora

Sou aficionado em esportes, em geral, quando não vendo telejornais estou a assistir um dos muitos canais dedicados a isso disponíveis na TV paga. E quando mais jovem fui jogador de basquete federado indo até a categoria juvenil, pratiquei natação, judô e jiu-jitsu, sei bem como o esporte coletivo ajuda a desenvolver o trabalho em equipe e o espírito esportivo, e sei como os esportes individuais ajudam a construir características de caráter que se trabalhadas conjuntamente com valores familiares e o indispensável estudo ajudam a formar indivíduos bem ajustados, cientes do valor da preparação, confiantes e com habilidades para trabalhar em equipe. Portanto, apesar de a vida ter me levado pelo caminho dos livros não ignoro que a boa formação individual inclui educação e iniciação esportiva, assim nenhuma objeção que eu possa levantar aqui não é feita com base em preconceitos contra a prática esportiva. A imprensa está como era de se esperar ouriçada com a vitória brasileira o ufanismo