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Doha e agronegócio

Nesses últimos dias temos assistido na imprensa e no Congresso Nacional debates intensos sobre a questão fundiária que necessariamente passa por uma análise que tende a demonizar o agronegócio, inclusive na frente das “mudanças climáticas”.

Sem me alongar nessas questões que serão tratadas com mais atenções em posts dedicados a cada um desses temas. Umas das minhas temáticas favoritas para pesquisa acadêmica são as questões do comércio internacional, em especial, o agrícola. Que embora tenhamos uma base industrial razoável, ainda é uma componente vital no PIB brasileiro e no comércio exterior. E também é no setor do agronegócio que está muito da nossa vantagem competitiva até mesmo para lidar com o passivo ambiental, com bicombustíveis.

E sabemos como já escrevi aqui e muitos outros analistas apontam por que é claro que é o agronegócio que trava a rodada Doha, não só por que divide no consagrado eixo norte-sul, mas também divide os emergentes, inclusive opondo Brasil a Índia e China.

Como é dia dos professores aproveito para reproduzir abaixo uma entrevista com meu dileto amigo, colega de turma e de profissão (por sinal já trabalhamos em inúmeros projetos juntos, desde co-diretores no Centro Acadêmico a projetos profissionais ali mesmo no Congresso Nacional, no caso da entrevista salão verde para ser mais específico, passando por uma gestão do mesmo CA comigo como presidente e ele como vice, sim meus leitores fiz política estudantil, mas não fiz política esquerdista), professor do Centro Universitário – UniDF, Rafael Duarte. A entrevista foi concedida ao Canal Rural, que detêm todos os direitos sobre ela. A reproduzo aqui com base no principio do “fair use”.

Como os leitores mais assíduos sabem não compartilho do otimismo do entrevistado, contudo, há argumentos interessantes.

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