Meus leitores compromissos pessoais e profissionais têm atrapalhado a freqüência e a qualidade das postagens aqui nesse nosso espaço virtual na próxima semana devo voltar a ter o tempo necessário para a escrita e pesquisa de qualidade. São muitos os temas que quero abordar e textos embrionários que tenho para terminar, tanto para publicar aqui quanto em minha coluna no excelente portal Mondo Post.
Algumas coisas chamaram a atenção essa semana que mereceriam análises mais elaboradas, mas por força das circunstâncias anteriormente enumeradas não pude fazer, ainda assim tecerei alguns comentários.
Sarkozy: Continua jogando pesado para obter a vitória na concorrência dos caças novos, a fabricante dos caças tem feito uma operação de relações pública e lobby forte na imprensa brasileira. Ele tem se pronunciado favoravelmente a revisão do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Esse último tema vale estudo, li opiniões de pesquisadores que defendem que o apoio francês seria apenas pró-forma. E são céticos quanto a aliança estratégica Brasil-França.
Contudo pode-se dizer com alguma galhofa que a parceria ou a convivência com o Brasil afetou ao mandatário francês que ao melhor estilo Sarney tentou emplacar seu filho em um importante cargo público. O menino Sarkozy acabou por sucumbir a pressão poder-se-ia dizer que esse ainda tem muito que aprender com Sarney.
Honduras: Continua o impasse, continuam as bravatas e continua o pesado clima a rondar como uma espada a cabeça da população, que continua a sentir os impactos da crise. Uma mediação externa poderia ser útil, mas ao se posicionar unissonamente ao golpe a chamada “comunidade internacional” perdeu a neutralidade essencial a quem quer mediar. Perdeu o Brasil uma boa chance de demonstrar poder e influência, como perdeu também Obama.
Continuo a me perguntar nesse imbróglio todo quem se preocupa verdadeiramente com as instituições, a estabilidade social e com o restabelecimento pleno da democracia hondurenha?
Discursos: Há quem pense que discursos são inócuos em relações internacionais, mas apreensão de um libanês pela polícia paraguaia, por ordem de prisão emitida pela justiça brasileira nos dá um exemplo de como o discurso reiteradamente contra Israel e de solidariedade “irrestrita” com os palestinos pode como já classifiquei aqui usando uma metáfora com vampiros ser o convite que permite que o mal entre em nossa casa. Por que digo isso? Ora esse cidadão libanês é procurado por ligações com o trafico de drogas e parece ter ligação com o Hezbollah, inclusive segundo autoridades paraguaias ele seria um enviado para reorganizar o grupo na região o que parece corroborar as teses de que o tráfico é uma das fontes de financiamento do terrorismo internacional e de que a tríplice fronteira seria uma zona de transito livre desses elementos e rota financeira desses grupos. Oxalá que não seja tão profundo e arraigado como parece, por que nada mais alienígena ao Brasil que conflitos entre extremistas religiosos.
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