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Série Especial: Trabalhar com Relações Internacionais: Defesa e segurança

Esse terceiro texto da “Série Especial: Trabalhar com Relações Internacionais” nos oferece uma visão um tanto distante da nossa realidade. E nos mostra uma dimensão de atuação para o profissional de RI muito interessante e como verão exige perícia e muita coragem.

É muito interessante a didática exposição dos serviços que nosso correspondente de hoje faz. Eu conheci o nosso convidado em acalorados debates sobre relações internacionais pela internet a fora.

Por motivos óbvios o nome desse autor TEM que ser omitido. Antevejo alguma celeuma por conta da contundência e das opções de vida feitas por ele, mas querem saber se há algo que eu admiro é alguém que “talk the talk and walk the walk”, ou seja, alguém que não seja hipócrita e esse é o caso do autor de hoje. As lições podem ser facilmente colocadas em nossas vidas. O nosso autor não sabe, mas em nossos embates acadêmicos em fóruns especializados eu reconheci um irmão “contrarianista”.

O texto é longo, mas muito proveitoso. (O título é meu, como a alcunha dramática que uso). Imagens meramente ilustrativas retiradas da internet com base no príncipio do “fair use”.

Lições de um caminho pouco trilhado

Por Guerreiro X.

Conto com o entendimento do leitor no que concerne minha identidade e detalhes. Certos aspectos de funções ambas exercidas e a exercer exigem sigilo quanto a meu nome e detalhes maiores ou mais aprofundados. Quando Mário sugeriu um op-ed sobre o assunto, fiquei abismado e lisonjeado, porém apreensivo, sobre como por sem expor, por assim dizer, no papel experiências bastante fora do comum em IR. Muitas destas são por demais específicas de minhas circunstâncias e fora da esfera da maioria dos leitores, porém creio algum insight pode ainda ser obtido, dando perspectiva de campos diferentes disponíveis (e necessários!) dentro de IR. O texto terá um, estilo um tanto jactante, escrevo como falo, e faz décadas que não escrevo formalmente em Português. Acredito o Mário em seus esforços para contribuir com certa edição de meus, às vezes crassos, deslizes. Muitos irão dar de ombros, outros irão se irritar, outros irão ficar entre curiosos e suspeitos. Espero poder ter alcançado minhas metas, de qualquer forma, e provocar questionamento. Caso Mário quiser voluntariar, eu voluntario responder perguntas roteadas por ele, relevantes, sem adereçar específicos de identidade ou violar OPSEC. Obrigado pela oportunidade, e seu interesse.

Inicialmente, eu gostaria de enfatizar quão importante é, para qualquer pessoa decidindo seguir Rel Intl, aprender línguas. Note o plural. Pelo menos um passável entender, não somente o comum de achar que, por que Português é "perto" de outras línguas latinas/romanas, chega "entender" Espanhol, ou ter ouvido o tal disco do Renato Russo e ter pescado meia dúzia de palavras. Isso é importante, pois corresponde o que há de mais importante em relacionamentos entre populações: PESSOAS. Documentos legais podem e deveriam ser traduzidos quando afetam ou implicam povos além fronteiras, mas entender pessoas é essencial. Avicena, creio, disse que o primeiro papel do acadêmico deveria ser estudar línguas.

Devo salientar, antes, que tenho uma percepção, confirmada por prática e observação, de que o que se chama "relações internacionais" no Brasil é meramente um sacode novo em "comércio internacional". Existe uma carência - ou existia uns dez a quinze anos atrás, porém eu não creio que tenha sido sequer percebida - absurda de ambos oferta e interesse em quaisquer outros assuntos que não sejam comércio, tarifas e outros teréns profundamente tediosos dada a natureza do jeitinho reinante. E para quem quiser posar de soberbo ou indignado e achar que isso é uma visão simplista, abra um jornal e faça uma vistoria de quaisquer negócios, grandes, pequenos, privados ou estatais sendo conduzidos. Aí conversamos. Voltando ao assunto, a deficiência em ambos oferta e interesse em cursos de assuntos outros que não comércio exterior segue a mentalidade do "tem que exportar" que assalta a gerência do país fazem décadas. Perdemos, dessa forma, duma inteira geração, a perspectiva HUMANA de relações internacionais.

Gosto de pensar que trabalho com segurança. No fim das contas, isso implica fazer malabarismo com percepções. Sim, se você não leu titios Guevara, Gyap, Marighella, Sun Tzu, van Creveld, e tantos outros (1) nem se preocupe em sequer pensar sobre isso antes. Creio poder opinar sobre o assunto, pois tomei passos que eu recomendo a todos que quiserem fazer qualquer coisa na vida: saia dos livros, pule de cabeça e arrisque, atreva-se. Após uns bons doze anos estudando RI, decidi por ação onde palavra somente existia, e fui ver o lado da lama, suor e sangue de segurança. Aos 32 anos, entrei para os serviços armados uniformizados Americanos, e fui parar no Iraq.

Permitam um desvio pessoal para explicar a perspectiva, já que creio muitos devem estar horrorizados com ambos estilo e como abordo o assunto.

Vivo, não somente "moro", nos Estados Unidos (U.S.), faz quase vinte anos. Uso nomenclatura não convencional para o Brasil. Prefiro deixar nomes de países o mais próximos possível do original, pois desprezo a mania Lusitana de entortar realidade para caber na visãozinha estreita deles. Por exemplo, "Iraq" é uma transliteração de como soletra-se, em Árabe, o nome do país, não IraqUE. Outros exemplos seguem mesma forma.

Cresci sob auspícios da "Salvadora", pegando o fim da infame ditadura estabelecida pelo Golpe, não "revolução", de 1964. Minha família foi alvo de perseguição bastante ativa pelos recursos de repressão política do governo de então. Tive uma experiência envolvida em movimento estudantil, tendo sido parte de AMES-RJ e UNE. Comecei faculdade no Brasil, UFRJ, idos de começo dos anos 90. Não foi RI, até porque nem se ofereciam, creio*, cursos. Par de anos após, fui arrastado, literalmente, pela família para ir morar nos U.S.. Em princípio, eu pensava serem todos gordos e burros demais lá, para eu sequer considerar mudar, o que havia sido confirmado por ir passar temporadas; família morava lá há um bom tempo, e fiquei no Br para estudar. A perspectiva de gordos e burros foi confirmada em sua maioria, porém não inerente à cultura, percebi isso depois. A malandragem do Gerson esquece que, quem vive bem, pois planeja, pensa e aplica, não deve ser ridicularizado por quem nem consegue sair da morrinha de República Banana em perpetuidade.

A grande diferença de morar "fora" é um abrir de horizontes. Diria que existe uma acomodação, mistura de inércia pura e covardia mesquinha, em todos, e isso só se quebra quando se sai da "casquinha" do ovo. Eu chamo de "síndrome de porteira". O mundo acaba ali na porteira da fazenda, uai. Basta pensar na ilusão que é raiz fundamental, essencial do Estado Nação: o Outro é Mal é o “somos melhores”. Demonizar é nos regozijar de quem achamos que somos. Se você, leitor e presumido estudante ou praticante de RI AINDA não percebeu isso, bem, eventualmente vai, ou a casquinha vence.

Fora as oportunidades óbvias, advindas dum mercado não atrofiado e uma cultura de responsabilidade fiscal e política (que vem, por sinal, declinando vertiginosa e alarmantemente, aqui nos U.S.), ousaria propor que as oportunidades de crescimento pessoal são as mais importantes em ter experiência em viver no exterior. Enquanto muitos gastam vida trabalhando e assistindo tv, dediquei a quebrar a casquinha do ovo, fazendo de gerenciamento de risco uma ferramenta para derrubar barreiras interiores de medo ou do desconhecer. Sou acrófobo, portanto fui subir montanhas e paredões, o que havia iniciado de forma tentativa e tímida quando no Brasil. Tenho horror a me afogar e um definitivo medo de profundidades, portanto virei mergulhador "técnico"(2). Partilho do horror atávico de estar fechado num buraco escuro, frio, onde posso me afogar, portanto acabei virando mergulhador de caverna, dadas localizações e conhecidos na área. Creio que chega de elaborar sobre minha filosofia pessoal de cair de cabeça no que se interessa, e principalmente no que nos assusta como forma de crescimento pessoal e de trocar de pele, saindo da apertada pele da acomodação.

Voltando ao cerne do texto, a mensagem é quem não está disposto a arriscar e buscar excelência, não deveria sequer considerar RI, fora de comércio exterior, como campo. Existe muito de HUMANO ali, que deve ser segurado pela crina, e abraçado como seu, de alma E corpo, para poder ser entendido. Se sua ambição máxima é buscar um salário num campo disponível, eu recomendo contabilidade. Sempre precisam, é confortável, sem desafios, e seu maior risco será errar uma entrada numa database. Porém, se você se dispõe a encarar os problemas que existem, sejam essenciais ou sistêmicos, em entender (e agir com) relações entre Nações (culturas) e Estados, bem-vindos ao grupo, irmãos e irmãs; o buraco é mais embaixo.

Gastei cerca de uma dúzia de anos estudando - livros, óbvio - segurança. Percebi o quão capenga esta visão era, e quão inevitavelmente inócua e ausente de impacto. Após terminar meu mestrado (3), aonde escolhi seguir o "track" de Identidade e Segurança, decidi num arroubo de frustração com academia, ir por mãos na massa, por assim dizer. Minha tese era, então, descritiva de guerra assimétrica, suas características determinantes, histórico e resultados de esforços de Estados neste plano, e a assim-chamada guerra de "Quarta Geração" (Fourth Generation Warfare, 4GW, vide Dr Lind's work). Fui treinado para lidar com guerra bio-química-radioativa (CBRNE), que é essencialmente lidar com resultados e consequências de uso das assim-chamadas WMDs (armas de efeito massivo, sejam bio-químicas, radioativas ou alto-explosivos). Acabei como reconhecimento blindado leve, no conflito do Iraq (OPERATION IRAQ FREEDOM, sub ONAGER STORM '07/'09 - vide nomenclatura militar). Isso proveu oportunidades de VER em primeira mão os ambientes ambos geográficos e humanos do que distantemente se refere em reports e livros. Vi o que quis e o que não queria ver, menos do que queria e bem mais do que esperava, ou precisava. Após um tour na "sandbox", entrei para uma unidade que lida com CT/COIN (Counter-Terrorism/Counter-Insurgency), especificamente reação imediata a uso de WMDs, busca e apreensão de material, pessoal e inteligência (vide nomenclatura militar) relacionadas a terrorismo.

HTS

Publiquei alguns textos e apanhados de minha tese em fora de segurança, infelizmente um deles é fechado a público, e o restante foi fechado (vide D-N-I.net). Pelo menos um dos fechados foi lamentável, pois proveu o campo fértil donde nasceu

Terminei meu tempo no serviço uniformizado armado, porém não considero satisfeita minha busca de contribuir no campo de segurança. Correntemente, procuro adentrar em serviços de Inteligência do governo Americano, porém eu tomaria o tempo e espaço para fazer leitores conscientes de programas como Human Terrain System (HTS - vide links abaixo), uma iniciativa civil e militar, aonde as forças armadas uniformizadas Americanas contratam ou terceirizam cargos de ‘liaison’ entre tropas aonde o conflito está comendo solto, e populações indígenas, para lubrificar - por assim dizer - relações, essencialmente alugando finesse de quem é um expert ou estudante de relações humanas (dica, dica, RI). Escolhi este programa, pois tive contato, e posso prover informação suficientemente detalhada para dar idéia de como funciona. Convenciona-se chamar circunstâncias sociais, não formais, em qualquer conflito de "terreno humano", em contraste ao geográfico ou definido por fronteiras reconhecidas, provisões governamentais, etc. A palavra chave é cultura.

O programa é aberto a pessoal qualificado, não somente em capacidade acadêmica, porém com experiência em pesquisa relacionada a antropologia, sociologia, línguas e linguística, e - óbvio - RI. É restrito a pessoas que possa obter uma "clearance" de segurança, portanto exige residência (o assim-chamado "green card") ou cidadania Americana. O motivo pelo qual ainda sigo descrevendo, dado que a maioria dos leitores não se encaixam, é que este programa é modelo bem sucedido e está sendo seguido por forças armadas e órgãos e agências de Segurança pelo mundo. Não me surpreenderia vendo um programa como este aparecendo no EB, tendo seus deveres relativos a UNPROFOR e tais. Agências não-Governamentais e internacionais, tais como UNSEC e outras oferecem programas similares, para observadores seguindo os capacetes azuis em zonas de conflito.

HTS é, em base, ter uma pesquisa ou tese relevante à área ou população, língua, cultura, etc, e usar este conhecimento e oportunidade para colaborar com tropas em esforços de COIN (Contra-Insurgência). Sejam como intérpretes, analistas, pesquisadores, interrogadores, ou coletores de inteligência humana ou de sinais, o Human terrain Analist/Specialist (HTA/S) é experiente na área de pesquisa humana, ou em serviço militar. Sua função básica é prover uma interface, conselho, insight ou uma certa lubrificação na interação entre comandantes de tropas fazendo o serviço real de COIN e elementos civis relevantes, sejam estes políticos locais, chefes de clãs, vilas ou tribos inteiras. É um trabalho perigoso, dado que o HTS opera onde a cobra fuma. É viver como um soldado, dormindo pouco e andando muito, sabendo que a qualquer momento um maluco pode tentar descarregar um rifle de assalto em sua direção. Em compensação, poucas pessoas no mundo podem se dizer tão bem protegidas, dada a sua escolta. É o mais próximo que qualquer civil pode chegar a ser um "comando" ou "operador" de Forças Especiais. Existem requerimentos de forma física mínimos, mas estes são adereçados durante treinamento.

Durante seu trabalho com as tropas, algum - se não muito - tempo é permitido para conduzir pesquisa relevante a seu campo acadêmico. Digamos alguém tem interesse na tribo dos Nuthsap, e suas peculiares tradições. Esta pessoa aplica para processo de seleção, durante seu PhD, pedindo licença para a universidade. Incidentalmente, muitas universidades concedem créditos por tal período, sendo aceito como pesquisa. Durante seu tour no Hotashellistan, você exerce seus deveres de auxílio e análise de interação, E estuda os Nuthsap em primeira mão, sem filtros, sendo pago por isto. É uma oportunidade deveras singular de combinar interesses acadêmicos, crescimento pessoal e pecuniário, sem similar ou equivalente fora do ambiente de COIN.

O processo de seleção é gerenciado pela BAE, terceirizado sob auspícios do Exército Americano (DoA/U.S. Army). Existem posições de gerente de pesquisa, analista, líder de times, intérpretes, cientista sociais, etc. O contrato é de um ano, do qual nove a dez meses são gastos em teatro de operações, dois meses em treino e um mês em "de-briefing". Pessoas com residência e outros requerimentos, qualificações e aptidões aplicam, são aceitos e ingressam na escola, localizada em Fort Leavenworth, Kansas, USA. O treino lá consiste de parte briefings sobre o que é esperado e exigido do especialista (HTS), condicionamento físico e aclimatização com zona de combate. Pense nisso como um Basic Combat Training, versão Diet/Light. Nada traumático, mas a melhor maneira de entrar em forma acessível a pessoal de RI. HTSs não andam mais armados, porém recebem treinamento em uso de armamento leve ("small arms", leia-se qualquer coisa abaixo de um lançador de granadas ou mísseis de ombro), e equipamento de proteção similar ao usado pelas tropas, porém com consideravelmente mais flexibilidade no uso e configuração destes.

O programa já ofereceu remuneração muito melhor, a BAE é conhecida por ser muquirana e gerenciar programas de forma espartana no que concerne "procurement" de recursos. No entanto, ainda é um retorno fiscal mais alto do que um trabalho típico de classe média Americana, e certamente mais alto do que qualquer emprego acadêmico, em qualquer lugar do mundo, em RI. Leve em consideração os riscos e exigências. Contratos podem ser renovados, mesmo processo de aplicação, menos a necessária "clearance", dada esta já existente. Muitos que participaram do programa, em diversas capacidades, renovaram e continuam renovando. Até onde sei, não existe um limite de renovação de contratos, fora sua capacidade de agüentar o puxado batente de um HTS.

Nem todos podem, talvez, procurar tal caminho - bizarro sob certo aspecto, e certamente peculiar. Porém muitos, mesmo com ausência de interesse de mercado e oferta de aulas, podem se beneficiar de oportunidades similares, e procurar variedade no que definimos como RI. É certamente relevante e disponível como mercado de trabalho. Ademais, se é que posso transmitir uma lição, é de que NUNCA deveriam seguir o rebanho. Atropele o rebanho, de direção inesperada a este, se quiser realmente causar um impacto - lição de guerrilha que se adéqua a academia, negócios ou mesmo relacionamentos familiares. Arrisque, pense diferente, saia do caminho fácil e simples, deixe de lado suas pré-concepções, evite pré-conceitos, mas desenvolva seus pós-conceitos. Somente assim deixa-se de lado a casquinha do ovo, e se abre a porteira da fazenda. Espero que vocês achem suas veredas interessantes, inesperadas sempre, e que estas produzam o efeito de estranhamento do familiar, para que possam crescer, realmente.

Fica a dica.

(1) recomendo pular, a não ser pelas declarações óbvias, o patético von Clausewitz (a/k/a Captain Obvious). Se você PRECISA ler von Clausewitz, é sinal de que não tem imaginação necessária paa comecar a pensar sobre segurança. Vide record dele no ambiente de segurança.

(2) uma nomenclatura infelizmente estabelecida, que chama qualquer um que use misturas diferentes de gases para diferentes profundidades e perfis de mergulho "técnico". As pessoas que fazem isso chamam de "o único jeito".

(3)Florida International university, pros curiosos, um programa surpreendentemente excelente dentro duma universidade de outra forma pouco impressionante. Dei sorte em estar, então, na área e de iniciarem um programa pioneiro, em termos de oferta de variedade de cursos e perspectivas. Estudei sob professores com nomes variados, que traem suas origens e perspectivas diferentes, tais como Dr Wolf, Dr Onuf, Dr Kowert, Dr Mesbahi, Dr Prugl, Dr Clark, Dr Debrix... para não mencionar outros menos permanentes que pipocavam ali volta e meia para um seminário, Dr Ruggie, Dr Waltz, entre outros. Sou grato e aprecio os insights que estes puderam compartilhar, e gostaria de deixar registrada aqui minha gratidão a todos estes.

LINKS

HTS HOME. Accessed December, 2011.

http://humanterrainsystem.army.mil/

Kipp et al. in Military Review, Sept-Oct 2006.

http://www.army.mil/professionalWriting/volumes/volume4/december_2006/12_06_2.html

Forte, Maximillian. in Zero Anthropology Net, Feb 2011.

http://zeroanthropology.net/2011/02/19/declaring-the-u-s-army%E2%80%99s-human-terrain-system-a-success-rereading-the-cna-report/

Sem citation, pelo valor de busca

http://www.indeed.com/q-Human-Terrain-System-l-Leavenworth,-KS-jobs.html

*NOTA DO BLOG: O primeiro curso de RI do Brasil data de 1974, em Brasília, na UnB.

Comentários

Bruno disse…
Sempre gostei de ler noticias de seguranca e ate mesmo praticar alguns esportes que lembram guerra( Airsoft) mas trabalho com isso, nao sei nao...

parabens pelo blog.
www.garrotebox.com
Leticia Spezani disse…
Muito Bom. É ótimo ver que o campo de RI é extenso. Defesa e segurança é sem dúvidas uma área pouco explorada por graduandos em RI, principalmente por não ter muita informação a respeito. Ótimo trabalho Mário em divulgar informações tão interessantes e pouco discutida para alunos de RI.

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