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Um duro golpe a MINUSTAH, um duro golpe no Haiti

A tragédia humana que esse terremoto de cerca de 7º que atingiu ao Haiti, principalmente sua capital Porto Príncipe, ainda é incalculável dado as escassas noticias que de lá chegam. É óbvio para qualquer um que um terremoto dessa magnitude atingindo ao mais pobre país das Américas é uma desgraça na acepção mais correta dessa palavra.


A resposta humanitária terá que ser rápida e concertada entre várias nações (que felizmente já começam a enviar ajuda) será preciso enviar pessoal e equipamento para que se possa efetuar resgate e inicia de alguma maneira a limpeza e reconstrução. E isso é claro será muitíssimo dificultado pela falta de ordem e pela muito precária capacidade de resposta do governo local.

As forças de estabilização da Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (MINUSTAH – Em francês), também, foram atingidas e não estão funcionando em capacidade de resposta. Um trágico exemplo foi à queda do hotel que servia de sede para a ONU no país. O que pode gerar o chamado ‘Efeito Katrina’.

O caos inicial que se instaura no país justifica uma medida de reforço das tropas para que se possa manter alguma ordem e assim se possa efetuar a ajuda de maneira correta.

Nesses primeiros momentos é difícil construir uma análise mais equilibrada, mas nos próximos anos a missão ficará muito complicada devido aos fatores de debilidade institucional e de infra-estrutura.

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