Brasil e Argentina preparam um arranjo de cooperação internacional para estimular as exportações do setor lácteo, que antes da crise entre o governo Kirchner e os produtores rurais era um dos mais proeminentes setores agro-exportadores da Argentina.
Esse acordo se concluso será um passo interessante de aproximação Brasil e Argentina que sempre foram concorrentes nesse setor, os termos do acordo não são públicos ainda, mas segundo depoimentos midiáticos, seria um arranho voltado para exportações para fora do MERCOSUL e contará com as participações do Banco de La Nación e BNDES.
Ainda há uma tensão no setor nacional em cooperar intimamente com um concorrente como fica claro na declaração do presidente da Câmara Setorial, Rodrigo Alvim. Declarou:
“Só concordamos com a construção dessa cooperação se for para que os dois países se transformem numa plataforma de exportação de lácteos para terceiros mercados”
Muitos analistas temem o aumento da participação dos setores agrícolas e de commodities metálicas na vida econômica, mas é preciso ter em mente que esses setores sempre responderam por grande parte da nossa pauta de exportações, principalmente por que são setores de posição comprada (isto é, os compradores precisam desses produtos, não é necessário um esforço de venda, como um avião da EMBRAER exige, por exemplo). E por aspecto humanista, quanto maior for a quantidade de produtos agrícolas transacionados no mundo, melhor será a produtividade, mais baixos serão os preços e mais pessoas terão acesso aos alimentos. E como todos sabemos os seres humanos precisam comer (perdão pela tautologia).
Deixo um curto vídeo que trata do assunto, exibido pelo Canal Rural, que disponibiliza os códigos para inserção do vídeo aqui, mas continua a ser detentor dos direitos autorais sobre o mesmo. Um dos entrevistados é o coordenador do curso de relações internacionais da UDF, Rafael Duarte.
Comentários