Pular para o conteúdo principal

Notas curtas eleitorais

Alemanha: Depois de uma campanha morna em que temas como a guerra do Afeganistão e agenda ambiental não foram devidamente abordadas a anti-Obama (não por causa da raça, por favor, mas por ser reconhecidamente nada carismática), Ângela Merkel alemã de origem na antiga Alemanha Oriental se reelegeu, agora se espera uma aliança com o partido de ideais liberais, guinando o governo alemão para o que se pode chamar de centro-direita. Isso demonstra que apesar da crise as medidas do governo alemão foram bem avaliadas pela população desse país que tem desafios econômicos e sociais a frente, mas que tem mostrado ao mundo grande lições de superação do passado e é hoje em dia para o bem e para o mal um país dos que costumamos classificar como multicultural. A esquerda mais radical e sua vertente verde também avançaram o que prevê um cenário de oposição ativa na por vezes, ‘sem sal’ política alemã.

Portugal: Os socialistas perderam espaço, mas ainda mantiveram cadeiras suficientes para reeleger José Sócrates, com uma enorme abstenção de 40%, nos próximos meses se realizam as eleições municipais que darão o mapa completo da política portuguesa.

Interessante notar um avanço da direita européia desde as eleições para o parlamento europeu. Algo para ser devidamente avaliado em tempo oportuno. E como eu sei que meus leitores são inteligentes hão de saber a diferença entre extremos e moderados. Não é uma guinada pela extrema direita, e sim a direita, natural no jogo democrático.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Colômbia – Venezuela: Uma crise previsível

A mais nova crise política da América do Sul está em curso Hugo Chávez o presidente da República Bolivariana da Venezuela determinou o rompimento das relações diplomáticas entre sua nação e a vizinha Colômbia. O fez em discurso transmitido ao vivo pela rede Tele Sur. Ao lado do treinador e ex-jogador argentino Diego Maradona, que ficou ali parado servindo de decoração enquanto Chávez dava a grave noticia uma cena com toques de realismo fantástico, sem dúvidas. Essa decisão estar a ser ensaiada há tempos, por sinal em maio de 2008 seguindo o ataque colombiano ao acampamento das FARC no Equador. Por sinal a atual crise está intimamente ligada aquela uma vez que é um desdobramento natural das acusações de ligação entre a Venezuela e os narco-gueriilheiros das FARC. Nessa quarta-feira o presidente da Colômbia (e de certa maneira o arquiinimigo do chavismo na América do Sul) Álvaro Uribe, por meio de seus representantes na reunião da OEA afirmou que as guerrilhas FARC e ELN estão ativas...

Empregos em RI: Esperança renovada

“A esperança não é nem realidade nem quimera. É como os caminhos da terra: na terra não havia caminhos; foram feitos pelo grande número de passantes.” Lu Hsun. In “O país natal”. O tema empregabilidade domina os e-mails que recebo de leitores e os fóruns dedicados a relações internacionais. Não por acaso deve haver pelo menos 30 textos dedicados ao tema nesse site. E sempre tento passar minha experiência e as dos meus amigos que acompanho de perto. O tema sempre volta, por que sejamos francos nos sustentar é algo importante e vital se me permitirem essa tautologia. Pois bem, no próximo dia 19 de novembro ocorrerá uma grande festa que encerrará os festejos de 15 anos de existência do Curso de graduação em Relações Internacionais da Universidade Católica de Brasília. E como parte dos preparativos para essa data temos empreendido um esforço para “rastrear” todos os egressos de nosso curso. Nesse esforço temos criado uma rede de contatos e o que os dados empíricos me mostram é um tes...

Ler, Refletir e Pensar: Libya's Terrorism Option

Mais um texto que visa nos oferecer visões e opiniões sobre a questão da Líbia que é sem sombra de duvida o assunto mais instigante do momento no panorama das relações internacionais. Libya's Terrorism Option By Scott Stewart On March 19, military forces from the United States, France and Great Britain began to enforce U.N. Security Council Resolution 1973 , which called for the establishment of a no-fly zone over Libya and authorized the countries involved in enforcing the zone to “take all necessary measures” to protect civilians and “civilian-populated areas under threat of attack.” Obviously, such military operations cannot be imposed against the will of a hostile nation without first removing the country’s ability to interfere with the no-fly zone — and removing this ability to resist requires strikes against military command-and-control centers, surface-to-air missile installations and military airfields. This means that the no-fly zone not only was a defensive measure...