Pular para o conteúdo principal

E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou [o feriado acabou] e agora José?

O feriadão terminou de volta ao batente, de volta a deliciosa, mas solitária rotina da escrita, que na minha tem se mostrado, infelizmente, uma atividade que só é profícua quando isolado. Não combinado com convívio intenso com amigos, familiares e entes queridos, não implicando em um isolamento de ermitão, mas exige um tempo para refletir, ler e revisar (o famoso copy desk) o texto, ainda que minha pouca destreza com essa última parte seja notória, não por falta de sinceras tentativas de evolução.

Esse texto é só um sinal de vida, um lembrete que esse blog está em pleno funcionamento e muito há para que se analisar, não só na seara das análises conjunturais internacionais, análises de política internacional, de política externa e das temáticas do dia a dia (como a crescente fragilização das instituições democráticas na América Latina, defesa e compras governamentais), como também, há muito que se discutir no pantanoso, contudo, essencial terreno da meta-teórica, das teorias das relações internacionais e das metodologias de análise. Em resumo, todas as nossas temáticas de costume serão retomadas. Quem sabe com um pouco mais de precisão e criatividade depois dessa pausa necessária.

De todo jeito é bom voltar ao nosso convívio, troca de idéias e interação, em especial com aqueles que me escrevem em busca de minhas opiniões sobre o curso e o mercado de trabalho.

Para não perder o hábito de repetir reiteradamente um ponto: Estamos de volta ao ritmo normal.

Um abraço a todos os leitões que aqui lealmente retornam em especial aos que o fazem de longe do Brasil, da América do Norte, África (Moçambique e Angola), Portugal, tentarei diversificar a temática, contudo, tenho a impressão que a temática que aqui apresento me controla mais que o contrário.

P.S: Sim é muita “cara de pau” fazer um adendo a um poema de Carlos Drummond de Andrade.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Colômbia – Venezuela: Uma crise previsível

A mais nova crise política da América do Sul está em curso Hugo Chávez o presidente da República Bolivariana da Venezuela determinou o rompimento das relações diplomáticas entre sua nação e a vizinha Colômbia. O fez em discurso transmitido ao vivo pela rede Tele Sur. Ao lado do treinador e ex-jogador argentino Diego Maradona, que ficou ali parado servindo de decoração enquanto Chávez dava a grave noticia uma cena com toques de realismo fantástico, sem dúvidas. Essa decisão estar a ser ensaiada há tempos, por sinal em maio de 2008 seguindo o ataque colombiano ao acampamento das FARC no Equador. Por sinal a atual crise está intimamente ligada aquela uma vez que é um desdobramento natural das acusações de ligação entre a Venezuela e os narco-gueriilheiros das FARC. Nessa quarta-feira o presidente da Colômbia (e de certa maneira o arquiinimigo do chavismo na América do Sul) Álvaro Uribe, por meio de seus representantes na reunião da OEA afirmou que as guerrilhas FARC e ELN estão ativas...

Empregos em RI: Esperança renovada

“A esperança não é nem realidade nem quimera. É como os caminhos da terra: na terra não havia caminhos; foram feitos pelo grande número de passantes.” Lu Hsun. In “O país natal”. O tema empregabilidade domina os e-mails que recebo de leitores e os fóruns dedicados a relações internacionais. Não por acaso deve haver pelo menos 30 textos dedicados ao tema nesse site. E sempre tento passar minha experiência e as dos meus amigos que acompanho de perto. O tema sempre volta, por que sejamos francos nos sustentar é algo importante e vital se me permitirem essa tautologia. Pois bem, no próximo dia 19 de novembro ocorrerá uma grande festa que encerrará os festejos de 15 anos de existência do Curso de graduação em Relações Internacionais da Universidade Católica de Brasília. E como parte dos preparativos para essa data temos empreendido um esforço para “rastrear” todos os egressos de nosso curso. Nesse esforço temos criado uma rede de contatos e o que os dados empíricos me mostram é um tes...

O complicado caminho até a Casa Branca

O processo eleitoral americano é longo e complexo, sua principal característica é a existência do Colégio Eleitoral, que atribui aos candidatos uma quantidade de votos, que equivale ao número de senadores ou deputados (lá chamados de representantes) que cada estado tem direito no Congresso dos EUA. Esse sistema indireto de votação é uma fórmula constitucional enraizada no processo histórico da formação dos Estados Unidos, que buscava em um forte federalismo, criar mecanismos que pudessem minorar ou eliminar a possiblidade de um governo tirânico. Esse arranjo federalista se manifesta fortemente, também, na forma como a Constituição Americana é emendada, sendo necessário a ratificação de uma emenda aprovada no congresso pelos legislativos estaduais. São 538 votos totais no Colégio Eleitoral, a Califórnia tem o maior número de votos, com 55 e o Distrito de Columbia (equivalente ao nosso Distrito Federal) e outros 7 estados com 3 votos têm a menor quantidade, o censo populacional é usa...