Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de janeiro, 2010

Obama strikes back

Primeiro gostaria de me desculpar pela brevidade do texto. Os que dentre vocês já tiverem tido a ‘sorte’ de serem acometidos com Dengue sabem que apesar de não ser uma doença, em sua forma clássica, muito complicada do ponto de vista clínico ela dificulta muito qualquer atividade física e intelectual. A madrugada dessa quinta-feira começou com o muito antecipado discurso do 'State of the Union' proferido pelo presidente dos EUA Barack H. Obama. Que ao contrário do que era antecipado pelos comentaristas políticos das redes internacionais de noticias (CNN, BBC, Fox News) o discurso não foi uma guinada centrista de Obama. O tom do discurso foi desafiador e determinado a manter suas políticas e seus planos. Interessante notar uma volta de Obama a sua retórica de outsider ao criticar a maneira como o jogo político é conduzido em Washington. Contudo, Obama fez uma concessão (um tanto populista) a opinião pública americana a dizer que detestou ter que assinar o plano de resgate d

Política Sul-Americana

Uma interessante discussão acerca da política da América do Sul levada a cabo Globo News Painel, apresentado por Willian Waack, perdão por não ser um texto de minha própria lavra, mas um pequeno problema de saúde deve dificultar a atualização desse blog nos próximos dias.

Muitos discursos à frente. Ou semana agitada

Essa ultima semana do mês de janeiro será uma semana agitada na agenda mundial com encontros de toda espécie ocorrendo nos próximos dias. Reuniões tão díspares quanto a Cúpula sobre o Afeganistão e Reunião de doadores do Haiti ou Fórum Econômico Mundial e Fórum social Mundial. Além claro do sempre aguardado discurso ‘state of the union’ proferido pelo Presidente dos EUA. O Fórum Social Mundial que reúne organizações de sociedade civil de perfil esquerdista já teve inicio com bandeiras de sempre, esse será realizado em várias cidades próximas a sua tradicional sede Porto Alegre, além de contar com uma ‘sucursal’ por assim dizer em Salvador. No plano regional o evento tem sido palco de manifestações ligadas aos apoiadores da ALBA – Aliança Bolivariana para as Américas. Nessa terça-feira 27 tem inicio em Davos, Suíça o Fórum Econômico Mundial que reúne líderes empresariais, políticos, presidentes de bancos centrais, artistas e mandatários. A temática desse ano ainda, como não poderia

Um debate saudável

Existem várias definições de diplomacia construídas por vários pensadores influentes desse ramo e do campo cientifico das relações internacionais. De maneira mais ampla pode-se definir diplomacia como relações internacionais na forma de política pública. Ou seja, a diplomacia é a instrumentalização de políticas do estado voltadas para relações com o externo, como toda política pública a diplomacia é regida por princípios como o respeito à legalidade além de ser condicionada politicamente pelo grupo que exerce o poder. O estudo histórico nos brinda com linhas de política externa que são constantes ao longo de governos tão diferentes como regimes de exceção e governos democráticos. Essas linhas existem por que a construção da ação externa de um país é condicionada de algum modo por forças mais perenes que o dia-a-dia da política essas forças são derivadas do interesse nacional, um ente teórico das relações internacionais que se define de maneira ampla como o conjunto de idéias e projeç

Curso no Exterior. Ou domingo é dia de atender aos leitores

Mais uma vez me chega um e-mail com pedido de informação sobre o curso. Não canso de repetir que o contato com os leitores é a força motriz que mantém esse blog no ar e ainda que eu não escreva para agradar ninguém se não a mim é muito bom receber manifestações de apreço. Obrigado. Quanto à dúvida a dessa semana me chega de além mar, me chega das terras francesas e me enviada por um leitor de 22 anos. Abaixo trecho do e-mail como me foi enviado: Tenho umas duvidas e gostaria que o Senhor esclarecesse se possível, são: “Estudando eu, numa universidade européia, tenho mais chances de conseguir um bom emprego? E falo inglês e estudo francês, mas gostaria de trabalhar entre Brasil e Europa, somente essas línguas são necessárias, ou é preciso mais?” Uma boa universidade oferece várias oportunidades e bons professores, contudo cabe a você aproveitar ou não essas oportunidades para obter uma formação sólida. Quero dizer com isso que não será só a universidade que lhe dará uma melhor i

Ler, Refletir e Pensar

A utopia imposta Habito uma utopia que não é minha. Diante dela, os meus avós se persignaram e os meus pais entregaram seus melhores anos. Eu a levo sobre os ombros sem poder sacudi-la. Algumas pessoas que não vivenciam tentam me convencer - à distância - de que eu devo conservá-la. Porém, é alienante viver uma alheia, carregar o peso daquilo que outros sonharam. Aos que impuseram - sem me consultar - essa miragem, quero avisar, desde agora, que não pretendo deixá-la de herança para os meus filhos. SÁNCHEZ, Yoani. De Cuba com carinho. Ed. Contexto, São Paulo. 2009. p. 162 __________________ Yoani é uma conhecida, talvez a mais conhecida, blogueira cubana, que se arrisca fisicamente (como provou o episódio recente de seu espancamento por membros do aparelho de repressão cubano) para escrever o dia-a-dia da ilha. Seu blog é alvo de inumeras e até desleais controvérsias. O link aqui .

Notas Curtas

HONDURAS: Se aproxima a data de posse do próximo presidente como parte do movimento de distensão após a ruptura política do ano anterior, nesse sentido vemos a abertura de investigação por parte da Suprema Corte desse país. Ao mesmo tempo tramita no congresso uma lei de anistia que sirva para superar e pacificar as relações políticas do país, uma tarefa que não será muito fácil nem me parece muito factível. Resta saber se Zelaya vai aceitar o salvo conduto oferecido pelo presidente-eleito. E outra prova da dificuldade que citei acima é a recusa veemente de Micheleti de se tornar conselheiro do presidente-eleito. AINDA HONDURAS: Uma pergunta ainda resta quem estar a pagar as contas da representação diplomática brasileira em Tegucigalpa. A diminuição da atenção midiática sobre o tema abre para o Itamaraty uma oportunidade de sem muito alarde passar a reconhecer as eleições e contribuir para a normalização do status do país centro-americano. CHILE: A vitória de Sebastián Piñera, f

Uma merecida homenagem

Nessa quarta-feira dia 20 de janeiro chegaram em um avião da FAB os corpos de 17 militares falecidos no terremoto que assolou o Haiti. Os corpos foram recebidos pela guarda de honra da PE e pelos Dragões da Independência em seus imponentes e históricos uniformes. Uma homenagem digna a heróis caídos que se voluntariaram a arriscar suas vidas em nome de uma missão de paz, que para lá foram enviados por conta de cálculos estratégicos de políticos e diplomatas. Não foram vítimas da política, como milhões de jovens o foram nos séculos desde que a humanidade surgiu na face desse planeta, padeceram em missão nobre e reitero voluntária. Receberam os bonitos e doídos tributos que o cerimonial militar refinou por milênios hoje esses homens passam a integrar o pavilhão dos heróis da pátria, meus sentimentos ficam com seus familiares, seus pais, filhos, esposas, irmãos, irmãs, amigos e claro seus irmãos de farda. Eu que como muitos perdi meu pai de maneira intempestiva e inesperada imagino o

Uma breve reflexão sobre ajuda humanitária, interesses nacionais e a análise internacional

Continua a controvérsia em especial na mídia, já que ainda não houve tempo para se estabelecer na academia (o que vai quando os primeiros papers começarem a ser publicados) sobre a natureza a o tipo da ajuda dos EUA ao Haiti. Esse debate pode ser divido em dois tipos o concreto e o analítico – teórico. O primeiro se dá entre os formuladores de política externa e negociadores que representam os atores mais fortemente envolvidos que usam ou não a imprensa como mecanismo para galvanizar a atenção da opinião pública. O segundo debate é de certa maneiro subsidiário desse primeiro grupo já que envolvem acadêmicos, jornalistas, políticos não formuladores ou executores de política externa, cidadãos especialistas ou não. Quando afirmo ser derivado por que em certa maneira utilizasse de elementos comunicados pelo primeiro grupo como fundamento de analises e argumentações, ainda que haja um claro desequilíbrio no acesso a informação do teor exato das negociações e contatos entre os atores.

One year already

Exatamente há um ano Barack Hussein Obama 44° (eles gostam de numerar os presidentes) presidente dos Estados Unidos da América tomou posse. Eleito como queridinho dos comentaristas políticos do mundo e com uma agenda que era bastante indefinida com uma clara diretriz a mudança. Em maio publiquei aqui e no portal Mundo Post um artigo em duas partes intitulado ‘Welcome to the real world Mr. Obama’ em que eu fazia um breve levantamento dos principais desafios de política externa que enfrentaria seu governo. Nesse texto revisitarei essa metodologia e buscarei novamente analisar o que foi feito por região do global, é óbvio que as relações bilaterais dos EUA com as nações citadas é objeto em si para livros e mais livros, textos e mais textos, por isso essa análise não se pretende ser exaustiva. América Central Em meu artigo supracitado tratava que a maior ameaça a estabilidade nessa região eram a ‘maras’ (quadrilhas criminosas derivadas dos esquadrões da morte em Honduras e do fluxo

Pense no Haiti, reze pelo Haiti

Abri o editor de textos no intento de continuar a escrever uma série de texto que preparo para os próximos dias acerca de facetas teóricas das relações internacionais, mas me vi clicando no ícone novo documento em branco não há como deixar de pensar no Haiti, ainda mais por que em todos os canais noticiosos seja na internet, seja na televisão, nacionais ou internacionais o tema é tratado com destaque. Ainda pensei em escrever uma análise sobre o desconcerto da concertación com a eleição de Sebastián Piñera que rompeu os 20 anos de preponderância da referida coalizão. Contudo, ao pesquisar esse assunto fui bombardeado como já citei por todo tipo de análise de todos os matizes ideológicos e teóricos sobre as repercussões políticas dessa ajuda (eu mesmo escrevi nessa segunda um texto nesses moldes). A extensão do drama humano no Haiti é espantoso e ainda assim esse povo tenaz (uma característica humana em momentos de crise e de desespero) luta para restaurar algum ponto de normalidade

Haiti, ONU, Brasil e EUA ou ajuda humanitária uma questão de poder

A Folha de São Paulo e o Estado de São Paulo desse domingo trazem reportagens que dão conta de um ‘desconforto’ (para ser contido) das autoridades brasileiras diante da massiva ajuda americana e envolvimento político dessa nação na reconstrução do Haiti, que valeu as forças armadas dos EUA o controle (e de fato com esse controle um aumento da capacidade) do aeroporto do Porto Príncipe. Logicamente que a única superpotência restante tem uma capacidade operacional incomparavelmente superior a capacidade de um emergente, aspirante a líder regional, como o Brasil. Isso é uma constatação que não se converte em demérito do envolvimento e das capacidades das forças brasileiras nessa zona de desastre. A ajuda humanitária no campo teórico das relações internacionais é vista de maneiras distintas de acordo com o ‘DNA’ teórico do analista, como toda cooperação internacional o grupo ligado as teorias de matriz realista vêem a cooperação em termos de ganhos absolutos e o de matriz institucional

Tradição de domingo. Atender aos leitores

Antes de responder as cartas dos leitores dessa semana, devo antes pedir desculpa a esses leitores, já que essas respostas estão deveras atrasadas. Não vou me alongar a explicar assuntos de natureza pessoal, mas quero que saibam que a demora foi por motivos de força maior. Espero contar com a compreensão de vocês. Vamos as dúvidas. São três e todas versam de uma maneira ou de outro na categoria empregabilidade. Duas me chegaram por e-mail e uma terceira em forma de comentário que não é a maneira ordinária que recebo e trato dúvidas, mas é um meio de contato tão legitimo como qualquer outro, ainda que eu prefira por e-mail. Dois rapazes e uma terceira leitora totalmente anônima, não que isso importe. Transcrevo aqui na ordem que me chegaram e da maneira como foi me enviado, omitindo como sempre o nome desses leitores, por questão de privacidade. O primeiro leitor ainda não se decidiu completamente a respeito de cursar relações internacionais o e-mail:   “Além de analisar que pod

Ler, Refletir e Pensar

"O poder sempre acredita que é dono de uma grande alma e de largas vistas, que se colocam além da compreensão dos fracos, e que está realizando o serviço de Deus, quando na realidade está violando Suas leis. Nossas paixões, ambições, avareza, amor e ressentimento, etc. possuem tal sutileza metafísica e tão poderosa eloquência que se insinuam nos processos de compreensão e consciência e os convertem a seu favor" ADAMS, Jonh apud MORGENTHAU, Hans J. A política entre as nações: A luta pelo poder e pela paz . Ed. UnB. Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. IPRI-FUNAG. São Paulo. 2003. p. 177.

Aniversário de um ícone da não-violência

Em meio a noticias e imagens da tragédia do Haiti e a uma discussão sobre a conveniência ou não da participação brasileira, com protagonismo, frente à parte militar da MINUSTAH. Deparamos-nos naturalmente com um desafio de analisar racionalmente uma tragédia humana bastante grave na qual acabamos por ter duas reações primais: 1) falta de fé diante do tamanho da tragédia; 2) e a inspiração que vem dos exemplos daqueles que se transformam em heróis nessa hora mais crítica. Esses heróis anônimos ou não despertam o desejo de sermos seres humanos melhores, nesse intento há uma coincidência das datas, hoje 15 de janeiro de 2010 seria aniversário de 81 anos do pastor e ativista por direitos civis Martin Luther King Junior. Dr. King é reconhecidamente um dos símbolos da luta pela igualdade racial nos EUA, seu enfoque (que desagradou e desagrada ainda muitos ativistas) foi o caminho calcado na ética cristã e assim buscou a não-violência como meta e como mecanismo principal de trabalho. Fo

Tragédia no Haiti – Desafio logístico

Desde que as noticias do terremoto começaram a chegar terça-feira que o noticiário estar a ser dominado (como não podia deixar de ser) pelos relatos e analises sobre a crise humanitária gravíssima que se abateu no mais pobre país das Américas. A imprensa brasileira deu grande espaço (como não podia deixar de ser, também) a perda da fundadora e símbolo da Pastoral da Criança, a pediatra e sanitarista Dra. Zilda Arns. A morte da Dra Arns devo confessar senti com uma tristeza rara. Admirava o trabalho incansável, a intransigente defesa da vida que a caracterizavam, além de tê-la como exemplo de vida católica. São reproduzidas, também, a todo o momento as reportagens acerca dos soldados que foram mortos por esse terremoto e não posso deixar publicamente meus sinceros sentimentos de condolência aos familiares desses bravos combatentes, que se voluntariaram para essa missão de paz. Estendo essas condolências aos parentes de todos os mortos e desaparecidos. Feita essa pequena introdução

Um duro golpe a MINUSTAH, um duro golpe no Haiti

A tragédia humana que esse terremoto de cerca de 7º que atingiu ao Haiti, principalmente sua capital Porto Príncipe, ainda é incalculável dado as escassas noticias que de lá chegam. É óbvio para qualquer um que um terremoto dessa magnitude atingindo ao mais pobre país das Américas é uma desgraça na acepção mais correta dessa palavra. A resposta humanitária terá que ser rápida e concertada entre várias nações (que felizmente já começam a enviar ajuda) será preciso enviar pessoal e equipamento para que se possa efetuar resgate e inicia de alguma maneira a limpeza e reconstrução. E isso é claro será muitíssimo dificultado pela falta de ordem e pela muito precária capacidade de resposta do governo local. As forças de estabilização da Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (MINUSTAH – Em francês), também, foram atingidas e não estão funcionando em capacidade de resposta. Um trágico exemplo foi à queda do hotel que servia de sede para a ONU no país. O que pode gerar o cham

Algumas notas latinas

Há algum tempo que acompanhamos os acontecimentos que guardam alguma similaridade e tem atores interligados ainda que nos temas a serem descritos abaixo não exista uma exata correlação a não ser uma espécie ‘zeitgeist’ da política da América Latina. Honduras : Em um período próximo a votação de uma anistia aos envolvidos nos eventos recentes que levaram a deposição de Manuel Zelaya, a Corte Suprema aceitou denuncia contra o Estado Maior das Forças Armadas hondurenhas responsáveis pela expatriação do presidente deposto, o que considerei a época o ‘pecado’ do processo. Resta saber como o processo se dará e se será afetado pela anistia. Outro ponto ainda é como e se a anistia se dará em um contexto de reconciliação nacional e de normalização política, promovendo uma distensão em um ambiente carregado e com a ameaça sempre presente de violência política que pode ser aumentada com o uso das quadrilhas criminosas as infames ‘maras’. Argentina : Continua a batalha do ‘bloque K’ base de apoio

Identidade Profissional do Bacharel em Relações Internacionais

A caixa postal desse blog recebe constantemente dúvidas de leitores no que tange a empregabilidade na área de relações internacionais. A maioria são leitores que estão a pesquisar o curso e suas características de mercado. Outros são graduandos da área, esse segundo grupo levanta em mim algumas questões. Esse texto é bom que fique claro não é resposta a nenhum questionamento que me chega e sim uma reflexão (que é constante, por sinal) sobre o campo e seus profissionais (aqui em termo amplo incluindo estudantes, docentes, pesquisadores, profissionais do setor público e privado e do terceiro setor). E por isso que o segundo grupo expresso acima suscita uma preocupação em mim. A preocupação está correlacionada a aparente dificuldade de um grande grupo de graduandos e graduado em relações internacionais manifesta em definir claramente uma identidade profissional. Muitos deles não sabem como podem colaborar em uma empresa privada e em entrevistas não se mostram confiantes em defender su

F-X2 del barrio

Antes de qualquer coisa tenho que expressar como é bom voltar a escrever já estava com síndrome de abstinência com falta desse meu vício que é dialogar com vocês meus leitores. O ritmo ainda não será normal, mas esse triste cenário de “abandono” do blog deixará de existir. Mais uma vez nosso tema é a novela/concorrência F-X2 (que é o processo de compra dos novos aviões de caça da FAB) e novamente é uma controvérsia que chama a atenção sobre o assunto. Ano passado quando o presidente Lula se manifestou sobre a opção francesa, dando-a como favas contadas, aventei aqui a possibilidade (e creio que todos que lidaram com o tema também o fizeram) de que o relatório técnico poderia criar embaraços ao presidente, caso apontassem outra aeronave como melhor compra. A repórter da Folha de São Paulo Eliane Cantanhede hoje, como a maioria deve saber, adiantou com exclusividade a opção da FAB pelo caça sueco Gripen NG da fabricante SAAB. A decisão final é de alçada do presidente, contudo, o