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Mostrando postagens com o rótulo Empregabilidade

Mais um domingo, mais um leitor. Ou de volta a rotina

Recebi essa semana um e-mail com duvidas vindo da cidade do Rio de Janeiro de um leitor de 19 anos que já teve contato com área, o questionamento segue a linha da empregabilidade, além da dúvida o leitor tece elogios a esse blog, o que sinceramente agradeço já que como repito ad nauseam os leitores são a razão de ser desse blog. Abaixo transcrevo partes do e-mail como me foi enviado. “Como muitos concluintes do ensino médio, fiquei na dúvida quanto a carreira a ser escolhida. Dentre as mais possíveis, optei por relações internacionais. Cheguei a cursar 1 período na Universidade Candido Mendes, no RJ, mas por assuntos de cunho financeiro tive que parar. Entretanto, o que ficou bem lúcido, pra mim, nesse escasso tempo de ensino superior foi que a área de atuação do profissional de RI se baseia muito na pesquisa acadêmica. Percebi, basicamente, que se trata de um profissional que visa teorizar sobre os vários aspectos ligados a atuação dos países entre si e suas conseqüências no mundo co

Tradição de domingo. Atender aos leitores

Antes de responder as cartas dos leitores dessa semana, devo antes pedir desculpa a esses leitores, já que essas respostas estão deveras atrasadas. Não vou me alongar a explicar assuntos de natureza pessoal, mas quero que saibam que a demora foi por motivos de força maior. Espero contar com a compreensão de vocês. Vamos as dúvidas. São três e todas versam de uma maneira ou de outro na categoria empregabilidade. Duas me chegaram por e-mail e uma terceira em forma de comentário que não é a maneira ordinária que recebo e trato dúvidas, mas é um meio de contato tão legitimo como qualquer outro, ainda que eu prefira por e-mail. Dois rapazes e uma terceira leitora totalmente anônima, não que isso importe. Transcrevo aqui na ordem que me chegaram e da maneira como foi me enviado, omitindo como sempre o nome desses leitores, por questão de privacidade. O primeiro leitor ainda não se decidiu completamente a respeito de cursar relações internacionais o e-mail:   “Além de analisar que pod

Identidade Profissional do Bacharel em Relações Internacionais

A caixa postal desse blog recebe constantemente dúvidas de leitores no que tange a empregabilidade na área de relações internacionais. A maioria são leitores que estão a pesquisar o curso e suas características de mercado. Outros são graduandos da área, esse segundo grupo levanta em mim algumas questões. Esse texto é bom que fique claro não é resposta a nenhum questionamento que me chega e sim uma reflexão (que é constante, por sinal) sobre o campo e seus profissionais (aqui em termo amplo incluindo estudantes, docentes, pesquisadores, profissionais do setor público e privado e do terceiro setor). E por isso que o segundo grupo expresso acima suscita uma preocupação em mim. A preocupação está correlacionada a aparente dificuldade de um grande grupo de graduandos e graduado em relações internacionais manifesta em definir claramente uma identidade profissional. Muitos deles não sabem como podem colaborar em uma empresa privada e em entrevistas não se mostram confiantes em defender su

Dúvidas de Leitores: A última do ano

Mais uma vez recebo uma pergunta de um leitor e mais uma vez o tema é empregabilidade, essa resposta é a ultima que forneço esse ano. O nome da leitora da aprazível cidade de Goiânia será como sempre omitido. Segue abaixo o texto do e-mail como me chegou. “Olá, meu nome é [...]. Estou interessada em cursar relações internacionais, mas tenho dúvidas a respeito do curso. Moro em Goiânia e quero R.I na UnB e tenho medo de não encontrar um bom emprego após a formação, porque li em algumas comunidades do Orkut e muitos falaram que estão decepcionados com o curso porque estão desempregados. E gostaria de saber a sua opinião porque muitos que cursaram R.I ficam desempregados após o término do curso? À chances de conseguir um emprego após a graduação do curso? Uma vez conversei com uma garota que me disse que não compensa cursar R.I porque qualquer pessoa pode atuar, como por exemplo, quem faz administração, direito, etc. E quem entra no curso de R.I, como eu, por exemplo, que só tenho fluênci

Métodos de Negociação – Técnica Batna

[Texto originalmente escrito para minha coluna no portal Mondo Post] Tenho escrito nesse portal uma série de artigos sobre a atividade negociadora, a principio tenho abordado a questão conceitual, as habilidades individuais necessárias e como concatenar as matérias da graduação em relações internacionais, com essa atividade, assim venho enfatizando a importância da preparação, da capacidade de análise, da capacidade de controlar e usar as emoções e reiteradamente lembro o valor da preparação e do trato objetivo das questões, quando numa mesa de negociação. Nesse texto, introduzo uma ferramenta prática, muito usada na preparação de uma negociação internacional, que é construída sobre os trabalhos de (FISHER; URY. 1994), que é o sistema Batna (Best alternative to a negotiated agreement) que pode ser encontrado na literatura como Maana (Melhor alternativa à negociação de um Acordo). Esse método é apresentado não só na obra “Como chegar ao sim” dos autores já citados, editado pela Im

Como já é tradicional domingo é dia de responder aos e-mails

Mais uma vez recebo o e-mail de um jovem que está lidando com as dificuldades profundas que são inerentes ao vestibular e a escolha de uma carreira no final da adolescência e claro as tradicionais indagações sobre empregabilidade, que são perfeitamente normais. Algumas respostas podem parecer redundantes para quem segue esse blog e por isso desculpo-me, mas é por que alguns fatos permanecem os mesmos. Além, dessas indagações há também outra bastante comum que aflige muitos vestibulandos que é optar ou não por outra graduação como forma de atenuar as dificuldades de inserção profissional. Feita essa pequena introdução vamos as respostas para questão central que é o pedido para que eu esclareça as áreas de atuação de um profissional de relações internacionais já que o leitor afirma que deseja trabalhar com qualquer coisa relativa ao internacional em ONG’s, consultoria, embaixadas. Vamos por partes cada uma dessas ocupações embora possam ter o mesmo título no cargo têm atribuições m

Domingo como vocês sabem é dia de responder aos e-mails de leitores

Mais uma vez respondo a um aluno concluinte do ensino médio (no meu tempo 2°) que me pergunta sobre o curso, as aptidões do profissional e o dia-a-dia do mesmo no mercado de trabalho. Antes de começar a responder devo dizer ao leitor [...] (como vocês sabem omito o nome em respeito à privacidade), que nunca se é tarde para tentar descobrir o que te motiva na vida, e ao fim do ensino médio, você tem todas as opções, todo o mundo aberto a você. Há uma pressão muito grande por vezes auto imposta nos jovens com o vestibular, com questões de carreira em uma idade em que não se tem ainda a mínima experiência para se determinar quem você é o que você quer da vida, portanto ter dúvida é normal, natural e sinal de uma mente sequiosa de conhecimento. E mesmo que você entre em uma universidade, você pode sempre trocar de curso, mesmo formado e gostando da sua profissão nunca sabemos os caminhos que a vida nos levará, já usei esse exemplo aqui outras vezes, mas o dono da marca Osklen, um dos mel

Domingo é dia de atender aos leitores: Federal ou Particular?

Nessa semana recebi um questionamento que me chega da minha cidade natal, a capital federal, Brasília. A leitora uma secundarista me envia questões que são comuns nessa seção, questões acerca de qual universidade escolher? Cursos correlatos? Como diz o título sobre se insisti para conseguir aprovação em federal ou parte logo para uma particular? E por último a onipresente dúvida acerca do mercado de trabalho. Quanto ao curso da Universidade de Brasília é sim um dos melhores do país, com oportunidades acadêmicas impares (com seus diversos núcleos de estudo) e um corpo docente excelente, há quem diga que é um curso que visa à preparação para o concurso de admissão a carreira diplomática, seria então um curso com ênfase em política, contudo, eu pelo que vi pela minha experiência pessoal, essa coisa de ênfase de curso é em muitos uma balela, já que a estrutura de universidade (e ai está toda a diferença entre Universidades, Centros Universitários e Faculdades) oferece a alternativa de qu

Métodos de Negociação – Técnica Batna (um teaser)

Esse texto é uma pequena parte de um texto que será em breve publicado no Portal Mondo Post, nesse portal escrevo uma série de artigos e ensaios sobre uma das facetas importantes das relações internacional e da empregabilidade nessa área que a faceta negociadora, que é uma habilidade que deve ser cultivada pelos bacharéis nessa área que tenham aspirações de trabalhar no mercado, ou no MRE. Nesse ensaio que será abordado um dos muitos métodos de negociação, como disse acima faz parte de um conjunto de ensaios que tocam no assunto que quem se interessar pode procurar na seção de opinião do portal Mondo Post, por outros textos, nesse sentido. O texto propriamente dito, lembrando que não está na integra: “Métodos de Negociação – Técnica Batna Tenho escrito nesse portal uma série de artigos sobre a atividade negociadora, a principio tenho abordado a questão conceitual, as habilidades individuais necessárias e como concatenar as matérias da graduação em relações internacionais, co

Domingo: Dia de atender aos leitores desse blog

Nessa semana temos uma dúvida sobre empregabilidade que chegou por e-mail, a estudante de Relações Internacionais, que nos escreve estuda em Goiânia, em uma tradicional e conceituada Universidade. E em suas perguntas ela sintetiza as dificuldades de muitos graduandos quanto à aplicabilidade do que aprendem e ofertas de emprego. Creio que muitos leitores se beneficiarão dessas respostas, mas considero apropriado lembrar, que tudo que aqui escrevo é repartido de minhas experiências pessoais, e de experiências de pessoas próximas que acompanhei, refletem um ponto de vista, outros podem ter tido experiências completamente distintas, e isso é claro, não faz nenhum de nós, mentirosos ou pessoas interessadas em desanimar outros, ou insuflar. Aqui apenas emito minha opinião, tão válida, quanto às outras. Por respeito à privacidade como sempre, omito nome e e-mail, de nossa correspondente. Assim a chamaremos do tradicional nome [...]. O e-mail como recebi: “Olá Boa Noite Eu acabo de

Percepção das atitudes internacionais dos estados

Os não iniciados na história e nas disciplinas de relações internacionais são surpreendidos vez ou outra por atitudes por parte dos Estados que parecem contraditórias e até hipócritas. Eu não consigo classificar um Estado como hipócrita, por que, como já escrevi aqui, vejo nesse discurso antropomórfico (que visa tratar o estado como se fosse uma pessoa) uma ferramenta analítica inadequada, por que não corresponde a verdade e um discurso político perigoso, que transforma tudo em questão de honra nacional, humilhação da pátria, o que acaba por ser sempre usado como justificativas para ações internas, que sem essa cobertura provavelmente encontrariam resistência maior. O Estado justamente por ser esse ente não corpóreo, mas ao mesmo tempo onipresente em nossas vidas, desde o registro de nascimento ao atestado de óbito, é complexo de analisar as teorias das relações internacionais, se desdobram sobre esse assunto, seja assumindo a difícil tarefa de entender a conformação institucional e co

Domingo: É dia de atender aos leitores

Dessa vez o leitor pergunta sobre atuação profissional, com ênfase no dia a dia e nos processos produtivos. Ele já foi aprovado em vestibular da Primeira Turma da UFSM. Como nós dizemos nas gírias universitárias é um “calouro tipo A”. Esse e-mail que me chegou evidencia certa pesquisa anterior foi feita, o que me deixa feliz, por que buscar e processar informação são imperativos de nossos tempos. O leitor tem apenas 18 anos e nos escreve de Floripa (o pedaço do paraíso) seu nome será omitido, por questão de privacidade. Outra coisa que chamou a atenção foi à forma extremamente respeitosa que o leitor se referiu a mim, respeito e deferência são coisas excelentes, mas querido [...] senhor está no céu. Brincadeira. Sei que é difícil abordar estranhos em busca de ajuda ainda mais nesses dias de hoje quando a civilidade vem se perdendo, lá vou eu em uma digressão. Voltemos às dúvidas do leitor, que são grandes e complexas algumas altamente técnicas, que refletem a saudável ansiedade que o

Liberdade, liberdade, abra as asas sobre nós

Semana passada abordei de meio alegórico a questão do fim da lei de imprensa, e a conseqüente não exigência do diploma de jornalista e conseqüências que podem vir a existir na cobertura, e análise internacional na mídia. Não só por causa da alegoria chamei esse texto de uma nova esperança, é sim uma esperança na melhoria mesmo por que por hora, não que me interesse um cargo desses na mídia, muito embora escreva um blog, logo de certa maneira exerço isso. (um paradoxo, não paradoxal, outro paradoxo) Mas, algo que muita curiosidade me trás é a reação dos jornalistas e suas associações e sindicatos em massa, se manifestando contra a essa medida, o argumento principal é que faltariam aos não formados técnicas de apuração de informações e patamares éticos. Antes de considerar esses argumentos devemos, também, incluir o geral e esperado esperneio dos estudantes de jornalismo, claro, de repente viram sua reserva de mercado extinta. Esse grupo naturalmente protestaria, ainda mais por que conhe

A empregabilidade em Relações Internacionais, muitos caminhos poucas certezas

Esse é um dos assuntos recorrentes aqui nesse blog, afinal de contas são muitas as opções, poucos são os que conseguem ver essas opções, então tento ajudar, mas há limites, afinal, não sou, nem pretendo ser consultor de carreiras, mas como amigo das relações internacionais, não posso deixar de falar disso. Sei pelas palavras que usam nos mecanismos de busca para aqui chegarem, que esse não é um assunto do momento, mas creio ser importante. Para a vida do analista, para o estudante das relações internacionais, não é um tema das relações internacionais, mas é um ‘meta-tema’, já que a empregabilidade tem afetado a maneira como se ensina as relações internacionais. (Esse texto é longo, por hoje venci o cursor e a praga da página em branco). Isso por um lado é excelente, quando levam as universidades a divulgar o curso, conseguir que seus alunos estagiem, criem empresas juniores, núcleos de simulação que simulem mais que só nações unidas, ou organismos multinacionais, mas mesmo que só simul