Continuando uma série de reflexões sobre a política externa brasileira em termos mais filosóficos e genéricos a luz das declarações e acontecimentos dos últimos dias, são idéias ainda em formação, por mais que eu seja um analista já com alguma rodagem, julgo e não é falsa modéstia, que ainda me faltam décadas de leitura e reflexão para que possa ter opiniões mais permanentes. Como cientista e analista aceito como natural e benéfico que posições sejam revistas a luz de novas evidencias empíricas e argumentos convincentes, afinal muito do que escrevemos e analisamos do que dia-a-dia é limitado pelas informações disponíveis. Nossa jovem república está em um desses momentos que definem como serão os próximos anos, que valores adotaremos. Não é uma encruzilhada institucional em que a própria democracia está em jogo, como foi durante o final (melancólico) do governo Collor de Melo. Dessa vez nosso estado vem de um período de quase 16 anos de estabilidade política, isto é, apesar de problema...