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Mostrando postagens de fevereiro, 2011

Oportunidade: Bolsas para Mestrado e Doutorado na Nova Zelândia

Oportunidade para estudos de pós-graduação na Nova Zelândia que me chegou por e-mail por meio de minhas amigas Flávia Mayrink e a prof. Dra. Tânia Manzur atualmente no IRel – UnB. As bolsas são oferecidas pela New Zealand Agency for International Development. Abaixo o texto de divulgação e as informações de contato. Boa sorte a quem se candidatar. Bolsas para Pós-Graduação, Mestrado e Doutorado Bolsas de estudo de Pós-Graduação na Nova Zelândia Rodada seletiva de 2011 para o ano acadêmico de 2012 A Nova Zelândia possui dois programas de bolsas de estudos destinados a brasileiros que querem empreender seus estudos em nível de Mestrado ou Doutorado: 1.      O Programa de Bolsas de Estudos da Agência de Desenvolvimento da Nova Zelândia (New Zealand Development Scholarships-Open) 2.      O Programa Internacional de Bolsas de Estudos para Pesquisa em Doutorado (New Zealand International Doctoral Research Scholarships) 1. O PROGRAMA DE BOLSAS DE ESTUDOS DA AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DA

Um ano da tragédia no Chile

Há um ano um espantoso terremoto de 8,8 na escala Richter. Os impactos terríveis do terremoto ainda hoje são um enorme desafio para o governo chileno, governos locais e para a sociedade chilena. Um teste difícil para um povo que tem suas cicatrizes de outras tragédias e que sempre mostrou ter resiliência. Tenho muito carinho pelo Chile. País que foi destino de minha primeira viagem internacional e muitos amigos por lá residem. E deixo aqui minha singela homenagem a essa terra de gente simpática e vinhos deliciosos. A viagem que me refiro acima me levou a passar duas semanas em uma cidade muito agradável ao sopé da Cordilheira dos Andes e não vou esconder ver essas montanhas pela primeira vez provoca um impacto grande e uma euforia juvenil. Costumo dizer que uma parte da sua alma nunca regressa dessas montanhas e você fica o resto da vida voltando lá para se reunificar. A cidade que visitei tem o nome sugestivo de Los Andes , uma cidadezinha dessas charmosas e pequenas que parecem

Ler, Refletir e Pensar: “A Revolta na Líbia”

O dia de hoje foi dedicado a refletir sobre a Líbia e a “Primavera Árabe”, meu intento com essa série de postagens é tentar pintar um quadro analítico plural que nos ajude a compreender melhor as forças em jogo e a partir daí construir projeções de cenários possíveis. O texto que agora apresento é de autoria do professor universitário Dr. Mauricio Santoro e foi publicado em seu blog Todos os Fogos o Fogo. O texto é transcrito com autorização do autor e o original está disponível aqui . A Revolta na Líbia Cientistas politicos somos treinados para analisar instituições formais como partidos, sindicatos e ministérios, mas o caos na Líbia no que parecem ser os últimos dias do regime de Kadafi exige um outro tipo de interpretação, que leve em conta as tradições tribais do país. A longa ditadura proibiu partidos e associações cívicas, de modo que os vínculos da família estendida são o que restaram como contrapeso ao autoritarismo do Estado. Relatos afirmam que 90% da Líbia já

Ler, Refletir e Pensar: “Sobre as revoltas nos países islâmicos”

Mais um texto dessa série que visa dotar o leitor desse blog de opiniões e informações sobre a “Primavera Árabe”. O texto a seguir é uma reflexão de autoria do autor, professor e diplomata de carreira (que paga o preço de falar o que pensa) Paulo Roberto de Almeida. O texto é publicado com a autorização do autor e pode ser encontrada em sua versão original aqui . Reflexões ao léu, 2: sobre as revoltas nos países islâmicos Paulo Roberto de Almeida Existem duas situações que incitam os povos à revolta: fome e opressão. Foi por causa da fome que os camponeses franceses doancien Régime começaram a reclamar de sua situação sob a monarquia absolutista francesa. Mas eles não tinham condições, sozinhos, de mudar essa situação; precisaram da burguesia e dos intelectuais, que estavam em busca de representação e autonomia, para que se chegasse à revolução. Foi também por causa da fome, em grande medida provocada pela guerra, que os camponeses e operários russos se levantaram contra o

Ler, Refletir e Pensar: Líbia (um episódio da vida diplomática)

Nesse texto um toque pessoal que pode dar uma idéia das dificuldades de atuar em loco nas relações internacionais. O texto é de autoria do diplomata português, atual embaixador lusitano em França (e figura fácil nos textos que levam o título “Ler, Refletir e Pensar). O texto é transcrito com autorização do autor e com o devido link ao final. Líbia Os acontecimentos na Líbia recordam-me, inapelavelmente, outros tempos. Num final de tarde de 1977, à chegada a Tripoli, tudo começou a tornar-se-nos estranho, logo à saída do avião. O funcionário líbio que aguardava a delegação portuguesa, com uma cara de poucos amigos, acompanhou-nos, sem um gesto de menor simpatia, para a longa fila que antecedia a verificação dos passaportes. E aí nos deixou, indo colocar-se do lado de fora da infernal alfândega. Por lá nos aguardava, passada que foi uma boa meia-hora de trapalhadas burocráticas. Bela ajuda! A delegação técnica portuguesa, que eu integrava, era composta por três elemento

Ler, Refletir e Pensar: “Jihadist Opportunities in Libya”

Continuando a série de postagens especiais, com mais um texto copiado do site Strafor, com autorização. Jihadist Opportunities in Libya By Scott Stewart As George Friedman noted in his geopolitical weekly “ Revolution and the Muslim World ,” one aspect of the recent wave of revolutions we have been carefully monitoring is the involvement of militant Islamists, and their reaction to these events. Militant Islamists, and specifically the subset of militant Islamists we refer to as jihadists , have long sought to overthrow regimes in the Muslim world. With the sole exception of Afghanistan, they have failed, and even the rise of the Taliban in Afghanistan was really more a matter of establishing a polity amid a power vacuum than the true overthrow of a coherent regime. The brief rule of the Supreme Islamic Courts Council in Somalia also occurred amid a similarly chaotic environment and a vacuum of authority. However, even though jihadists have not been successful in o

Ler, Refletir e Pensar: “Revolution and the Muslim World”

Esse sábado trago uma série especial de artigos que ajudam a entender o hot issue do momento que é a chamada “Primavera Árabe”. Os textos que separei até agora estão em língua inglesa. É política deste blog primar pela Língua Portuguesa, contudo a relevância do tema e o valor informativo dos textos justifica romper essa política que não é afinal de contas uma lei. E falando em lei o texto a seguir é reproduzido com permissão dos detentores dos direitos autorais. Revolution and the Muslim World By George Friedman The Muslim world, from North Africa to Iran, has experienced a wave of instability in the last few weeks. No regimes have been overthrown yet, although as of this writing, Libya was teetering on the brink. There have been moments in history where revolution spread in a region or around the world as if it were a wildfire. These moments do not come often. Those that come to mind include 1848, where a rising in France engulfed Europe. There was also 1968, where t

Ditadura Cubana: Um ano da morte de Orlando Zapata Tamayo: Nunca será esquecido!

O mundo assiste apreensivo a luta dos povos do chamado mundo árabe por liberdade e democracia (bom alguns devem lutar por outras formas de governo). Causa especial consternação às noticiais de repressão brutal e violenta por parte dos governos. Rumores dão conta de disparos indiscriminados contra manifestantes desarmados. Em meio a esse turbilhão político que sacode o mundo e afeta os sempre importantes preços do petróleo, uma data é esquecida pela imprensa e nesse caso o silêncio da chamada mídia alternativa (sempre tão hipocritamente crítica da grande imprensa corporativa) chama especial atenção. Falo da morte de um ativista pró-democracia, sobre um homem que como muitos se levantou para combater uma ditadura e ainda assim é relegado ao esquecimento e tem seu nome e memória achincalhados. O homem é o cubano Orlando Zapata Tamayo que morreu devido a uma greve de fome em uma suja prisão cubana. As esquerdas retrógradas (ainda que se arroguem o título de progressistas) da América La

Evento: CEBRI e Chatlam House: Conferência: Brasil e o Mundo: oportunidades, ambições e escolhas

Admito não consegui escrever uma linha hoje e não foi por falta de temas, mas de inspiração minha musa deve ter sofrido com o calor e foi passar o dia na praia para se refrescar. Nem o errático e francamente assustador (pela demência aparente) discurso do Kadafi inspirou algumas palavras. Contudo, aproveito esse nefasto bloqueio (acho que estou dramático, hoje) para divulgar um evento interessantíssimo que será realizado no Rio de Janeiro em 7 de abril. O evento será realizado pelo CEBRI e pelo Chatham House (na verdade essa é a histórica mansão onde está instalado o prestigiado think tank britânico). O texto abaixo foi retirado do site do CEBRI e é posto aqui no intuito de divulgar o evento. O Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI) e a Chatham House - Royal Institute of International Affairs, organizarão no dia 7 de abril a Conferência Brasil e o Mundo: oportunidades, ambições e escolhas. A emergência de novos desafios globais tem posto em cheque a eficácia

E aí, Lula? E aí, Amorim? E aí, Samuel Pinheiro? O que dizer do querido amigo Khadafi?

Não é a primeira vez aqui que escrevo para criticar as relações do Brasil com a Líbia. O primeiro texto foi escrito quando o presidente Lula fez um apaixonado discurso contra o “golpe” em Honduras, justamente ao lado daquele que ele cumprimentou efusivamente, o ditador de mais de 30 anos a época, o “Açougueiro de Lockerbie ”, o coronel Khadafi. A cena foi de um absurdo sem tamanho, chegou a ser constrangedor ver aquilo. Protestar contra um golpe ao lado de um ditador. Por sinal Lula chegou a dizer, em resposta a contradição de protestar contra um golpe ao lado de um autocrata que há mais de 3 décadas (sim mais tempo que o regime militar) em 30 de junho de 2009, ele responde o seguinte para caracteriza o Kahdafi: “Uma pessoa que alguns dizem ter problemas com a democracia” . Creio que o entre os “alguns” está à população líbia. Tudo isso animado pela euforia da tal política sul-sul. E aqui cabe uma digressão, espantoso parar para realizar que a maioria dos expoentes do famoso terceiro

Reunião Ministerial do G – 20: Declaração final, França 2011

Havia tratado do assunto na sexta-feira ( aqui ), mas como coloquei naquela ocasião o importante era observar o comunicado final para entender o grau de consenso possível dentre desse grupo e a Reunião Ministerial oferece uma chance de analisar um documento com uma retórica mais sóbria e abrangente do que documentos de chefes de estado, mas mais política do que de documentos técnicos de grupos de trabalho. Essa análise é feita levando em conta o conteúdo da declaração, ou seja, as medidas e cronogramas adotados. Leva-se em conta a linguagem adotada, em linhas gerais o tom da declaração, ou seja, quanto mais geral e abrangente mais difícil é o consenso. E por ultimo se analisa os penduricalhos colocados. O comunicado (íntegra abaixo link para o original ) é relativamente curto e possui 4 páginas e 10 parágrafos escrito no mais corrente “diplomatiquês”, afinal há uma fórmula padrão para esse tipo de documento. O tom geral do documento é de um leve otimismo sóbrio que fica claro no parág