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Um ano da tragédia no Chile

Chile Há um ano um espantoso terremoto de 8,8 na escala Richter. Os impactos terríveis do terremoto ainda hoje são um enorme desafio para o governo chileno, governos locais e para a sociedade chilena. Um teste difícil para um povo que tem suas cicatrizes de outras tragédias e que sempre mostrou ter resiliência.

Tenho muito carinho pelo Chile. País que foi destino de minha primeira viagem internacional e muitos amigos por lá residem. E deixo aqui minha singela homenagem a essa terra de gente simpática e vinhos deliciosos.

A viagem que me refiro acima me levou a passar duas semanas em uma cidade muito agradável ao sopé da Cordilheira dos Andes e não vou esconder ver essas montanhas pela primeira vez provoca um impacto grande e uma euforia juvenil. Costumo dizer que uma parte da sua alma nunca regressa dessas montanhas e você fica o resto da vida voltando lá para se reunificar. A cidade que visitei tem o nome sugestivo de Los Andes, uma cidadezinha dessas charmosas e pequenas que parecem saídas da literatura. Faço essa digressão um tanto melosa por conta da música que escolhi para ilustrar essa homenagem. A canção é a Si vas para Chile do compositor Chito Faró. Escolho a música por que me identifico com sua trama que pede a alguém que vai para o Chile que visite sua amada e não só por isso, mas por seu verso final muito conhecido que faz alusão a hospitalidade que lá sempre encontrei. Há uma conexão entre a história da música e essa agora longa digressão, isto por que a letra originalmente citava a cidade de Los Andes, mas por conta de disputas com a administração local o termo foi trocado para Los Condes, mas a população local ainda se orgulha da canção.

Bom sem mais viagens pela minha memória afetiva deixo a letra da canção. Minha pouco inspirada, mas bem intencionada homenagem a esse povo que me fez sentir querido ainda que forastero.

Si vas para Chile

Si vas para Chile,
te ruego que pases
por donde vive mi amada;
es una casita
muy linda y chiquita
que está en la falda
de un cerro enclavada.

La adornan las parras,
la cruza un estero,
y al frente hay un sauce
que llora y que llora
porque yo la quiero.

Si vas para Chile,
te ruego, viajero,
le digas a ella
que de amor me muero.
El pueblito se llama Las Condes,
y está junto a los cerros y al cielo,
y si miras de lo alto hacia el valle
lo verás que lo baña un estero.
Campesinos y gentes del pueblo
te saldrán al encuentro, viajero,
y verás cómo quieren en Chile
al amigo cuando es forastero
.

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