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Evento: II Fórum Regional de Relações Internacionais da ESPM

Recebi um simpático pedido da assessoria de imprensa do II Fórum Regional de Relações Internacionais da ESPM para que desse publicidade ao evento que conta com grandes nomes das relações internacionais e dos negócios internacionais. O evento acontecerá, em São Paulo, dias 2 e 3 de setembro. (Só pra constar na mesma data estarei a participar do III Fórum Centro-Oeste de Relações Internacionais – FoCO RI). Como sempre o evento foi divulgado espontaneamente sem recebimento de quaisquer vantagens e feito em nome do interesse que meus leitores podem ter. E se algum de vocês participar e quiser compartilhar suas impressões, publicarei. Abaixo o texto do press release feito pela assessoria de imprensa do evento. Fórum ESPM discute inclusão do sudeste do País no cenário internacional São Paulo, agosto de 2011 – Nos dias 2 e 3 de setembro acontece o II Fórum Regional de Relações Internacionais, cujo tema deste ano será: “A inserção internacional do sudeste brasileiro”. Com realização do

A Batalha por Trípoli – Algumas impressões iniciais

As forças rebeldes com apoio logístico, suporte aéreo e estratégico da OTAN lançaram uma campanha para capturar a capital líbia. O avanço que parecia improvável algumas semanas atrás tem se mostrado eficiente. Claramente as forças rebeldes tem sido capaz de cumprir objetivos estratégicos, isto é, capturaram bases aéreas e outras importantes infra-estruturas e conseguiram capturar até a simbólica Praça Verde. O moral das tropas do Conselho Nacional de Transição – CNT (as forças rebeldes) está elevado e há uma verdadeira euforia na capital rebelde na cidade de Benghazi, contudo altos oficiais do CNT como seu presidente Mustafa Abdel-Jalil tem tratado de alertar que tanto a batalha como a guerra ainda não acabaram. A cidade de Trípoli ainda possui setores sobre controle do regime de Kadahfi e as forças do governo podem ser reforçadas por elementos vindos da cidade de Zlitan, de onde foram expulsos por forças rebeldes, como relembra uma análise do STRATFOR enviada por e-mail para os as

Outra face, o mesmo extremismo

O artista gráfico Shepard Fairey, autor do icônico cartaz de campanha de Barack Obama foi agredido na Dinamarca por extremistas ligados a movimentos anarquistas, que segundo as reportagens, não gostaram de um mural do artista. Mais uma vez vem dos ricos e desenvolvidos países nórdicos uma lembrança de como o extremismo é perigoso e como sempre digo não importa a suposta causa do extremista nem sua filiação ideológica, no fundo são todos ‘farinha do mesmo saco’. Há algumas semanas os analistas políticos dos meios de comunicação e da academia nos alertavam dos perigos do crescimento da extrema direita, que segundo alguns seria mais grave, urgente e real que o extremismo religioso, principalmente mulçumano. Um professor de História Contemporânea da UFRJ chegou até a dizer na Globo News que o ato em Oslo foi mais político que o 11 de setembro. Não vejo motivos racionais e objetivos para essa escala feita pelo ilustre professor, quero crer que a declaração foi motivada pelo choque das

Um pouco de Brasil profundo e real ou um pouco de esperança

Nos últimos tempos tenho a impressão que só ligo meu editor de textos para escrever análises contendo críticas a várias políticas levadas a cabo pelo governo do Brasil, governos estrangeiros e Organizações Internacionais. O ritmo de trabalho e as imposições da vida off line têm impedido que eu me dedique a escrever os longos e profundos (ou pelo menos, assim eu os quero) textos sobre meta-analítica ou teoria das relações internacionais. Esses textos exigem muita leitura e reflexão. Eu sei, eu sei. Eu prometi que esse blog não seria um blog de relatos sobre a minha vida pessoal – que é assunto desinteressante para vocês – mas, hoje terei que falar um pouco da minha vida, mas tem uma razão de ser, portanto tenham coragem. Há alguns anos eu deixei minha querida cidade natal, a Capital Federal, Brasília. Mudei para uma cidade no norte de Minas Gerais, chamada Pirapora (aproximadamente 500 km de Brasília e 400 km de Belo Horizonte). A região a despeito de suas pontecialidades agrícolas

Carta aos leitores

Essa página nasceu numa tarde particularmente quente, em Brasília, em um momento de folga no meu escritório no oitavo andar de um prédio comercial com vista para o generoso Parque da Cidade, ok a vista era um tanto atrapalhada pelo prédio da CONAB. Essa visita ao museu de minha vida tem uma razão de ser. Esse texto é o conteúdo (a postagem) número 800 a ser publicado em Coisas Internacionais. Essa página é tanto minha quanto dos leitores e a razão é bem simples se a responsabilidade pelo que está escrito é minha um texto só ganha vida quando lido. Nem sempre agrado, nem sempre sou entendido, mas sempre me surpreendo ao constatar que nesse mar de terabytes de informação as pessoas lêem o que escrevo. Não é falsa modéstia ou descrença em minhas habilidades, mas é por que a concorrência é grande e sejamos honestos SEO e habilidades desse tipo não é meu forte. A aventura de escrever esse blog tem acrescido muito em minha vida, tem me forçado a ler bastante e a refinar métodos de análise,

Anarchy in the UK

“I'm antichrist, I'm anarchist, don't know what I want But I know how to get it I wanna destroy the passerby” Sex Pistols. Nesse aniversário de 6 meses da chamada “Primavera Árabe” outro grupo de jovens enfrenta a polícia nas ruas de uma cidade densamente povoada, mas dessa vez não foi numa milenar capital do Oriente Médio e sim na igualmente milenar cidade de Londres, que uma vez não há muito tempo foi a capital de um Império sobre o qual o sol nunca se punha. Essa revolta não possui o caráter libertário e esperançoso das revoltas árabes em que homens e mulheres, jovens e velhos se juntam para tomar em suas mãos a rédeas de sua sociedade e nesse contexto é natural que todo tipo de opinião lute pela supremacia até mesmo as estapafúrdias posições extremistas. Em Londres a revolta juvenil se alastra não pela luta pela liberdade, mas como a expressão de uma raiva, de um ressentimento. Não vou fazer sociologia barata e dizer que é a expressão do rancor dos que sofrem com ra

Ler, Refletir e Pensar: Geopolitical Journey: Indonesia's Global Significance

Nesse domingo seleciono mais uma vez um texto do sempre excelente STRATFOR, escrito por George Friedman que desta feita parte de um curioso relato pessoal para construir a jornada da Indonésia, que com algumas adaptações bem poderia ser a história do Brasil (ou mesmo da minha própria família no que diz respeito a rápida transição de uma situação de trabalhos de quase subsistência para educação de nível superior num espaço de três – quatro gerações). Indonésia é um país cuja observação é obrigatória para qualquer um que se julgue analista de relações internacionais por seu potencial para ser uma prospera economia e democracia muçulmana e asiática, que pode servir como exemplo para movimentos democráticos nas sociedades muçulmanas e mais também é preciso observar como esse país lida com as pressões de extremistas que já realizaram ataques terroristas, como os de Bali, 2002 . Além disso, há o doloroso processo de reconstrução diante do terrível Tsunami, em 2004. O leitor assíduo (existi