Creio que todo estudante de Relações Internacionais – ou de qualquer ciência social – já se deparou com interessantes textos sobre antropologia e percebeu como a questão da autodenominação é importante na literatura etnográfica. A questão é tratada sempre na vertente de relações de identidade de grupos étnicos minoritários. Não é surpresa que o pensamento (se o termo for aplicável) marxista domina a linguagem ativista desses estudos. E por isso mesmo dão a autodenominação um caráter de luta antiimperialista. Está claro que a autodenominação é o pressuposto de um agrupamento humano de se nomear de acordo com suas determinações culturais e na sua própria língua. (antropólogos e lingüistas não me matem por essa definição, por favor). Ou seja, é o direito desses povos de serem chamados como querem e que se faça a transliteração desse nome e não um novo batismo. É uma reivindicação legítima, afinal nós gostamos de ser chamados de brasileiros ou o equivalente em outras línguas com Brazilia...