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Vídeo-postagem: South Sudan and Enterprise Development: A Conversation with SABMiller

Hoje disponibilizo um vídeo produzido pelo ‘ think tank ’ americano Center for Strategic and International Studies – CSIS sobre a questão da participação das multinacionais no desenvolvimento das nações menos desenvolvidas. E analise especificamente as ações da gigante das bebidas SABMiller no Sudão do Sul. Um ponto de vista interessante vale a pena ser assistido. Abaixo descrição feita pelos autores do vídeo, em inglês. One of the world’s largest brewers, SABMiller has been a leader in local community development, strengthening both its business model and the communities in which it operates. On September 26, Sue Clark joined us for a conversation on SABMiller’s sustainable development operations, discussing successful initiatives in the areas of local sourcing, enterprise development, and health. Ms. Clark discussed the specific example of SABMiller’s investment in South Sudan, where the establishment of Southern Sudan Beverages Ltd. has successfully created one of the largest inv

Empregos em RI: Esperança renovada

“A esperança não é nem realidade nem quimera. É como os caminhos da terra: na terra não havia caminhos; foram feitos pelo grande número de passantes.” Lu Hsun. In “O país natal”. O tema empregabilidade domina os e-mails que recebo de leitores e os fóruns dedicados a relações internacionais. Não por acaso deve haver pelo menos 30 textos dedicados ao tema nesse site. E sempre tento passar minha experiência e as dos meus amigos que acompanho de perto. O tema sempre volta, por que sejamos francos nos sustentar é algo importante e vital se me permitirem essa tautologia. Pois bem, no próximo dia 19 de novembro ocorrerá uma grande festa que encerrará os festejos de 15 anos de existência do Curso de graduação em Relações Internacionais da Universidade Católica de Brasília. E como parte dos preparativos para essa data temos empreendido um esforço para “rastrear” todos os egressos de nosso curso. Nesse esforço temos criado uma rede de contatos e o que os dados empíricos me mostram é um tes

Um dia que terá muitas repercussões

Em geral o termo histórico é bastante abusado na imprensa e constantemente usado para eventos que ainda que sejam relevantes não tem o peso transformador que a palavra histórico carrega. Como sempre ressalto aqui o calor dos eventos é péssimo conselheiro para qualquer analista, mas nem sempre temos a oportunidade de maturar o entendimento e ter o necessário distanciamento para olhar os acontecimentos sem as paixões momentâneas. Hoje se cumpriu o que estava previsto, a Autoridade Nacional Palestina, representada por Mahmoud Abbas, entregou ao Secretário Geral da ONU Ban Ki Moon o pedido de filiação do Estado Palestino. O discurso de Abbas foi dentro do que se espera de alguém que tem apoio da opinião pública mundial e simpatia da imprensa, ainda que parte de sua tática de comunicação seja dizer que sofre bloqueio da imprensa e perseguição dos grandes meios, isso funciona bem animando seus apoiadores no mundo todo, um exemplo do acerto do mecanismo de análise em redes das relações inte

Presidente Dilma na Assembléia Geral

Hoje a presidente Dilma Roussef abriu a 66ª Assembléia Geral das Nações Unidas – AGNU, foi sua grande estréia no cenário mundial e aconteceu num clima bastante favorável a ela no sentido que recebeu uma boa cobertura da imprensa internacional e tem consolidado uma imagem externa de dura com a corrupção – o que é sempre muito simpático – e por que o Brasil vive um momento econômico interessante e vê reconhecido o aumento de seu poder relativo nos assuntos dessa seara. Ficou claro o esforço do Itamaraty em marcar o ineditismo de seu discurso, por que seria a primeira vez que uma mulher abriria os trabalhos na ONU, contudo esse esforço não rendeu até o momento os dividendos esperados, em termos de exposição em mídia internacional (ou seja, Soft Power). Essa ênfase se confirma quando se dá conta de que os 4 primeiros parágrafos do discurso enfatizam sua condição de mulher. É claro, que seria mais relevante, a meu ver se o fato dela ser mulher tivesse sido o que motivou seu discurso, mas

Um assunto espinhoso ou Estado Palestino

A 66ª Assembléia Geral das Nações Unidas – AGNU será dominada pela demanda da Autoridade Nacional Palestina – ANP, que é controlada pelo grupo Fatah, de que seja reconhecido o Estado da Palestina. O pleito conta com razoável apoio dos Estados-Membros da ONU, incluso do Brasil, mas ao que tudo indica será negado no Conselho de Segurança, com veto dos EUA – um dos cinco países membros permanentes desse conselho e portadores de poder de veto. A demanda, embora conte com apoio de amplos setores da opinião pública global – e seja vista com entusiasmo por setores mais a esquerda do espectro político – não é compartilhada pelo outro player relevante da política palestina o grupo Hamas (que controla a Faixa de Gaza). Num raro momento na história em que Hamas e Israel concordam. ( Será sinal do fim dos tempos em 2012? !). Claro e evidente que Hamas e Israel só concordam em ser contra esse pedido especifico de reconhecimento. O jornal israelense, em língua inglesa, Haaretz, cita uma declaração

Novo Regime Automotivo, velho protecionismo

[O texto ficou longo, mas vale à pena, coragem] Ontem o governo federal anunciou o “Novo regime Automotivo” que elevou em 30 pontos percentuais a alíquota do IPI pago para os automóveis comercializados em território nacional, contudo as montadoras que provarem entre outras coisas um mínimo 65% de conteúdo nacional ou regional – MERCOSUL - em 80% dos veículos produzidos no Brasil, e investimentos da ordem de 0,5% da receita bruta descontada dos impostos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) receberão isenção dessa nova alíquota. Oficialmente a medida tem como objetivo: Proteger empregos do setor, incentivar a pesquisa e desenvolvimento e evitar a desarticulação dessa cadeia produtiva. Contudo, é claro o objetivo de manter a reserva de mercado brasileiro para as empresas que aqui produzem e assim evita concorrência externa sem ter que alterar a estrutura do setor. E adivinhem quem será chamado a pagar a conta? Claro, todos nós consumidores. Por que não adianta o governo dizer que irá

Ajuda pra encontrar esses livros

Enquanto termino de pesquisar o texto que preparo sobre o tal “Novo Regime Automotivo” aproveito para repassar a todos vocês o pedido que me foi feito por uma leitora que se prepara para a seleção do mestrado em Relações Internacionais, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro e que procura alguns volumes que não tem achado no mercado. Os livros são: GONÇALVES, Williams da Silva. O Século Sombrio - Uma História Geral do Século XX. Rio de Janeiro: Campus, 2004. FLEMES, Daniel.  Regional Leadership in the Global System. Ideas, Interests and Strategies of Regional Powers. Burlington, Ashgate, 2010,  HALLIDAY, Fred. Repensando as Relações Internacionais. Porto Alegre: Ed. da UFRGS, 1999.  HURREL, Andrews, LIMA, Maria Regina Soares de, HIRST, Monica, MACFARLANE, Neil, NARLIKAR, Amrita, FOOT, Rosemary. Os Brics e a Ordem Global  DUROSELLE, Jean-Pierre. Todo Império Perecerá. (com Anexo 3 VIGEZZI, Brunello. “Teóricos” e “historiadores” das relações internacionais) A leitora parece inte