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Postagens

Um ‘conto’ sobre a tolice exagerada: O Pastor, o Alcorão, o Brasileiro e o Egito

Algumas questões são maiores que as análises sobre política externa, política internacional ou mesmo as questões sobre as teorias das relações internacionais. Algumas questões são discussões profundas sobre valores, cultura, ética e moralidade. Um exemplo é claro o já infame caso do Pastor Terry Jones e seu “ International Burn a Koran Day ”. E o caso que teve menos repercussão do brasileiro expulso do Egito por proselitismo religioso. Por serem discussões profundas são convidativas a todos os que têm predileção por temas intelectuais, cada um dos que tomam voz nesse debate público partem de pressupostos distintos, constroem teses e hipóteses e as tornam públicas. Partindo muitas vezes de pontos distintos o que junto a assimetria de informação entre os debatedores causa ruídos que por vezes podem encobrir a conversa. Todos nós já vimos discussões assim, principalmente em fóruns públicos como na internet, onde todos se sentem motivados a opinar e por muitas vezes o fazem sem nenhum ref

Obrigado a vocês ou um pequeno gesto, uma grande alegria

Como já ficou claro em postagens anteriores andei um pouco desmotivado, acho que além dos fatores que já enumerei a falta de férias esse ano e problemas de saúde (como a dengue que contrai em janeiro) contaram para o desanimo que estava, período que já está devidamente superado. A superação veio por conta do meu amor a minha profissão, amor as relações internacionais (esse difícil campo que elegi para ser meu), o gosto por escrever (ainda que com erros clamorosos de português, que tanto me envergonham e inspiram melhorias) e por conta dos meus amigos e leitores que se manifestaram para apoiar, nesse particular vale ressaltar a Carol, autora de um blog divertidíssimo e instrutivo o – Preciso de um blog – que fez um gentil comentário a esse respeito. Pois bem fora isso também foi fator de grande motivação um e-mail que recebi e que agora transcrevo um trecho: Olá, MÁRIO MACHADO DA SILVA FILHO Obrigado por fazer parte do 2º Prêmio Blogbooks. Estamos orgulhosos em poder contar com a s

9º Aniversário dos ataques terroristas de 11 de setembro. Algumas considerações

Enquanto começo a esboçar essas linhas assisto na ‘ BBC international ’ uma dolorosa chamada de todos os nomes dos que tiveram sua vida ceifada naquela manhã em Nova Iorque. É preciso ser muito desapegado de sua própria humanidade para não se emocionar. Não sou psicólogo e não sei explicar os mecanismos do luto, mas vejo minhas próprias perdas nos olhos tristes daqueles que perderam seus entes queridos. Esse ato ousado de terrorismo fez nascer e deu contornos ao sistema internacional nesse século XXI. Desde o fim da guerra-fria com a implosão do sistema de produção comunistas no leste europeu os assuntos de defesa estavam em segundo plano, mesmo com os dramáticos eventos nos Bálcãs e as constantes escaramuças e violações de Direitos Humanos na África, restava a noção de que uma nova ordem internacional emergia e se pensava que as fontes de conflito seriam os separatismos de matriz étnica. Contudo, novamente os conflitos internacionais se deram por contas das ideologias que compõem a

Livre comércio poético

O grupo paulista Titãs já dizia entre seus muitos sucessos: “A gente não quer só comida A gente quer comida Diversão e arte A gente não quer só comida A gente quer saída Para qualquer parte... A gente não quer só comida A gente quer bebida Diversão, balé A gente não quer só comida A gente quer a vida Como a vida quer...” E o que isso tem a ver com relações internacionais e livre comércio deve estar a se perguntar o leitor – enquanto pensa que eu perdi a cabeça nesse recesso – pois bem estava hoje a navegar pela blogosfera me deparei com um post curioso no blog Diplomatizzando de Paulo Roberto de Almeida. O texto que transcreverei abaixo dá conta de um concurso lançado pela Organização Mundial do Comércio – OMC que lançou um concurso de poesias. O diplomata com o humor peculiar que lhe caracteriza cria um post curto, mas divertido. Quem sabe algum de meus leitores possui a capacidade literária para concorrer e ganhar tal prêmio. Ai vai a transcrição com link para o origina

Diga ao povo (inclusive trolls) que eu fico

É verdade quando anunciei a pausa para o feriado eu estava cansado e com sérias dúvidas se continuaria com essa aventura que é escrever. Vários motivos me levavam a esse cenário. Devo admitir que os comentários maldosos e raivosos que não permito irem ao ar (por conterem palavrões, ou ilações quando a minha honra e caráter) me desgastam um pouco, mas quer saber de uma coisa? Ao se observar as áreas de comentários de blogs populares e páginas de jornal se verá que esse é o nível geral de “argumentação” de alguns. Tenho algumas hipóteses de por que isso, mas não contém aqui dá “ibope” a esses seres. Outro motivo que me sugava o ânimo era de ordem interna, de distribuição do meu tempo, nos últimos meses tenho escrito apressadamente o que tem tornado meu processo de revisão inexistente e a quantidade de erros e deslizes tanto gramaticais quanto de digitação (principalmente de concordância que se iniciam quando eu deleto uma parte de uma frase ou junto frases e nem sempre adéquo o começo, e

Uma pausa para recarregar as energias

Meus caros depois de uma semana estressante, enervante, improdutiva e francamente decepcionante sinto a necessidade de passar uns dias desligado das coisas, o que significa que aproveitarei o feriado para cuidar das minhas coisas e questões. Portanto, ficaremos sem atualização até quarta-feira. Isto é, em teoria, por que como sempre repito escrever é uma cachaça, como costumam dizer. É algo curioso manter um blog, por que o que começa como a manifestação de uma inata vontade de se expressar converte-se em algo laborioso – e prazeroso – o que acaba por acarretar um sentimento de culpa quando se tira férias, ou não se atualiza no ritmo que o autor deseja. Mas, tudo na vida precisa de perspectiva para ser avaliado e quero introduzir algumas mudanças no blog, além de que há inúmeros textos com imperfeições de ortografia e (para minha vergonha) de gramática. Enfim esse feriado será um período para avaliação e se for o caso projetar novos caminhos. Isso está a se parecer com uma carta de

Nacionalismo Fundiário – um breve comentário

Antes de escrever tenho que deixar claro que o título infelizmente não é meu, é um título inspirando em uma postagem do diplomata Paulo Roberto de Almeida em seu blog Diplomatizzando . Escrevi dois textos sobre essa tendência crescente de nacionalismo econômico que pode ser um tiro no pé do Brasil ao inibir a entrada de poupança externa, necessária para qualquer projeto de maior porte. Muitos tendem a ver a economia brasileira como auto-suficiente e que basta incentivos fiscais e empréstimos do BNDES. Não preciso dizer a inconsistência desse pensamento aos meus leitores. Pois bem, é preciso evitar que nosso natural sentimento de apreço por nossos valores culturais e pelo país seja manipulado para atender interesses de poucos disfarçados como interesse nacional. Um bom exemplo disso são as medidas de protecionistas (não confundir com a defesa comercial legítima) que acabam impondo aos consumidores produtos inferiores e/ou mais caros, o que impacta negativamente o poder de compra da po