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Postagens

Ler, Refletir e Pensar

Essa semana proponho uma pausa nos assuntos das relações internacionais para oferecer um pouco de poesia, não temam, contudo, não serão poesias de minha lavra e sim do grande Fernando Pessoa , esse poeta que fez da língua sua pátria. Autopsicografia O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente. E os que lêem o que escreve, Na dor lida sentem bem, Não as duas que ele teve, Mas só a que eles não têm. E assim nas calhas de roda Gira, a entreter a razão, Esse comboio de corda Que se chama coração.

Pré-Sal, Ações da Petrobras, BP. Um debate necessário

Começo por deixar claro algumas coisas antes que reclamem. Trabalhei com projetos de energias alternativas (Biodiesel, para ser específico) e percebi na prática que ainda falta muito para que esse combustível seja economicamente viável, ou seja, é um setor que depende de incentivos fiscais governamentais, ainda mais por que é difícil empreender em um ramo dominado por uma gigante com sérias tendências monopolísticas como a Petrobras, que conta além de poder econômico com poder ideológico, por assim dizer. Então vejo uma tendência de concentração nesse campo muito maior que a concentração no complexo da cana-de-açúcar, que ainda permite que produtores relativamente menores participem se integrando a cooperativas maiores ou fornecendo para grupos grandes. O petróleo está na agenda do dia, desde que se descobriu petróleo em águas profundas na agora famosa camada pré-sal e se tornou ainda mais urgente com a conjunção de campanha eleitoral (onde partido X, acusa partido y de querer vender

O Paraguai quer mais ações e menos conversa

Poder-se-ia argumentar que a tensão entre Brasil e Paraguai, ou melhor, entre o Paraguai e o Brasil (como é nesse caso) teve origem na Maldita Guerra (sim em alusão a meu antigo professor Francisco Doratioto), mas esse tipo de análise mais extensa exigiria um estudo tão aprofundado quanto o referido livro. Nos últimos anos a maior parte da tensão emana da construção de Itaipu e a compra de sua energia, do contrabando nas fronteiras, pela receptação de veículos roubados e pela instalação de fazendeiros brasileiros em território paraguaio (fazendeiros que por sinal elevaram os níveis de produtividade do país guarani). Todas essas rusgas são devidamente usadas pelas forças políticas desse país que usam do discurso nacionalista e transformam a negociação em torno de Itaipu como questão de honra nacional. É ponto pacífico que quando assuntos diplomáticos são convertidos em questão de honra nacional, seus resultados se tornam importantes do ponto de vista eleitoral, dessa maneira qualquer

Mun-rá o ser eterno. Ou sobre o líder cubano

No clássico da animação da década de 1980, um grupo de felinos bípedes, com traços humanos deixa seu planeta natal em meio a uma cataclísmica destruição dele, esse grupo de soldados de elite, membros de algo análogo a nobreza (nos períodos da idade média) devem proteger o maior bem cultural de seu povo e sua fonte de poder o “Olho de Thundera” jóia mística que está incrustada na “Espada Justiceira”. Em meio a fuga de seu planeta são atacados por uma espécie inimiga que destrói a naves em fugas menos a capitanea que carrega a Espada Justiceira e o herdeiro da liderança de Thundera a criança Lion-O. O ataque acaba por danificar a nave que precisa ser pilotada manualmente o mentor de Lion-O, Jaga assume o comando da nave enquanto o resto fica em animação suspensa já que mesmo com a tecnologia avançada dessa espécie a viagem duraria algumas décadas até que chegassem a um planeta habitável por eles o terceiro planeta de um sistema solar, com uma única estrela amarela de tamanho pequeno (u

Ataques em Uganda. Tangenciando o assunto

Explico o título, a questão específica sobre a atuação do Al Shabab, movimento islamista responsável pelos ataques em Uganda que vitimaram 74 pessoas que assistiam a final da Copa do Mundo (que trato de maneira inicial no post abaixo) ainda carece de mais estudo (coisa que ainda não tive infelizmente tempo para fazer) e a trágica história de extermínios em Uganda é amplamente conhecida, entre os sempre muito bem informados leitores desse blog. Contudo, uma parte da argumentação que serve de justificação para os ataques injustificáveis contra civis diz respeito a participação do país vítima na força multinacional de paz da União Africana no Sudão. Nesse fim de semana travei um dialogo interessante com o escritor, diplomata e professor universitário Paulo Roberto de Almeida em seu blog Diplomatizzando , no qual o autor transformou uma pergunta que fiz e a excelente resposta por ele dada em um adendo a sua postagem “ Política Externa do Brasil: respostas a uma pesquisa jamais publicada

Barbárie em Campala, Uganda

Ao apagar das luzes da primeira Copa do Mundo de Futebol no continente africano, ontem dia 11 de julho, um vil e covarde ataque terrorista expôs o que há de pior na humanidade, enquanto o esporte tentava revelar o melhor. 74 pessoas foram massacradas por terroristas enquanto assistiam a final da Copa do Mundo entre Holanda e Espanha (diante dessa barbárie, o epíteto violento dado a partida final soa como piada de mau gosto). Estou a ler e me informar para escrever uma postagem mais profunda sobre o ataque, por agora deixo aqui os relatos publicados no blog “ The Lede ”, do jornalista do “The New York Times” Robert Mackey (originalmente no diário ugandês “ Daily Monitor ” em uma reportagem intitulada: “ A survivor tells his tale ”): “We have three minutes left to the end of…,” before the commentator could finish his words, two blasts in quick succession engulfed Kyadondo Rugby Club, which had sat close to 3,000 people watching the World Cup finals. After the first blast, which occurre

Evento: II FoCO RI

Realizar-se-á em Brasília entre os dias 4 e 7 de setembro de 2010, o segundo Fórum Centro-Oeste de Relações Internacionais. Organizado pela prestigiosa Universidade de Brasília – UnB. Está confirmada a presença na mesa de abertura do evento do pesquisador Nicholas Onuf um dos expoentes do pós-modernismo mais especificamente da linha teórica chamada de Construtivismo Social ao lado de Alexander Wendt. A obra mais impactante de Onuf no panorama das relações internacionais é o conhecido livro “ World of Our Making: Rules and Rule in Social Theory and International Relations ”. A vinda desse autor dá mostras da capacidade dos organizadores desse evento – que não conheço pessoalmente – maiores detalhes podem ser encontrados no site do evento http://www.focori.com.br/ Abaixo deixo o flyer do evento.