Sempre que o assunto é Cuba, os ânimos se exaltam e o risco de cegueira ideológica é enorme, aliás, tenho uma posição de que o lugar de Cuba no discurso político brasileiro é desproporcional a importância e influência desse país insular. A grande notícia de ontem foi o anúncio da retomada de relações diplomáticas entre EUA e Cuba. É um passo importante, sem dúvidas, para o fim do embargo iniciado na infame Crise dos Mísseis. Cuba é uma ditadura protegida pela aura romântica nutrida pelo arrebatamento utópico da esquerda latina, tanto é que o apoio de Fidel a ditadura de Videla (que mostra pragmatismo que os apaixonados defensores se recusam a ter, por sinal) na Argentina é esquecido ou simplesmente desconhecido. Esse lugar exagerado de Cuba dificulta sobremaneira uma abordagem do tema de uma maneira equilibrada e desapaixonada. Eu mesmo capitulo diante dessa dificuldade, assim eu trago um bom texto do ex-embaixador português no Brasil e em França (como ele escreveria) Francisco Seix...