As notícias dessa manhã de domingo não poderiam ser piores, 231 vidas (até agora confirmadas) foram ceifadas em episódio que tudo indica foi a confluência de várias falhas, omissões, jeitinhos, desconhecimentos que criaram no interior da Boate Kiss a “tempestade perfeita”.
Cabe aos peritos e investigadores determinarem a anatomia dessa desgraça e não quero adentrar ao precipitado jogo de culpa, por que é bem provável que esta seja o bastante pra dividir entre muitos atores. Creio que esse seja o momento pra expressar luto, choque e um pouco de revolta, mas acima de tudo é momento pra união nacional, pra abraçar Santa Maria, ainda que nada disso seja grande consolo pra quem perdeu tanto.
Acho que todos nós nos colocamos no lugar dos que estavam dentro da armadilha mortal daquela boate, quantas vezes já me vi pensando: “esse lugar tá cheio demais”.
Numa nota política – e me sinto desconfortável por fazer esse tipo de análise nesse momento, mas... – tenho que relatar a acertada decisão da presidente de deixar a Cúpula da CELALC e ir diretamente pra Santa Maria, nesse momento precisamos de liderança, sempre critiquei muito o inventor dela por sumir de cenários trágicos.
Aproveito pra deixar de público meus sentimentos pra todos os afetados por essa desgraça, mas tenho ciência que as palavras de nada servem...
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