Pular para o conteúdo principal

Casamento Monárquico: Um convite ao leitor

casamento-real-620-18_131175997618386318 Não pretendia escrever sobre o casamento dos agora Duque e Duquesa de Cambridge, o assunto não me desperta grande interesse e me parece ser tema mais apropriado para colunistas sociais do que para observadores políticos. Contudo, não há como negar há muito de política em seus rituais.

Há muito o Império Britânico ‘pereceu’ e hoje já não ostenta o poder de outrora, embora permaneça como ator importante tanto por seu peso econômico (abalado, é verdade, pela crise no sistema financeiro) e por seu peso político tanto na União Européia, como na OTAN e na própria ONU. Isso sem falar do peso geopolítico a la Mackinder, que admito é controverso ainda mais com a mudança do eixo econômico para o Pacifico.

Ainda que eu seja um republicano convicto admito que muito da estabilidade britânica durante o difícil período de ajuste a perda de um império se deveu a presença sóbria da Rainha. Claro, que ajuda muito o fato dela não se desgastar com as batalhas políticas nacionais, como orçamentos, por exemplo.

O casamento atraiu a atenção da mídia, que como observa o crítico Mauricio Stycer foi um “um festival internacional de gafes, abobrinhas e besteiras”, por sinal a superexposição das festividades é responsável por grande parte da minha má-vontade com o tema.

Contudo, ao ler a quantidade de tragédias em andamento no mundo (naturais, guerras, etc) percebi um lado positivo na futilidade de acompanhar ao vivo o casamento do príncipe inglês, que é o alívio de que pelo menos algumas vezes os eventos que acompanhamos ao vivo não são desgraças, mortes e coisas do gênero.

Ainda assim, meus caros, não tenho em minha natureza a análise de casamentos, mesmo que o protocolo e o cerimonial me interessem (já trabalhei com cerimonial público em algumas ocasiões) não nasci para comentar vestidos de noivas e chapéus da nobreza e da elite. Portanto reitero o convite que fiz na Fan Page desse blog no Facebook e em nosso Twitter e convido você leitor e leitora a enviar seu texto sobre o tema, qualquer que seja a abordagem.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Colômbia – Venezuela: Uma crise previsível

A mais nova crise política da América do Sul está em curso Hugo Chávez o presidente da República Bolivariana da Venezuela determinou o rompimento das relações diplomáticas entre sua nação e a vizinha Colômbia. O fez em discurso transmitido ao vivo pela rede Tele Sur. Ao lado do treinador e ex-jogador argentino Diego Maradona, que ficou ali parado servindo de decoração enquanto Chávez dava a grave noticia uma cena com toques de realismo fantástico, sem dúvidas. Essa decisão estar a ser ensaiada há tempos, por sinal em maio de 2008 seguindo o ataque colombiano ao acampamento das FARC no Equador. Por sinal a atual crise está intimamente ligada aquela uma vez que é um desdobramento natural das acusações de ligação entre a Venezuela e os narco-gueriilheiros das FARC. Nessa quarta-feira o presidente da Colômbia (e de certa maneira o arquiinimigo do chavismo na América do Sul) Álvaro Uribe, por meio de seus representantes na reunião da OEA afirmou que as guerrilhas FARC e ELN estão ativas...

Empregos em RI: Esperança renovada

“A esperança não é nem realidade nem quimera. É como os caminhos da terra: na terra não havia caminhos; foram feitos pelo grande número de passantes.” Lu Hsun. In “O país natal”. O tema empregabilidade domina os e-mails que recebo de leitores e os fóruns dedicados a relações internacionais. Não por acaso deve haver pelo menos 30 textos dedicados ao tema nesse site. E sempre tento passar minha experiência e as dos meus amigos que acompanho de perto. O tema sempre volta, por que sejamos francos nos sustentar é algo importante e vital se me permitirem essa tautologia. Pois bem, no próximo dia 19 de novembro ocorrerá uma grande festa que encerrará os festejos de 15 anos de existência do Curso de graduação em Relações Internacionais da Universidade Católica de Brasília. E como parte dos preparativos para essa data temos empreendido um esforço para “rastrear” todos os egressos de nosso curso. Nesse esforço temos criado uma rede de contatos e o que os dados empíricos me mostram é um tes...

O complicado caminho até a Casa Branca

O processo eleitoral americano é longo e complexo, sua principal característica é a existência do Colégio Eleitoral, que atribui aos candidatos uma quantidade de votos, que equivale ao número de senadores ou deputados (lá chamados de representantes) que cada estado tem direito no Congresso dos EUA. Esse sistema indireto de votação é uma fórmula constitucional enraizada no processo histórico da formação dos Estados Unidos, que buscava em um forte federalismo, criar mecanismos que pudessem minorar ou eliminar a possiblidade de um governo tirânico. Esse arranjo federalista se manifesta fortemente, também, na forma como a Constituição Americana é emendada, sendo necessário a ratificação de uma emenda aprovada no congresso pelos legislativos estaduais. São 538 votos totais no Colégio Eleitoral, a Califórnia tem o maior número de votos, com 55 e o Distrito de Columbia (equivalente ao nosso Distrito Federal) e outros 7 estados com 3 votos têm a menor quantidade, o censo populacional é usa...