A ONU e os organizadores locais estão ensinando ao mundo como não se faz uma conferência internacional. Com erros primários como credenciar mais pessoas que cabem no centro de convenções.
Já trabalhei em organização de cúpulas de porte bem menor, contudo, com uma mecânica bastante similar. Afinal a lógica já diz que se credencia de acordo com os limites de ocupação do local do evento e se dá preferência para acomodar negociadores, depois convidados, depois jornalistas e por ultimo ONG’s.
E não é por questão de preconceito contra as ONG’s são atores reconhecidos, mas não tem mandato, não tem poder de negociação, não são agentes primários de ação ainda que se julguem isso. E ainda que essas organizações se queiram como representantes da sociedade civil, de fato representam uma parcela e não a totalidade e ai que entra a preferência por jornalista que em tese informam o conjunto da população, garantindo transparência.
Entendo a frustração dos membros de ONG que se sentem aviltados e excluídos do processo, mas a idéia de a partir disso se tentar bloquear as negociações impedindo o acesso dos negociadores é no mínimo contraproducente para os “ongueiros” que apontam essa reunião como a chance de “salvar o mundo”.
Esse clima reforça o que já apontei em texto anterior que a muito de ideologia, muito de histeria e em bom português, muita vontade de aparecer. Não obstante isso tudo temos também comitivas exageradas, ou o governo brasileiro realmente precisa levar mais de 700 pessoas.
No resta observar e analisar os desdobramentos dessa reunião, buscando entender bem as posições de todos os envolvidos.
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