Pular para o conteúdo principal

Métodos de Negociação – Técnica Batna (um teaser)

Esse texto é uma pequena parte de um texto que será em breve publicado no Portal Mondo Post, nesse portal escrevo uma série de artigos e ensaios sobre uma das facetas importantes das relações internacional e da empregabilidade nessa área que a faceta negociadora, que é uma habilidade que deve ser cultivada pelos bacharéis nessa área que tenham aspirações de trabalhar no mercado, ou no MRE.

Nesse ensaio que será abordado um dos muitos métodos de negociação, como disse acima faz parte de um conjunto de ensaios que tocam no assunto que quem se interessar pode procurar na seção de opinião do portal Mondo Post, por outros textos, nesse sentido.

O texto propriamente dito, lembrando que não está na integra:

“Métodos de Negociação – Técnica Batna

Tenho escrito nesse portal uma série de artigos sobre a atividade negociadora, a principio tenho abordado a questão conceitual, as habilidades individuais necessárias e como concatenar as matérias da graduação em relações internacionais, com essa atividade, assim venho enfatizando a importância da preparação, da capacidade de análise, da capacidade de controlar e usar as emoções e reiteradamente lembro o valor da preparação e do trato objetivo das questões, quando numa mesa de negociação.

Nesse texto, introduzo uma ferramenta prática, muito usada na preparação de uma negociação internacional, que é construída sobre os trabalhos de (FISHER; URY. 1994), que é o sistema Batna (Best alternative to a negotiated agreement) que pode ser encontrado na literatura como Maana (Melhor alternativa à negociação de um Acordo).

Esse método é apresentado não só na obra “Como chegar ao sim” dos autores já citados, editado pela Imago, mas também em manuais de Diplomacia Comercial, como o excelente: “Como derrubar as barreiras internacionais de comércio: Manual de Diplomacia Comercial” de Paulo Nogueira, da Editora Aduaneiras.

Esse método consiste na formulação rigorosa dos conceitos apresentados, nos textos anteriores e cuja racionalização é possível graças aos conhecimentos oferecidos pela graduação em relações internacionais, que cria não só o rigor analítico e a facilidade de lidar com assuntos diversos, mas também a sensibilidade cultural, que cria um ambiente de negociação propício ao acordo, que nem sempre é o que a alta-administração da empresa, ONG, ou órgão público, tem como ideal, portanto esse método permite, antecipar e calcular um acordo que não o ideal, é um meio de não ser surpreendido a mesa de negociação com uma posição aparentemente inflexível da contra-parte.

Isso por que ao conhecer os interesses envolvidos é possível mapear alternativas viáveis e práticas, por que o cenário ideal, raramente é visto na mesa de negociação e a ruptura pode significar prejuízo à organização, afinal foram gastos horas de trabalho e recursos pecuniários na busca dessa negociação.

Nesse método de cinco passos que permite por no papel uma avaliação de todos os atores envolvidos na negociação, seus interesses, suas opções possíveis, critério objetivo de cada um desses atores e a Batna (que é a alternativa para salvar a negociação).”

A versão integral será publicada no portal Mondo post em breve.

Comentários

Vinicius Takacs disse…
A negociação é parte fundamental de um bom internacionalista. É impressionante o número de pessoas que desconhecem que esta área é repleta de estudos. Meu curso na faculdade, por exemplo, conta com uma matéria específica sobre técnicas de negociação, inclusive com uma excelente simulação baseada em um caso proposto por Stephen Reifenberg.
Post muito bom, que traz essa luz para pessoas que eventualmente desconheçam essa área.
Mário Machado disse…
Lá no mundo post, falo muito desse assunto e vez ou outra publico listas enormes de bibliografia em negociação.

Postagens mais visitadas deste blog

Colômbia – Venezuela: Uma crise previsível

A mais nova crise política da América do Sul está em curso Hugo Chávez o presidente da República Bolivariana da Venezuela determinou o rompimento das relações diplomáticas entre sua nação e a vizinha Colômbia. O fez em discurso transmitido ao vivo pela rede Tele Sur. Ao lado do treinador e ex-jogador argentino Diego Maradona, que ficou ali parado servindo de decoração enquanto Chávez dava a grave noticia uma cena com toques de realismo fantástico, sem dúvidas. Essa decisão estar a ser ensaiada há tempos, por sinal em maio de 2008 seguindo o ataque colombiano ao acampamento das FARC no Equador. Por sinal a atual crise está intimamente ligada aquela uma vez que é um desdobramento natural das acusações de ligação entre a Venezuela e os narco-gueriilheiros das FARC. Nessa quarta-feira o presidente da Colômbia (e de certa maneira o arquiinimigo do chavismo na América do Sul) Álvaro Uribe, por meio de seus representantes na reunião da OEA afirmou que as guerrilhas FARC e ELN estão ativas...

Empregos em RI: Esperança renovada

“A esperança não é nem realidade nem quimera. É como os caminhos da terra: na terra não havia caminhos; foram feitos pelo grande número de passantes.” Lu Hsun. In “O país natal”. O tema empregabilidade domina os e-mails que recebo de leitores e os fóruns dedicados a relações internacionais. Não por acaso deve haver pelo menos 30 textos dedicados ao tema nesse site. E sempre tento passar minha experiência e as dos meus amigos que acompanho de perto. O tema sempre volta, por que sejamos francos nos sustentar é algo importante e vital se me permitirem essa tautologia. Pois bem, no próximo dia 19 de novembro ocorrerá uma grande festa que encerrará os festejos de 15 anos de existência do Curso de graduação em Relações Internacionais da Universidade Católica de Brasília. E como parte dos preparativos para essa data temos empreendido um esforço para “rastrear” todos os egressos de nosso curso. Nesse esforço temos criado uma rede de contatos e o que os dados empíricos me mostram é um tes...

O complicado caminho até a Casa Branca

O processo eleitoral americano é longo e complexo, sua principal característica é a existência do Colégio Eleitoral, que atribui aos candidatos uma quantidade de votos, que equivale ao número de senadores ou deputados (lá chamados de representantes) que cada estado tem direito no Congresso dos EUA. Esse sistema indireto de votação é uma fórmula constitucional enraizada no processo histórico da formação dos Estados Unidos, que buscava em um forte federalismo, criar mecanismos que pudessem minorar ou eliminar a possiblidade de um governo tirânico. Esse arranjo federalista se manifesta fortemente, também, na forma como a Constituição Americana é emendada, sendo necessário a ratificação de uma emenda aprovada no congresso pelos legislativos estaduais. São 538 votos totais no Colégio Eleitoral, a Califórnia tem o maior número de votos, com 55 e o Distrito de Columbia (equivalente ao nosso Distrito Federal) e outros 7 estados com 3 votos têm a menor quantidade, o censo populacional é usa...