Por que hoje é sexta-feira, vou compartilhar uma divertida história dos anais da diplomacia francesa – que vai lembrar cousas brasileiras – contada pelo diplomata português e um dos meus favoritos na blogosfera Francisco Seixas da Costa. A história no orginal pode ser lida aqui.
Trasladação
Por Francisco Seixas da Costa
- Trago-lhe aqui um problema, senhor diretor-geral. Trata-se do pedido da viúva do embaixador que morreu há semanas no seu posto, lá na Ásia. Quer receber 12 mil euros, valor da trasladação do cadáver do marido para cá.
- Mas qual é o problema? O direito ao repatriamento do corpo existe na lei, não é?
- É, mas ela não possui nenhum justificativo.
- Está bem, meu caro, mas temos de ser flexíveis com a pobre senhora. São países complicados para se obterem essas papeladas. E, além disso, não me parece um montante exagerado. Ela que prepare uma declaração de despesa. Eu darei uma palavra ao ministro.
- Bom, mas há um pormenor que entretanto chegou ao meu conhecimento...
- Qual é?
- Soube que embaixador foi incinerado lá no país onde morreu...
História verdadeira, ocorrida no serviço diplomático francês.
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