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Evento: “Relações Brasil-EUA: perspectivas para evolução após a visita presidencial”, 9/7, Rio de Janeiro

Dia 9 de julho o Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI) irá promover a palestra “Relações Brasil-EUA: perspectivas para evolução após a visita presidencial” . Ministrado por Roberto Abdenur – que atuou como embaixador do Brasil nos EUA, de 2004 a 2006 –, o evento acontecerá na sede do CEBRI (Rua Candelária, 9), às 15h. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site www.cebri.org/eventos . O Embaixador Roberto Abdenur, membro do Conselho Curador do CEBRI e Embaixador do Brasil nos EUA de 2004 a 2006, discute as perspectivas para a evolução das relações bilaterais entre Brasil e Estado Unidos a luz da visita presidencial oficial ocorrida na última semana, de 28/06 a 1/07. O debate dá sequência à discussão realizada em CEBRI Debate anterior, ocorrido em abril. Mais detalhes sobre o debate de abril, incluindo o podcaast do evento, podem ser acessados aqui .

Pobre Europa! por Francisco Seixas da Costa

Outra excelente análise de Francisco Seixas da Costa acerca da situação grega após o resultado das urnas, algumas preferências do diplomata português ficam transparentes e não são a linha de pensamento desse que vos escreve, mas a pior coisa que um analista pode fazer é se fechar pras multiplas interpretações dos fatos que movem as forças políticas . Os próximos dias devem ser “animados” na tentativa de compreender o impacto real da decisão grega, mas uma posição do texto abaixo é incontestável, a margem de manobra do Tsipras se estreitou muito e como nos ensina a história do Brasil negociações de dívida são longas e dolorosas. Pobre Europa! Pirro, um general grego, disse a frase célebre: “mais uma vitória como esta e estou perdido”. Tsipras, o vencedor da noite de ontem, ficará na história grega como o homem que recuperou a dignidade da Grécia e vergou os parceiros ou como o condutor do país contra um muro que, nem por ser eventualmente imoral e cínico, deixará de ser destruidor.

Cenários retóricos para a votação grega, por Francisco Seixas da Costa

Francisco Seixas da Costa é um desses autores que reiteradamente transcrevo aqui, gosto do estilo de sua escrita e sobretudo da acuidade de suas análises calcadas em uma vida de serviço diplomático, além disso sua perspectiva europeia lusofona é bem interessante. Segue sua apreciação sobre a votação grega. A transcrição é feita com autorização do autor, original pode ser lido aqui . Cenários retóricos para a tarde de hoje Por Francisco Seixas da Costa O "eurogrupo" e a vitória do "Sim" Com esta decisão, o povo grego mostrou o seu realismo e a sua vontade de continuar a participar no projeto europeu, sem ceder a pulsões radicais. Com base no memorando que esteve prestes a ser assinado em Bruxelas, estão agora criadas as condições para rapidamente retomar a definição com Atenas dos passos seguintes para a saída da crise. O "eurogrupo" está aberto a dialogar de imediato com as autoridades gregas, as atuais ou outras que eventualmente venham a eme

Mais um ataque terrorista

O noticiário internacional foi tomado mais uma vez por um ato odioso de violência sem sentido, dessa vez um ataque a uma histórica igreja cristã negra, mais um ataque terrorista vil. Ao que tudo indica o verme* estaria usando as bandeiras da África do Sul (da época do Apartheid) e da Rodésia, o que mostra a obviedade racista da motivação dos ataques. Não creio que é mais preciso debater quão nefasta é a ideologia supremacista ariana, soma de coletivismos e delírios (como toda teoria em que terroristas se baseiam) que parecem ecoar naqueles dispostos a colocar a culpa de seus fracassos pessoais em algum ente abstrato e passa a se querer defensor de classe, raça, etc. E isso tudo, em especial, o delírio coletivista fica evidente nos relatos de que o atirador teria dito às vitimas que: “Vocês estupram nossas mulheres e estão dominando nosso país, vocês têm que ir” O ato terrorista acontece em um momento em que as forças de segurança dos EUA estão sob intensa crítica de movimentos li

As armadilhas da semântica, por Roberto Campos

Voltamos! Alegria, alegria. Desculpem a ausência, mas as vezes assuntos pessoais que tentamos negligenciar cobram seu preço. Ainda não consigo escrever algo que seja inteligível, contudo vou compartilhar com vocês um texto publicado pelo meu amigo Paulo Roberto de Almeida, de lavra de Roberto Campos, que nos deixou em 2001. As armadilhas da semântica *Roberto de Oliveira Campos, 27/02/2000 George Orwell, o escritor inglês que nos deu algumas das obras que melhor iluminaram o ambiente dos difíceis anos que duraram da Depressão à queda do Muro de Berlim, entre elas as duas terríveis sátiras 1984 e Animal Farm, foi antes de mais nada um homem de excepcional integridade. Firme nas suas convicções de esquerda, foi voluntário contra os franquistas, na Guerra Civil espanhola. Ferido em combate (numa campanha admiravelmente contada em Homenagem à Catalunha), enfrentou com coragem os comunistas, quando estes, na tentativa de assumirem o controle do movimento, traíram seus outros camarada

Brasil e Venezuela: E um conselho inesperado

Nas minhas leituras diárias me deparei com uma reportagem interessante da Revista Político , que fala sobre um conselho do bilionário Warren Buffett a Sen. Elizabeth Warren, democrata que é umas das principais vozes por uma taxação mais dura dos investidores e banqueiros de Wall Street, no tom moralista que vem tomando conta desse debate em todo canto do mundo. Buffett sugere a senadora Warren que seja “menos indignada” em sua retórica e até mesmo menos raivosa e se preocupe em alcançar algo que mesmo que não seja o ideal, seja superior ao estado atual das coisas. Buffett não está sendo inovador na sugestão que manter o tom mais ameno, oferece aos adversários políticos a chance de chegar aos mínimos demoninadores comuns (pra roubar uma expressão da matemática), essa fala é uma defesa do pragmatismo e não do cinismo como pode parecer. Não é abrir mão dos ideais, mas aceitar que nem sempre é possível se implementar reformas profundas unilateralmente, a menos é claro, que não se tenha a

Reunião de Minsk: O latido de um sabujo

Hoje, em Minsk, os mandatários de Rússia, Ucrânia, Alemanha e França se reuniram para tratar do conflito na Ucrânia. O tema é complexo e o cenário não é fácil de desenhar, mas essa breve nota em nada tem a ver com análises dos cálculos políticos dos líderes e sim como o conflito se enraizou entre os cidadãos e membros da imprensa, chegando ao ponto de um jornalista russo, entusiasta de seu governo (será um efeito de alguma regulação da mídia?!) decidiu latir, isso mesmo, latir na face de jornalistas ucranianos. Veja o vídeo: Se o código não funcionar tente esse link . Meu amigo e diplomata e autor de grande produção intelectual, Paulo Roberto de Almeida costuma chamar os áulicos, àqueles que se submetem a servidão (intelectual, inclusive) voluntária de sabujos, nunca esteve tão certo quanto no caso desse jornalista Alexander Yunashev que trabalha para a LifeNews, imagino que deve ser bem imparcial em sua cobertura, não? PS: Minha tentativa de incorporar o víde