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As armadilhas da semântica, por Roberto Campos

Voltamos! Alegria, alegria. Desculpem a ausência, mas as vezes assuntos pessoais que tentamos negligenciar cobram seu preço. Ainda não consigo escrever algo que seja inteligível, contudo vou compartilhar com vocês um texto publicado pelo meu amigo Paulo Roberto de Almeida, de lavra de Roberto Campos, que nos deixou em 2001. As armadilhas da semântica *Roberto de Oliveira Campos, 27/02/2000 George Orwell, o escritor inglês que nos deu algumas das obras que melhor iluminaram o ambiente dos difíceis anos que duraram da Depressão à queda do Muro de Berlim, entre elas as duas terríveis sátiras 1984 e Animal Farm, foi antes de mais nada um homem de excepcional integridade. Firme nas suas convicções de esquerda, foi voluntário contra os franquistas, na Guerra Civil espanhola. Ferido em combate (numa campanha admiravelmente contada em Homenagem à Catalunha), enfrentou com coragem os comunistas, quando estes, na tentativa de assumirem o controle do movimento, traíram seus outros camarada

Brasil e Venezuela: E um conselho inesperado

Nas minhas leituras diárias me deparei com uma reportagem interessante da Revista Político , que fala sobre um conselho do bilionário Warren Buffett a Sen. Elizabeth Warren, democrata que é umas das principais vozes por uma taxação mais dura dos investidores e banqueiros de Wall Street, no tom moralista que vem tomando conta desse debate em todo canto do mundo. Buffett sugere a senadora Warren que seja “menos indignada” em sua retórica e até mesmo menos raivosa e se preocupe em alcançar algo que mesmo que não seja o ideal, seja superior ao estado atual das coisas. Buffett não está sendo inovador na sugestão que manter o tom mais ameno, oferece aos adversários políticos a chance de chegar aos mínimos demoninadores comuns (pra roubar uma expressão da matemática), essa fala é uma defesa do pragmatismo e não do cinismo como pode parecer. Não é abrir mão dos ideais, mas aceitar que nem sempre é possível se implementar reformas profundas unilateralmente, a menos é claro, que não se tenha a

Reunião de Minsk: O latido de um sabujo

Hoje, em Minsk, os mandatários de Rússia, Ucrânia, Alemanha e França se reuniram para tratar do conflito na Ucrânia. O tema é complexo e o cenário não é fácil de desenhar, mas essa breve nota em nada tem a ver com análises dos cálculos políticos dos líderes e sim como o conflito se enraizou entre os cidadãos e membros da imprensa, chegando ao ponto de um jornalista russo, entusiasta de seu governo (será um efeito de alguma regulação da mídia?!) decidiu latir, isso mesmo, latir na face de jornalistas ucranianos. Veja o vídeo: Se o código não funcionar tente esse link . Meu amigo e diplomata e autor de grande produção intelectual, Paulo Roberto de Almeida costuma chamar os áulicos, àqueles que se submetem a servidão (intelectual, inclusive) voluntária de sabujos, nunca esteve tão certo quanto no caso desse jornalista Alexander Yunashev que trabalha para a LifeNews, imagino que deve ser bem imparcial em sua cobertura, não? PS: Minha tentativa de incorporar o víde

O ressurgimento da Alemanha

Já escrevi aqui sobre a crise da Ucrânia do ponto de vista da percepção de necessidade de segurança dos Russos, alimentados pela ideologia eurasiana. Foi esse antigo imperativo de segurança dos Russos que motivou a ocupação e posterior divisão da Alemanha, posto que há duas grandes forças em ação. a dos russos querendo empurrar sua zona de influência cada vez mais a oeste e das potências continentais européias tentando empurrar sua influência mais a leste possível.Hoje, George Friedman escreve sobre os dilemas da Alemanha, diante das lições de sua história e das realidades na Ucrânia e na Grécia e como a crise européia colocou esse país numa posição central que lhe é desconfortável. Reproduzo abaixo, com autorização do autor. Germany Emerges By George Friedman German Chancellor Angela Merkel, accompanied by French President Francois Hollande, met with Russian President Vladimir Putin on Feb. 6. Then she met with U.S. President Barack Obama on Feb. 9. The primary subject was Ukra

A punição a Raif Badawi

Ontem escrevi en passant sobre os conflitos internos sobre os rumos das civilizações e sobre as forças de manutenção cultural tendem a se valer de leis draconianas para artificialmente coibir a força natural pela mudança que existe em qualquer agrupamento humano e como a comparação (facilitada pela migração e tecnologia) entre civilizações pode ser uma força importante. Um exemplo, extremo desse fenômeno é a punição administrada ao blogueiro saudita Raif Badawi, 1.000 chibatadas. Acredito que nem a mais relativista das almas consegue não se escandalizar diante das 1.000 chibatadas. O The Guardian fez uma boa seleção de citações do blog (hoje encerrado, obviamente) de Badawi destaco algumas, que são analises sobre a realidade de seu país e de sua ‘civilização’. Sobre liberdade de expressão e inovação: As soon as a thinker starts to reveal his ideas, you will find hundreds of fatwas that accused him of being an infidel just because he had the courage to discuss some sacred

A luta interna e os deixados pra trás

Uma das primeiras lições que eu tive sobre ciência falava da motivação pra pesquisar, que deveria advir de uma inquietação diante da lacuna da bibliografia sobre certo assunto, ou sobre a insuficiência das explicações encontradas afinal, ninguém faz ciência pra redescobrir a gravidade. Há muito que uma explicação comum para os conflitos atuais me gera um elevado desconforto, que é a idéia que os grandes problemas de segurança atuais (terrorismo e etc.) são originados pelo Choque de Civilizações. Não é que eu minimize os aspectos culturais e civilizacionais, mas é por que essa explicação não absorve tão bem as lutas intra-civilizacionais (com perdão do neologismo). Por um bom tempo fui adepto das análises em rede, por isso, por saber que idéias, causas e conceitos viajam entre civilizações e mais criam grupos de opinião transnacionais. Isso quer dizer que há mais no terrorismo que a dicotomia ocidente e oriente, entre cristandade e islã. Há forças internas nessas civilizações disputan

Oportunidade: Curso de extensão em gestão de cooperação internacional, PUC-GO

Uma excelente oportunidade para os interessados em saber mais sobre a gestão da cooperação internacional que é o curso de extensão: “Fundamentos da Cooperação Internacional Descentralizada”. O curso é capitaneado e idealizado pelo meu amigo e companheiro de vários empreendimentos profissionais, Rafael Duarte. Que é além de professor generoso, uma pessoa com bastante experiência prática nesse assunto. Abaixo transcrevo as informações disponíveis no site da PUC-GO . FUNDAMENTOS DE GESTÃO DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL DESCENTRALIZADA Professor: Rafael Pinto Duarte Graduação: Bacharel em Relações Internacionais Pós- Graduação:  Mestre em Desenvolvimento Sustentável Objetivos Geral: Proporcionar aos estudantes e egressos de Relações Internacionais da PUC-GO o aperfeiçoamento profissional na área de cooperação internacional. Objetivos específicos: - Analisar as oportunidades da cooperação internacional como atividade profissional das Relações Internaciona