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Que se lixe a União Européia por Francisco Seixas da Costa

O diplomata português Francisco Seixas da Costa, grandemente apreciado pelo autor desse blog como bem sabem os leitores habituais, trata nesse breve texto sobre o escândalo envolvendo a diplomata Victoria Nuland, que tratei aqui . "Que se lixe a União Europeia!" A frase em título, embora num registo estilístico um pouco menos suave, foi pronunciada por uma alta responsável diplomática americana, ao telefone com o embaixador de Washington em Kiev, numa alusão crítica (espero que os leitores apreciem este "understatement", tributário da fina cultura diplomática lusa) à posição de Bruxelas na crise ucraniana. A senhora em causa é casada com Robert Kagan, de quem já li coisas "lindas" a propósito da Europa, pelo que daqui se pode inferir o nível de "carinho" com que o Velho Continente deve ser mimoseado na intimidade do casal. O que a mim me surpreende é o "escândalo" que estas coisas ainda parece provocarem. A senhora Merkel

TOP 100 do TopBlogs 2013/2014 ou momento assessoria

Esse ano eu esqueci de fazer campanha no TopBlogs dessa edição, na verdade só coloquei o banner no blog e esqueci. Então, imaginem minha surpresa quando o blog foi classificado entre os 100 mais votados que vão para a segunda fase desse prestigiado prêmio. Assim que os votos da segunda fase forem abertos, conto com vocês. Mas, de certo modo entrar no TOP 100 tendo em vista o volume de blogs que existem é motivo de orgulho, ainda mais por que esqueci de importunar meus amigos para votarem. Obrigado aos leitores, sem fazer demagogia, vocês são a razão de ser dessa página e aos leitores de Goiânia, estarei a palestrar em sua bela cidade, no mês de maio.

Diários de Política: El voto latino

Diários da Política é coluna* de Márcio Coimbra** As projeções realizadas dentro do partido republicano são feitas dentro de um espectro de candidatos que vão de Chris Christie até Rand Paul, passando por Marco Rubio, Scott Walker e Ted Cruz. Todas, entretanto, não consideram o nome do ex-governador da Florida, Jeb Bush, como candidato. Mas talvez seu nome volte ao cenário em breve. A possível entrada de Jeb Bush mexe com todo o cenário republicano. Se ele decidir concorrer, a estrutura muda, pois ele tem um amplo leque de apoios entre doadores, tanto na Flórida como nacionalmente, e penetração em partes do partido que podem consolidar seu nome. Entraria nas primárias extremamente competitivo. A campanha de Jeb nasceria na Flórida. A primeira baixa seria Marco Rubio. Aqui em Miami, onde pude pesquisar melhor sobre o assunto e conversar com algumas lideranças políticas, vejo que esta possibilidade é real. Jeb, um conservador em temas sociais e um liberal em termos econômicos, pos

OFF | Um pouco de egotrip

Numa nota pessoal publicada, semana passada, comuniquei que iria a aprazível cidade de Uberaba para disputar a 1ª Copa Uberaba de Basquetebol Máster, na categoria + 35. E não poderia deixar de compartilhar com vocês o resultado dessa aventura que não poderia ser melhor, não só por que fomos campeões, mas por que a exposição na imprensa ( aqui e aqui ) ajuda na eterna batalha de arrecadação de fundos. Além de ser uma atividade lúdica e integrativa o basquete é meu projeto paralelo administrado com o mesmo empenho da minha vida profissional, posto que tocamos um projeto social ambicioso ligado ao esporte e que recentemente encontrou o prestimoso e fundamental apoio da Minasligas , importante empresa da região. Projeto que também tem apoio, inclusive financeiro, do Coisas Internacionais. Acho importante que todos nós nos envolvamos na vida social, acredito como vocês sabem, na responsabilidade individual, logo não poderia não fazer nada. Abaixo a participação do Pirapora Basquete

Livro Branco da Política Externa, uma esperança (?)

  A expressão Livro Branco nasceu no contexto do Mandato Britânico da Palestina outorgado pela Liga das Nações, em 1923. E corresponde ao documento, editado em 1939, que delineava a política britânica para esse território. A expressão virou sinônimo para documentos oficiais que tornam público as premissas e estratégias que orientarão a formulação de política para o setor específico. No Brasil o exemplo mais conhecido desse tipo de documento é o Livro Branco da Defesa Nacional , publicado em 2012. Sem dúvida esse tipo de documento é um marco na transparência governamental e se bem conduzido, é também, um grande instrumento para o engajamento da sociedade civil no processo decisório, permitindo que as várias correntes de opinião possam se manifestar, debater e a depender da eficiência e da força dos argumentos de cada grupo influenciar o processo de tomada de decisão e as considerações estratégicas. Mas, para que isso seja possível, é preciso que ocorram consultas públicas na fase

Uma janela para os bastidores da diplomacia americana e F*ck the EU

Não é sempre que temos acesso a conversas sem cesuras entre diplomatas tentando costurar um acordo num momento de crise. E uma fita de um grampo telefônico divulgada pelo youtube nos dá essa oportunidade de ouvir como são feitas as coisas, no solo, na prática e com o uso de palavrões. Aliás, o próprio contexto do vazamento da gravação é bem interessante para quem analisa a questão ucraniana e visa claramente fazer com que a oposição ao governo local seja vista como traidores e manipulados pelo Ocidente, mas ao ouvir com atenção a fita revela que o jogo, ao melhor estilo Guerra Fria, também é disputado pelos Russos. O mais interessante é que o Ocidente, não é frente unida, como os teóricos da conspiração e os políticos querem fazer parecer e isso fica evidenciado que a manobra tentada não continha anuência da UE, que é parte interessada no conflito. E o que evidência isso? Bom, é belo “fuck the EU” dito pela diplomata Victoria Nuland em sua conversa com o embaixador americano na U

Why so much anarchy por Robert D. Kaplan

Robert Kaplan nos apresenta uma análise sucinta e um tanto sombria das principais ameaças a paz global do momento. Sombria por que apresenta de maneira eloqüente o momento de ameaças difusas que vivemos. E o quanto os Estados Falidos nos ameaçam. É impossível ler esse texto sem pensar na situação da Síria e como o conflito ameaça o Líbano, embora, reste a esperança que a identidade libanesa forjada na fogueira da guerra possa servir como barreira ao crescente sectarismo. Kaplan, também, pincela na questão do Islã e reforça o que outros autores pensam sobre o atual momento de disputa interna entre as várias correntes de interpretação do Islã, todas em busca de ser o mainstream dessa religião global, disputa que talvez até mesmo devotos muçulmanos não possam ver com tanta clareza, por uma questão de distância analítica, nem sempre se vê a floresta quando cercado de árvores. É uma leitura provocadora e com a capacidade de inspirar análises mesmo que dispares da do autor e por isso