Pular para o conteúdo principal

Mar do Sul da China



Além da tecnologia 5G outro ponto de contencioso entre China e EUA, que pode ter importantes reflexos para o comércio mundial, são as disputas territoriais no Mar do Sul da China, corredor vital de navegação no sudoeste asiático.  

Essa região, também, conhecida como “garganta do pacífico” é formada por ilhotas que são disputadas por Vietnã, China, Taiwan, Brunei, Malásia e Filipinas. A disputa é particularmente mais aguda em voltas das ilhas de Spratly e Paracel.

O caráter estratégico da região para a China fica claro a partir da observação de suas ações. Em 1974, forças chinesas tomaram a ilha de Parcel do Vietnam, ou seja, nem afinidades ideológicas em tempos de Guerra Fria impediram esse confronto.

Em anos recentes a China começou a fortificar diversos arrecifes e atóis ao redor dessa ilha construindo bases navais e aéreas, ao mesmo tempo em que estimula o turismo e assentamentos na ilha.

Para os EUA a região é estratégica pelo fluxo comercial importante, na ordem de trilhões de dólares que navega por lá e por isso conduzem operações de “liberdade de navegação” na região.

A duas potências têm militarizado a região o que eleva o alerta e o temor diante de um possível acirramento bélico da retórica da guerra comercial e os prejuízos econômicos graves que se seguirão.

 

 

 


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Crise no Equador

Sob forte protesto das forças policiais e parte dos militares, que impedem o funcionamento do aeroporto internacional de Quito. Presidente Correa cogita usar dispositivo constitucional que prevê dissolução do Congresso e eleições gerais. Mais uma grave crise política na América do Sul. Numa dessas coincidências típicas de se analisar as coisas internacionais discutia semana passada numa excelente postagem de Luís Felipe Kitamura no laureado blog Página Internacional a situação equatoriana. A postagem tinha como título Equador: a instabilidade política e suas lições . Na qual o colega discorria sobre o péssimo histórico de conturbação política do país andino e sobre como o governo Correa parecia romper com isso usando a receita da esquerda latina de certo pragmatismo econômico e políticas distributivas. Mas, justamente a instabilidade política que parecia a caminho da extinção volta com toda força em um episódio potencialmente perigoso, que contundo ainda é cedo para tecer uma análise

Meus leitores fiéis, pacientes e por vezes benevolentes e caridosos

Detesto falar da minha vida pessoal, ainda mais na exposição quase obscena que é a internet, mas creio que vocês merecem uma explicação sobre a falta de manutenção e atualização desse site, morar no interior tem vantagens e desvantagens, e nesse período as desvantagens têm prevalecido, seja na dificuldade na prestação de serviços básicos para esse mundo atual que é uma boa infra-estrutura de internet (que por sinal é frágil em todo o país) e serviço de suporte ao cliente (que também é estupidamente oferecido pelas empresas brasileiras), dificuldades do sub-desenvolvimento diria o menos politicamente correto entre nós. São nessas horas que vemos, sentimos e vivenciamos toda a fragilidade de uma sociedade na qual a inovação e a educação não são valores difundidos. Já não bastasse dificuldades crônicas de acesso à internet, ainda fritei um ‘pen drive’ antes de poder fazer o back up e perdi muitos textos, que já havia preparado para esse blog, incluso os textos que enviaria para o portal M

Extremismo ou ainda sobre a Noruega. Uma reflexão exploratória

O lugar comum seria começar esse texto conceituando extremismo como doutrina política que preconiza ações radicais e revolucionárias como meio de mudança política, em especial com o uso da violência. Mas, a essa altura até o mais alheio leitor sabe bem o que é o extremismo em todas as suas encarnações seja na direita tresloucada e racista como os neonazistas, seja na esquerda radical dos guerrilheiros da FARC e revolucionários comunistas, seja a de caráter religioso dos grupos mulçumanos, dos cristãos, em geral milenaristas, que assassinam médicos abortistas. Em resumo, todos esses que odeiam a liberdade individual e a democracia. Todos esses radicais extremistas tem algo em comum. Todos eles estão absolutamente convencidos que suas culturas, sociedades estão sob cerco do outro, um cerco insidioso e conspiratório e que a única maneira de se resgatarem dessa conspiração contra eles é buscar a pureza (racial, religiosa, ideológica e por ai vai) e agir com firmeza contra o inimigo. Ness