Pular para o conteúdo principal

Charlie Hebdo: Mais um ataque terrorista numa grande cidade ocidental

Hoje, em Paris, um grupo, presumidamente, de três terroristas invadiu a sede da revista francesa Charlie Hebdo, conhecida pelo tom ácido de suas reportagens satíricas e assassinou (até agora) 12 pessoas. Após, esse ato de carnificina os terroristas conseguiram fugir do local.

O combate ao extremismo é complexo do ponto de vista legal e operacional, nem sempre a inteligência consegue coadunar as informações para prevenir esses atentados, além disso as grandes cidades com suas dificuldades de mobilidade dificultam muito o emprego de forças policiais de resposta rápida com treinamento e equipamentos suficientes para deter rapidamente terroristas.

O ataque de hoje foi cruel e voltado para cercear a liberdade de expressão e de imprensa que sempre ojerizam os candidatos a autocratas e totalitários.

Não há muita informação ainda sobre o ataque além da conduta militarizada dos terroristas o que denotaria algum treinamento prévio e a escolha do dia e horário do ataque durante uma reunião de pauta da revista, e talvez não seja o momento para analisar e sim para lamentar que as ideias autoritárias e homicidas ainda sejam tão atraentes para a humanidade. Combater o extremismo cada vez mais parece que será a marca desse século.

O governo brasileiro reagiu com firmeza na linguagem da nota oficial, algo raro nesses anos da administração Rousseff. (leia aqui)

Deixo vocês com essa charge à guisa de uma precária conclusão desse texto.

newyorkercartoon

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Fim da História ou vinte anos de crise? Angústias analíticas em um mundo pandêmico

O exercício da pesquisa acadêmica me ensinou que fazer ciência é conversar com a literatura, e que dessa conversa pode resultar tanto o avanço incremental no entendimento de um aspecto negligenciado pela teoria quanto o abandono de uma trilha teórica quando a realidade não dá suporte empírico as conjecturas, ainda que tenham lógica interna consistente. Sobretudo, a pesquisa é ler, não há alternativas, seja para entender o conceito histórico, ou para determinar as variáveis do seu experimento, pesquisar é ler, é interagir com o que foi lido, é como eu já disse: conversar com a literatura. Hoje, proponho um diálogo, ou pelo menos um início de conversa, que para muitos pode ser inusitado. Edward Carr foi pesquisador e acadêmico no começo do século XX, seu livro Vinte Anos de Crise nos mostra uma leitura muito refinada da realidade internacional que culminou na Segunda Guerra Mundial, editado pela primeira vez, em 1939. É uma mostra que é possível sim fazer boas leituras da história e da...

Ler, Refletir e Pensar: The Arab Risings, Israel and Hamas

Tenho nas últimas semanas reproduzido aqui artigos do STRATFOR (sempre com autorização), em sua versão original em inglês, ainda que isso possa excluir alguns leitores, infelizmente, também é fato mais que esperado que qualquer um que se dedique com mais afinco aos temas internacionais, ou coisas internacionais, seja capaz de mínimo ler em Inglês. Mais uma vez o texto é uma análise estratégica e mais uma vez o foco são as questões do Oriente Médio. Muito interessante a observação das atuações da Turquia, Arábia Saudita, Europa e EUA. Mas, mostra bem também o tanto que o interesse de quem está com as botas no chão é o que verdadeiramente motiva as ações seja de Israel, seja do Hamas. The Arab Risings, Israel and Hamas By George Friedman There was one striking thing missing from the events in the Middle East in past months : Israel. While certainly mentioned and condemned, none of the demonstrations centered on the issue of Israel. Israel was a side issue for the demonstrators, with ...

Teoria geral do comércio de Krugman e Obstfeld

Modelo elaborado por KRUGMAN e OBSTFELD (2001, p 65) propõe um formato de comércio internacional baseado em quatro relações: a relação entre a fronteira de possibilidades de produção e a oferta relativa; a relação entre preços relativos e demanda; a determinação do equilíbrio mundial por meio da oferta relativa mundial e demanda relativa mundial; e o efeito dos termos de troca [1] sobre o bem estar de uma nação. Quanto ao primeiro item a inferência desse modelo é suportada pelo conceito microeconômico que uma economia, sem deformidades, produz em seu ponto máximo da fronteira da possibilidade de produção, como esse modelo assume mais de um fator e mais de um bem, a forma como a distribuição se dará será determinada pela oferta relativa de determinado bem alterando as possibilidades de produção de toda a economia por alocar mais recursos na produção desse bem. No que se refere à relação entre preços relativos e demanda pressupõe que a demanda por determinado bem deriva da relação entre...